Uma corrida sem campeonato

Sem piedade
17/06/2015
Lambuja
21/06/2015

Aproveite a paisagem e curta a primeira da sequencia de 5 provas na europa!

Não temos um campeonato. Temos uma disputa doméstica. felizmente nessa altura de 2015 enfrentamos a temporada de circuitos clássicos com suas curvas delineadas pelas limitações e oportunidades naturais de cada região.

Chegar até a corrida da Áustria é a promessa de um grande evento em um cenário belíssimo, a torcida fica para que uma possível aproximação dos outros competidores transforme um grande evento em uma grande corrida.

A temporada “Européia” F1 começa agora e na sequencia de corridas no solo sagrado da categoria, esperamos que tragam o campeonato de volta!

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O querido e remodelado circuito “The Red Bull Ring” oferece paras os “cortadores-de-grama” da Formula 1 um desafio parecido com o encontrado em São Paulo em termos de potência nas famigeradas “unidades de potência”.

A altitude, como sempre, reduz a quantidade de ar disponível para a unidade de combustão das novas unidades de potência. Menos ar, menos potência. Normal. Adicione aí um turbo na equação que vai ter que girar mais para compensar essa falta de ar. Mas não acaba aí, a pista é curta e tem freadas muito fortes, características que garantem ao circuito o título de um dos melhores para os acumuladores de energia.

Resumindo, o motor perde potência, o turbo tem que trabalhar mais e as baterias vão esquentar. Um terror para quem sofre com problemas de confiabilidade e potência, nesse caso, 50% dos fabricantes de motores da F1 atual.

Quanto aos pneus, para a prova desse fim de semana vamos de amarelos e vermelhos. A mesma estratégia da corrida passada. Preocupa um pouco, talvez seja possível estratégias de uma só parada.

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Rufem os tambores. Teremos testes na semana que vem.

Terça e quarta-feira. Dois grandes dias, ali na Áustria mesmo, a última chance das equipes testarem atualizações dos seus carros livremente. Não é lá muita coisa, mas dá pra testar algumas coisinhas novas sem gastar elementos que gerem punições.

A grande estrela da sessão será Antonio Fuoco, piloto Italiano da Academia de Pilotos da Ferrari que fará sua estreia em um bólido de F1.

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httpv://www.youtube.com/watch?v=ClAuhgFQpLo

Dá série “Maravilhas da tecnologia”. Uma volta de F1 em 360º controlada por você. Se você estiver no celular, é o movimento do celular que gira a câmera. Se você tiver óculos de realidade virtual (!), é só olhar na direção que você gostaria de ver.

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O mais curioso desse GP Austríaco será o desempenho da McLaren. O Chefe da Honda, senhor Arai, meses atrás disse que a equipe lutaria por pódio até a pausa para ao verão, ali por volta do GP da Inglaterra. Vieram as atualizações na China e as atualizações do Canadá, o resultado foi Alonso gritando no rádio que eles pareciam amadores e uma retirada dos dois carros da prova.

O que é mais curioso ainda, a informação que surge no noticiário internacional antes da prova desse fim-de-semana que a Mclaren só tem pronto o pacote de atualizações para um carro, fato que também ocorreu na China. Isso mesmo, a poderosa e “frondosa’ Mclaren de Ron Dennis não consegue produzir mais peças para os seus dois carros ao mesmo tempo. Na Áustria, Alonso virá com as atualizações já que na prioridade na China foi de Button. É tudo muito estranho.

Na parte dos motores, uma decisão sobre as atualizações será tomada na sexta. Existe a possibilidade de troca das unidades dos dois carros para as punições serem efetivadas na Áustria e não no GP da Inglaterra.

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Os exatos 45 anos de histórias vitoriosas no Circuit de la Sarthe da Porsche foram contados na coluna do amigo Lucas Giavoni.

Só voltando ao tema para destacar a performance do novato Hulkenberg. Não é nada, não é nada, mas ele é o primeiro piloto de F1 a ganhar a prova desde Johnny Herbert e Bertrand Gachot em 1991. Juntando mais um pouco de ingredientes, o chefe da equipe, Andreas Seidl, delimitou a atuação da trinca frente aos outros Porsches “Talvez eles tenham se sentido mais confortáveis ao 919 e se adaptaram melhor as condições”. Para um novato, se adaptar bem as 24 de Le Mans parece um bom elogio!

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A Áustria faz um grande evento em seu circuito e tem uma bonita história nas pistas. Não vasta, mas bonita. Foi sempre muito bem representada com seus expoentes Nick Lauda e Jochen Rindt que juntos colecionam 4 títulos e 31 vitórias.

Com menos brilho pela ausência de títulos, mas com 10 vitórias no currículo aparece o boa praça Gerhard Berger. Inclusive Berger possui a última vitória austríaca na categoria, lá na Alemanha no distante 1997. No total a Áustria foi representada na F1 por 15 pilotos. Só os 3 ganharam, é verdade.

Infelizmente, depois da aposentadoria de Berger só tivemos a visita austríaca de Patrick Friesacher e Christian Klien na categoria. Sem grandes feitos.

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Façam suas apostas: Quanto tempo tio Bernie vai demorar para colocar algum compromisso da F1 na data de Le Mans para impedir os pilotos de participarem?

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A Mercedes, adivinhem só, vem para limpar o fim de semana. Vão fazer pole, primeira fila e vencer. Talvez um pouco incomodados com a velocidade em volta lançada da Ferrari, cutucada de leve por uma Williams atualizada. Mas no fim da corrida, teremos os prateados na frente. Seria bom Rosberg parar de reclamar que suas corridas acabam no sábado. Deve ser dificil para o seu chefe engolir que com 67 voltas a serem cumpridas (e com os pagamentos milionários em dia) você não consegue fazer nenhuma tentativa de ultrapassar/chegar perto de um camarada com um carro igualzinho ao seu.

Falando em Williams, um grande pacote de atualizações está prontinho para estrear na sexta feira. É de grande esperança por ser na pista que tiveram um excelente desempenho ano passado. Rob Smedley, o homem das estratégias mais conservadoras do universo, está feliz pelo que viu no Canada, circuito que “casava” bem com as características do carro e acredita que mostraram um grande ritmo de prova associado a um maravilhoso gerenciamento de pneus. Pausa. Rob, o homem das estratégias conservadoras e declarações mais conservadoras ainda, não entendeu alguma coisa na dinâmica da F1 apesar de ser um grande engenheiro, um dos melhores da classe: Valtterri Bottas chegou 40 segundos atrás das Mercedes. Isso é um bom ritmo de corrida aonde?

Para o time vermelho, é um final de semana de ajustes no pacote introduzido em Montreal com uma torcida especial para tudo dar certo e não tomarem punições ou seus pilotos rodarem sozinhos na pista.

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Podemos até entender que a retirada das áreas de caixa de brita favoreça a segurança. Mas não dá pra fazer um super asfalto que destrua os pneus?

No Canadá quem perdia o ponto de freada, aliviava o pedal e deixava o carro passear na área de escape. Perdia alguns poucos décimos e só precisava tomar mais cuidado na próxima passagem. É muito pouco para quem errou.

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A maior ameaça para Williams e Ferrari será a Lotus. O carro enfrentou bem o ritmo de prova canadense e garantiu a Maldonado seus primeiros pontos no ano. O maior prejuízo novamente fica para Romain que cederá seu carro novamente para os testes de Joylon Palmer.

Sauber e Force India sofrem com a falta de grana como sempre. A Sauber fica esperando as atualizações para Spa. Virá de tudo. Aerodinâmica, mecânica, motor
Ferrari. O resultado esperado deve ser a volta as posições conseguidas no começo da temporada, ali no fim do Top-10, beliscando uns pontos. A Force India queria apresentar seu carro totalmente revisado nos testes pós corrida, mas adiou novamente para a sexta-feira do GP da Inglaterra.

Red Bull e Toro Rosso continuam seu calvário com o motor Renault. A RBR ainda sofre a dor e depressão de descobrir que seu carro sem Adrian Newey no comando é fraquinho de dar pena. A Toro Rosso claramente fez um trabalho melhor na base. Mas precisa mais dinheiro para desenvolver o carro.

A Manor vem para pista. E pronto. Nada mais precisa ser dito.

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Uma corrida belíssima mas talvez não uma grande corrida. A Áustria vem para sublinhar o domínio da Mercedes e de seu futuro campeão Lewis Hamilton.

Vamos admirar a paisagem e torcer por um grande evento!

Qual o seu palpite para essa corrida?

Abraços, Flaviz Guerra – @flaviz

Flaviz Guerra
Flaviz Guerra
Apaixonado por automobilismo de todos os tipos, colabora com o GPTotal desde 2004 com sua visão sobre a temporada da F1.

10 Comments

  1. Fabiano Bastos disse:

    Flaviz,
    Uma correção, os turbos não podem girar mais. O regulamento limitou o giro deles a, se não me engano, 100.000 giros.

  2. Mauro Santana disse:

    Belo texto Falviz!

    Meu palpite?!

    Mais um GP chato com a Mercedes fazendo 1,2.

    E não consigo imaginar uma F1 sem Monza, mas, ninguém faz nada para impedir a velha raposa.

    Infelizmente, a F1 vai morrer, pois são sempre mudanças propositalmente desastrosas.

    Abraço!

    Mauro Santana
    Curitiba-PR

  3. Fernando Marques disse:

    Flavis,

    de que adianta um novo regulamento, pneus mais largos, carros mais rápidos, etc etc para dar mais emoção a categoria, para atrair mais publico e simplesmente tiram Monza do calendário …

    Fernando Marques

  4. Flaviz disse:

    Essa história de Monza no revezamento é de cortar o coração, Fernando.

  5. Rodolfo César disse:

    Esqueceu da passagem de Alexander Wurz pela F1. Apesar de não ter ganho nada na F1, foi um bom piloto…

    • Flaviz disse:

      Rodolfo, ele está na conta dos 15 pilotos austríacos. e isso ocorreu muito por conta do maior destaque do seu currículo na F1: é o terceiro maior testador da história.

      Wurz participou de 382 dias de testes privados! O líder é o terno Test Driver Luca Badoer que completou 469 dias.

  6. Fernando Marques disse:

    O Circuito de A1RING sempre esteve entre meus favoritos … gosto do traçado … não é uma pista larga … com curvas em subidas e descidas … e de media para alta velocidade …
    Deveremos ver outro passeio das Mercedes nas pistas mas fica aquela esperança das Ferraris incomodarem um pouquinho a supremacia alemã. Entre hamilton e Rosberg, continuo torcendo pelo ingles.


    Uma noticia muito ruim, que saiu esta semana na midia esportiva me deixou bastante chateado … a partir de 2017 poderemos ficar sem o GP Italia em Monza … os dirigentes do circuito dizem não ter dinheiro para renovar o contrato com Tio Bernnie. O caras que comandam do Circuito de Imola se propuseram a fazer um revezamento entre Imola e Monza para sediar o GP da Itália..
    Ou seja o Tio Bernnie, dentro da sua desenfreada ambição financeira, simplesmente está tirando do circo o circuito mais tradicional, com mais historias e o mais rápido em todos sentidos da Formula 1.

    Fernando Marques
    Niterói RJ

    • Marcelo C.Souza disse:

      Pois é,Fernando!

      Daqui a pouco,o Tio Bernie vai tirar também o palco do primeiro GP oficial da F-1(ou seja,a pista de Silverstone) e ficaremos sem o GP da Grã-Bretanha,acelerando ainda mais o processo de decadência da “categoria rainha” do automobilismo mundial.

      Sincera e honestamente,a Fórmula 1 está correndo um risco gravíssimo de ser “engolida” pelo WEC se as coisas continuarem no embalo em que estão,pois parece mesmo que o Bernie Ecclestone quer levar a F-1 pro caixão junto com ele!!!

      Não ficaria nada surpreso se equipes médias como a Sauber ou a Lotus algum dia “chutarem o pau da barraca” e se mudarem definitivamente para o Mundial de Endurance. Perceba que muitos pilotos já estão indo embora do “circo de gala” do Tio Bernie,e,brevemente,as equipes também irão fazer o mesmo!

      Marcelo C.Souza
      Amargosa-BA

      • Lucas dos Santos disse:

        Só lembrando que Silvertone estava certa para sair do calendário da Fórmula 1 em 2010, para dar lugar a Donington Park – com um novo e “tilkificado” traçado.

        Silvertone só continua no calendário porque o acordo com Donington deu errado na última hora e Bernie acabou renovando com a tradicional pista britânica – também “tilkificada”.

        Outra pista que correu o risco de sair do calendário foi Spa, que daria lugar ao retorno do GP da França, em Paul Ricard.

        • Fernando Marques disse:

          Um campeonato de Formula 1 sem Silverstone, Monza, Spa significa simplesmente o fim da categoria …

          Fernando Marques

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