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Tons de cinza (e prata)
03/07/2015
Éramos felizes e não sabíamos
08/07/2015

Tudo sobre o GP da Grã-Bretanha de 2015, uma corrida que teve muitas variáveis.

Interessante essa corrida de Silverstone, não? A temporada estava carecendo de uma exibição mais atraente, e finalmente a tivemos. Dois foram os fatores cruciais: a excelente largada das Williams e a chuva, que como de costume, coloca aquela pitada de imprevisibilidade, que às vezes faz muito bem.

Lewis Hamilton enfrentou ambas as situações com excelência. A Mercedes o chamou no momento certo para aquele que seria o primeiro pit stop do dia, para que superasse as Williams da ponta. Mas claro que só tática não adianta, e a contrapartida de Lewis foi acelerar diabolicamente em sua saída de pit para garantir a vantagem e permanecer na frente.

A lembrar que isso aconteceu dos pneus mais macios para os mais duros. Aqueles mesmos com os quais apenas só Max Verstappen largou e acabaria rodando na relargada após safety car – aquele em que as Lotus se bateram e sobrou para as McLarens.

Depois, Lewis enfrentou muito bem a pista com pouca aderência, sabendo construir e manter a vantagem que lhe garantiu a terceira vitória em Silverstone – a lembrar que as duas outras conquistas foram em 2008 e 2014, justamente anos de seus títulos. Seria este o presságio do tri? Ao que tudo indica, sim.

Nico Rosberg só foi bem na parte da chuva, porque a Mercedes não pôde lhe garantir vantagem tática no seco. Ainda sim, lutou bravamente na pista úmida para fazer valer seu conjunto mais forte, ultrapassando ambas as Williams em manobras plasticamente muito belas.

E para quem pensa que o terceiro lugar “caiu no colo” de Sebastian Vettel, vale a pena assistir o vídeo abaixo e rever conceitos.

httpv://youtu.be/-oPCmf8v6sk

Como já mencionado, muito da graça da corrida veio já de começo, com a largada-dragster das duas Williams, pegando de surpresa as Mercedes (alguém sabe explicar o que foi aquilo?). Repentinamente, a corrida virou já em seu início um lindo pega, com os carros prateados nitidamente mais rápidos, mas sem conseguir passar o duo Martini Bianco.

Isso nos remete a algo que eu e muitos, como o meu irmão Márcio Madeira, pensam: Deveriam existir diferenças entre configuração de qualificação e configuração de corrida para causar um natural embaralhamento do grid. Carros mais fortes em treinos não são necessariamente mais fortes em corrida. E os mais fortes de corrida serão obrigados a atacar, fazendo com que as coisas fiquem realmente divertidas.

Isso poderia ser conseguido com pneus de classificação (creio que seria uma boa oportunidade para o marketing da Pirelli explorar, como por exemplo, ressuscitando o famoso pneu P7). Também poderia ser conseguido com alguma espécie de overboost, que fizesse o carro render trocentros cavalos a mais e virasse um animal feroz – um mapeamento que, evidentemente, só valesse pro qualify e não danificasse o motor. Já seria um excelente começo.

Lembro que em 2002, justamente o último ano antes das reformas mais radicais impostas à canetada pelo rato Mosley, a Ferrari F2002 era de longe o carro a ser batido em corridas, ganhando quase tudo. Mas a Williams-BMW tinha um foguete nos treinos, roubando a cena nos sábados, sobretudo com Juan Pablo Montoya.

Só que estávamos sob a égide da era dos reabastecimentos. Michael Schumacher só precisava aguardar pacientemente o primeiro pit das Williams para, com pista livre e carro leve, andar mais rápido, reabastecer e voltar na frente – no que é meu melhor argumento contra a volta do procedimento na categoria: você não tem como segurar um conjunto mais forte atrás de você diante desse tipo de cenário.

A Williams jogou fora a chance de vencer? Pouco provável, já que Lewis ia passar todo mundo na chuva, como Rosberg o fez. A Williams jogou fora a chance de pódio? Of course, my darling.

Errou em dois momentos cruciais. O primeiro em não deixar Valtteri Bottas passar Massa no começo seco, sendo que, se construísse vantagem, a tática da Mercedes de parar Lewis primeiro não funcionaria – ele no máximo tomaria a posição de Massa. Para serem “justos” com o líder e não traumatizá-lo com lembranças passadas, perderam a liderança da prova.

E depois errou no chamado tardio para seus pilotos trocarem para pneus intermediários, quando a água já caía pra valer. Massa reclamou disso, enquanto a Williams rebateu, dizendo que os pilotos precisam sentir quando é o momento de fazer o pit. Pelo visto, ninguém se entende quando a tomadas de decisão, o que é um problema administrativo pesado.

Eu não sou estrategista de Fórmula 1, mas parece óbvio que, quando chove, vai ter sempre algum piloto com nada a perder arriscando ser o primeirão a mudar de pneus.

Daí eu pergunto: Custa muito colocar um estagiário, ou o tiozinho da limpeza, ou a tiazinha do café, diante dos monitores de cronometragem para ver quando esse primeirão já consegue tempos mais rápidos em relação aos slicks? E quando isso finalmente acontecer, avisar imediatamente o Rob Smedley ou alguém da chefia?

Isso remete a um título de matéria que eu li sei lá onde, sobre o GP de Mônaco de 97. Para quem tem a corrida na memória, choveu pra cacete, Schumacher liderou com propriedade, em uma brilhante vitória, e Rubens Barrichello fez milagre ao levar a Stewart para o segundo lugar naquele dia.

A favorita Williams? Ela pensou que seria boa ideia largar de pneus slicks! Heinz-Harald Frentzen e Jacques Villeneuve começaram a dançar ainda nos primeiros instantes, dinamitando qualquer chance de vitórias. O título da matéria? “A Williams não sabe nadar”.

Que coisa! Parece que não aprendeu ainda!

De cabeça, eu lembro mais essas: falha tática em Adelaide 86, quando Mansell explodiu seu pneu traseiro e Piquet foi chamado tarde demais; A porca que caiu do carro do Mansell em Estoril 91; Prost passando reto dos pits e batendo em Christian Fittipaldi em Interlagos 93; As inúmeras surras táticas que Damon Hill tomou de Schumacher ainda na Benetton, a surra que a Williams tomou da Ferrari em Suzuka 97; as cabeçadas táticas da Williams na era Ralf-Montoya…

Historicamente, a Williams jamais foi um bom time nas táticas. Mas nada que não possa ser revertido.

Ainda estamos nos lembrando com grande alegria o Legends Parade que aconteceu no GP anterior, na Áustria, com direito até a Minardi estourando o motor e pegando fogo, justamente como nos velhos tempos. Em Silverstone, simplesmente tivemos Stirling Moss acelerando a Mercedes W196. Esse foi o conjunto que ganhou o British GP de 1955, disputado em Aintree.

Diante de uma cena dessas, só podemos torcer pro Emerson aparecer pilotando a Lotus 72 no GP Brasil de 2033, quando também completarão 60 anos de sua primeira vitória em casa.

Ironicamente, parece ligeiramente mais fácil o Emerson estar muito bem de saúde pra fazer isso do que a F1 sobreviver até lá.

Outra notícia vintage do fim de semana de Silverstone é que o veterano Piercarlo Ghinzani, que tanto lutou com cadeiras elétricas nos anos 80, está vendendo os três carros de F1 de sua coleção. Osella FA1E Alfa V12 1983 (estimativa em 100-125 mil libras), Toleman-Hart TG185 1985 (sem motor; 35-45 mil libras) e Osella-Alfa Turbo FA1G 1986, repaginada como 1987 (60-70 mil libras). Também está vendendo dois March F3, incluindo o de seu título europeu em 1977.

Eles serão leiloados no Silverstone Classic – Rocking and Racing, evento que deve acontecer no tão tradicional circuito em 23 de julho. O lote completo está disponível neste link.

Ou seja, ainda dá tempo de começar a arrecadar com os amigos algum cascalho para ao menos garantir a Toleman para exposição. Cotação do dia para a libra: R$ 4,88.

Até o GP da Alem… ah, é, foi cancelado. Sabe como é, não tem nem piloto, nem equipe alemã vencendo, daí não vai público…

Até Hungaroring, daqui um montão de dias…

Abração!

Lucas Giavoni
Lucas Giavoni
Mestre em Comunicação e Cultura, é jornalista e pesquisador acadêmico do esporte a motor. É entusiasta da Era Turbo da F1, da Indy 500 e de Le Mans.

12 Comments

  1. Sobre as trocas obrigatórias, elas oferecem uma alternativa à ultrapassagem. E só por isso já não deveriam existir.
    Abraço, meu irmão.

  2. Fabio disse:

    Bottas não foi constantemente mais rápido e não teve muito mais ritmo para reinvindicar uma primazia na disputa de primeiro lugar com Massa… Devemos lembrar que Bottas tinha o DRS à disposição para ter uma maior velocidade nas retas e mesmo assim não conseguiu passar…É só comparar os tempos volta a volta. Com os pneus duros Bottas foi constantemente mais lento e na chuva foi muito, mas muito mais lento que Massa. Acho que a Williams errou ao não dar a primazia da vitória a Massa, que foi mais rápido no quali e conquistou a ponta depois da largada… Deveria ter mandado Bottas segurar as Mercedes após o SC, para que Massa abrisse vantagem na ponta, essa seria a melhor tática para lutar pela vitória. E no pit para colocar os intermediários deveriam ter entrado na mesma volta de Hamilton, assim teriam garantido o pódio… É a equipe, e não o piloto, que tem todos os dados à disposição volta a volta para decidir o melhor momento de parada.

    • Fabiano Bastos das Neves disse:

      Concordo com a sua análise Fabio.
      Acho estranho que defendam que existam ordens de equipe para este tipo de situação. Dois pilotos em igualdade de condições, com táticas semelhantes, brigando pela vitória.
      A Williams autorizar a ultrapassagem desde que limpa, nem deveria ser preciso este tipo de mensagem, mas não julgo que foi errada. A equipe começou a errar quando percebeu que o Bottas não passaria o Massa e não mandou que ele segurasse as Mercedes para o Massa abrir. Se tivesse feito isto, não haveria prejuízo a posição do Bottas em relação às Mercedes, mas haveria um grande lucro para o Massa que, sem chuva, poderia ter vencido a corrida com esta tática.
      O finlandês, ao invés de ficar choramingando, deveria é ter vergonha da bobeada que deu na primeira largada onde deixou o Hamilton se recuperar para cima dele. Na segunda largada, depois do carro de segurança, o Massa mostrou a ele como se faz.
      Quanto a chuva, outra análise precisa ser feita: por que a Williams perde tanto desempenho?
      Será que ela não possui algum sistema, tipo controle de tração, que outras equipes podem ter?
      Em 2013 especulou-se que a Red Bull teria utilizado algo assim, um sistema que usava o Kers para controlar o excesso de tração.
      Sei que vão dizer que é “teoria da conspiração”, mas a diferença de desempenho é tão grande que não tem como não pensar em algo assim. No piso seco o controle de tração não faz tanta diferença, mas no molhado faz.
      A Ferrari também se comportou muito bem na chuva. Será que Vettel trouxe a idéia deste sistema de controle de tração da Red Bull?
      Um fator que faz com que eu acredite nesta possibilidade e uma comparação entre a recarga das baterias da Mercedes com a de outras equipes. Ao prestar atenção neste gráfico durante os GPs pode-se verificar que as Mercedes recuperam energia para as baterias muito antes das outras competidoras, ainda durante o início da aceleração. Poderia ser o ERS-H muito eficiente, mas também pode ser uma atuação dos ERS-K ou H para recuperar energia do excesso de tração.

    • Ronaldo disse:

      Na minha modesta opinião, o Massa já demonstrou em seus muitos anos na categoria que não é especialista em pista molhada. Tirando Interlagos 2008, suas atuações no molhado sempre foram abaixo da média. O Bottas pode até ser tudo isso que falam dele, mas e se o problema da Williams no molhado for a peça entre o Santantônio e o volante? Nem todo finlandês é piloto de rali, acho que ele também não manda muito debaixo d’água.
      Sobre Vettel, assistindo o on-board da volta dele antes de ultrapassar o Raikkonen, não tenho dúvidas de que a pilotagem dele fez toda a diferença. O cara segurando o carro dançando na reta foi de arrepiar! Com as centralinas padronizadas fornecidas pela McLaren, não acredito em controle de tração, nem utilizando os sistemas de recuperação. O pé direito é que fez a diferença.

  3. Ronaldo disse:

    Uma equipe que não briga pelo campeonato e vê uma chance remota de vitória, e que gosta de táticas conservadoras, devia mesmo ter pedido a Massa que abrisse? Claro que não! O cara que teve o mérito de fazer a volta mais rápida na classificação e fazer duas ultrapassagens na largada (ao contrário de Bottas que só superou Lewis pela competência do brasileiro em fazer um discreto “breaktest”), tinha é que ser ajudado! Todo mundo já reparou, exceto os caríssimos colunistas do GPTo, que as flechas de prata não foram feitas para andar seguindo outros de perto. Se o finlandês tivesse tirado o pé só pouquinho, sabe lá o que seria dessa corrida! Chamo atenão para a presença de Hulkemberg, que por milésimos não esteve à frente de Lewis em seu retorno do primeiro pit.
    Fiquemos atentos antes de soar as trombetas!

  4. Robinson Araújo disse:

    Colegas do Gepeto

    Imagino que estando Massa na liderança com o companheiro em segundo o ideal seria utilizar a parte mista do circuito para Bottas segurar as Mercedes. Com isso Massa abriria na frente, tendo uma chance maior de vitória.
    Com a chuva toda e qualquer tática caiu pelo chão e, como de praxe na Williams, pecam pelo extremo conservadorismo.
    Confesso que me surpreendi com a entrada de Lewis no boxe, porém demonstrou estar muito mais atento ao clima do que todos.
    A Ferrari captou rapidamente a mensagem e em milésimos de segundo já alterou sua estratégia, reposicionando Vettel.
    Imagino que as Williams, mesmo com os erros, foi o grande protagonista do GP e isso vale muito! O simples fato de colocar uma dúvida a vitória certa, pragmática, insonsa e presumível das flechas de prata já deu um novo colorido a Silverstone.

    Vamos a Hungaroring………quem sabe a alma daquele FW11 baixa e vemos uma ultrapassagem por fora no final da reta, contrariando qualquer análise.

    Acho que é isso mesmo, precisamos ser contrariados, termos novamente aquele olhar de perplexidade e para de analisar somente números frios.

    Pena não ter o GP da Alemanha. Já sinto falta do antigo traçado onde o Piquet deu umas porradas no Salazar em 1982, agora nem traçado novo. Logo teremos corridas vituais valendo alguma pontuação, tendo como piloto um nerd de 13 ano com um joystick todo incrementado!

    Uma boa semana a todos!

  5. Emil disse:

    Tenho visto muita gente dizer que o Bottas tinha melhor rendimento que Felipe no primeiro stint da prova. Ao meu ver as pessoas estão esquecendo que Massa, como líder não podia fazer uso da asa móvel, daí não poder desgarrar do trio que vinha logo atrás dele. Será que se ele fosse superado por Bottas, seja por ordem da equipe ou no “braço”, tendo ele condições de abrir a asa móvel, ele não estaria na mesma condição do finlandês, ou seja, com o carro rendendo “mais”, como estão colocando?

  6. Mauro Santana disse:

    Corrida muito boa!

    Agora eu falo o seguinte:

    Por que meu Deus, por que tem que existir esta regra besta de usarem pneus que não duram a prova inteira??

    Já imaginaram, caso não tivesse chovido, que disputa ferrenha teríamos na pista entre os quatro primeiros, caso os pneus durassem a prova inteira e não fosse obrigatório ter que troca-los?

    Será que ninguém, dos que mandam na F1, conseguem ver isso???

    Até a pista da Hungria.

    Abraço!

    Mauro Santana
    Curitiba-PR

  7. Fernando Marques disse:

    Lucas Giavoni e demais amigos do Gepeto,

    eu penso um pouco diferente do Lucas, do Galvão, do R. Leme entre outros …

    o que pode derrotar as Mercedes atualmente?
    A chuva? … Certamente que não … Elas são também imbatíveis em pista molhada. Uma possibilidade de quebras também não, já que está difícil uma Mercedes quebrar numa corrida, quanto mais as duas juntas. Se uma quebrar a outra ganha, então as duas tem que quebrar para ela não ganhar.
    O que pode derrotar as Mercedes numa corrida seria um evento tipo Hamilton e Rosberg se enroscarem na primeira curva após a largada ou uma estratégia desconhecida e surpreendente como fez a Ferrai no GP da Malásia.
    Eu acho que a Willians fez uma estrategia que enganou e surpreendeu a Mercedes. Ela começou nos treinos livres onde Massa e Bottas esconderam o jogo vendo que poderiam ter um grande ritmo de velocidade durante a corrida. Para isso era importante largar os dois na 2ª fila e eles conseguiram. A surpresa seria fazer uma largada excepcional e surpreender Hamilton e Rosberg, que certamente achavam que teriam uma largada normal com hamilton apenas se preocupando com Rosberg e vice e versa.
    Massa e Bottas foram perfeitos e pularam na frente e massa na liderança impôs um bom ritmo de corrida a ponto de nem Hamilton e nem Rosberg conseguirem passá-los na pista. E melhor as Mercedes não tinham mais velocidade que as Willians nas retas
    O erro da Willians não foi retardar o pit de Massa quando a chuva chegou e sim ela errou em não chamar o Massa, que liderava a corrida, para ser o primeiro a fazer o pit stop na corrida, lá pela 18 ou 19ª volta. Quem ditava o ritmo de corrida era o Massa, ele deveria também estabelecer a ordem das paradas sendo o primeiro a parar entre os lideres da corrida. .
    Digo isso por que Massa entrando para fazer o pit, certamente o Bottas ia segurar o Hamilton não permitindo o ingles a ser mais rápido durante a sua parada e o Massa certamente poderia recuperar a liderança após as paradas do próprio Bottas, Hamilton e Rosberg, principalmente se Bottas parasse depois ou junto com Hamilton.
    Se a Willians possui um bom estrategista, ele deveria ter pensado nisso. Esse seria o grande pulo do gato.
    Hamilton quando decidiu antecipar a sua parada, fez pensando em voltar as pistas sem as Willians na sua frente e assim poder impor o seu ritmo de corrida. E deu tão certo que ele não só ganhou a posição do Bottas, mas também a liderança de Massa após o pit deles.
    Depois disso o que estragou a corrida da Willians foi a chuva. Independente de retardar ou não a parada do Massa, não impediria o Massa segurar a posição dele em relação ao Vettel, que literalmente voou na pista debaixo de chuva.
    Eu tenho certeza que o Massa chegaria ao podio se não chovesse, e possivelmente chegando entre as duas Mercedes, já que o Rosberg só conseguiu passar pelo bottas e o Massa com a pista molhada … no seco teve que se contentar de andar atrás.

    Fernando Marques
    Niterói RJ

    • Fernando Marques disse:

      Lucas,

      a Willians não errou ao deixar que o Massa ficasse a frente do Bottas … se ela pede ou permitisse isso, seriauma tremenda sacanagem e o fim da carreira do Massa … acho que a equipe agiu certo ao liberar a disputa entre os dois na pista desde que não trouxesse prejuizo à equipe … se Massa sustentou a posição em relação ao Bottas é sinal que ele era tão rápido quanto o filandês …

      Fernando Marques

  8. Lucas dos Santos disse:

    Alguns detalhes dignos de nota desse fim de semana:

    – O bom trabalho de boxes da Mercedes também contribuiu para que Hamilton assumisse a liderança durante a parada de Massa. Enquanto a Mercedes fez o seu trabalho em apenas 2,4s no carro #44, a Williams demorou 3,8 para trocar os pneus do carro #19.

    – O carro da Williams parece ter evoluído bastante no molhado, embora ainda esteja longe do ideal. Nessas condições, normalmente a “carruagem” da equipe inglesa costuma virar “abóbora”, como diria Lito Cavalcanti. Sinceramente, eu esperava um resultado pior!

    – Massa finalmente conseguiu diminuir a vantagem de seu companheiro de equipe no campeonato. Agora são apenas três pontos para tentar descontar na próxima etapa.

    – As coisas realmente não vão bem para Raikkonen. Com o seu pífio desempenho na corrida passada, caiu para a 5ª posição no campeonato, com 58 pontos a menos que seu companheiro de equipe Sebastian Vettel.

    – Daniil Kvyat era quem tinha a segunda maior desvantagem para o seu companheiro de equipe. Com o sexto lugar e aproveitando-se do abandono de Daniel Ricciardo, conseguiu reduzir a desvantagem para apenas 9 pontos.

    – Fernando Alonso finalmente conseguiu sair do “clube dos zerados” e marcou o seu primeiro ponto da temporada, ficando a apenas 3 pontos de seu companheiro de equipe.

    – Nesse fim de semana, graças aos vários abandonos, Roberto Merhi – e, consequentemente, a Marússia – conseguiu seu melhor resultado da temporada: um 12º lugar. A conquista, na verdade, seria de Will Stevens, que acabou saindo da pista, danificando a sua asa dianteira e perdendo a chance de superar seu companheiro de equipe no campeonato.

    – À exceção de Kimi Raikkonen, neste fim de semana todos os demais pilotos tinham chances – reais ou matemáticas – de superar o seu companheiro de equipe no campeonato. Nenhum deles, porém, conseguiu o feito! Todos continuam com chances de superar o seu companheiro de equipe na próxima corrida, exceto o já citado Kimi Raikkonen.

  9. Rodolfo César disse:

    Sem chuva e com a tática correta, a Williams ganhava a corrida.

    Com chuva e com a tática correta, a Williams garantia o pódio.

    Enfim, a Williams deve rever muito sua parte de estratégia pois na F1 atual e com um conjunto inferior aos prateados a chance de surpreender (quem sabe até vencer) na próxima oportunidade está justamente nesse quesito.

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