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Desejo, acima de tudo, que os desejos dos projetistas de McLaren, Ferrari, Mercedes etc. sejam atendidos...

Como esta é minha última coluna do ano, vamos aos desejos e promessas de Ano Novo.

Desejo, acima de tudo, que os desejos dos projetistas de McLaren, Ferrari, Mercedes etc. sejam atendidos.

Desejo que Lewis faça a promessa de manter a cabeça no lugar, evitar as más companhias e se concentrar em explorar ao máximo seu transbordante talento.

Desejo que Bernie tenha um acesso de saudosismo e não só mantenha os circuitos clássicos como pare de mexer neles.

Desejo que a FIA pare de inventar truques mirabolantes em regras e dispositivos para efeitos especiais, fazendo com que a categoria recupere as atrações que nos fascinaram. Se quiser saber quais são, consulte as colunas antigas do Edu.

Desejo que Felipe Massa encontre um jeito melhor de lidar com os pneus e reduza sensivelmente a distância para o asturiano. E volte a mostrar sua grande característica como piloto, combatividade.

Desejo que Kimi volte a ser o Kimi que foi campeão, não o desatento que foi demitido da Ferrari.

Desejo que entre Rubens, Bruno, Vitaly, Sutil, Hulkenberg, Maldonado e Bottas ocupe um cockpit o que tem mais talento e não o que traz mais dinheiro.

Tudo isso será melhor para o espetáculo, mas espetáculo na visão daqueles que colocam o esporte acima de patriotadas.

Desejo que Galvão continue. Surpresa? Nem tanto. Em minha primeira coluna para o GPTo expliquei porque ele é importante. Com seu talento para vender emoções (como ele mesmo se define), aumentam as chances da manutenção da audiência em níveis atraentes para a Globo continuar a transmitir um campeonato onde os brasileiros, sejam quais forem, infelizmente terão chances próximas de zero de vencer. E olhe que é bem possível que tenhamos só um piloto no grid.

Ele chateia quem entende do assunto? OK, mas ele não está transmitindo só para “nós”, entendedores. Ele está atraindo o piloto-de-sofá que está louco para ver o futebol mas precisa arrumar alguma desculpa pra evitar ajudar a patroa na cozinha, então se declara “apaixonado” por F1 desde criancinha. É essa massa que nos permite ver a F1 em tempo real (ou quase) pela TV aberta, com boa qualidade e comentários técnicos válidos, em sua maioria. Com dois filhos pilotos, mais a experiência, Galvão conhece o assunto mais que a maioria de seus colegas.

Vejo na imprensa italiana criticas severas à transmissão da RAI. TV italiana! A pátria da Ferrari! A marca de automóvel que mais paixões gera no mundo. As criticas cobrem desde o narrador deles, Mazzoni, que entre outras peculiaridades costuma trocar Massa por Alonso, e a erros de transmissão propriamente dita.

Tenham paciência com o Galvão e não reclamem.

Obrigado e até janeiro.

Carlos Chiesa

Carlos Chiesa
Carlos Chiesa
Publicitário, criou campanhas para VW, Ford e Fiat. Ganhou inúmeros prêmios nessa atividade, inclusive 2 Grand Prix. Acompanha F1 desde os primeiros sucessos do Emerson Fittipaldi.

7 Comments

  1. Marcos - DF disse:

    Pessoal, bons dias !!
    Como sempre, é um prazer ler as colunas e os posteriores comentários dos amigos !
    A todos, um 2012 cheio de velocideade, técnica e belas ultrapassagens !
    Abraços

  2. Luís Gustavo Perizzolo disse:

    Obrigado Arlindo, pela resposta, muito mais esclarecedora do que eu esperava.

    E faço minhas as palavras de Carlos Chiesa. TODAS elas. Quero destacar e comentar as seguintes:

    “Desejo que Bernie tenha um acesso de saudosismo e não só mantenha os circuitos clássicos como pare de mexer neles.”

    Sobre isso, fico extremamente irritado com o fato do tal engenheiro “Hermann Tilke” ser encarregado de desenhar pistas. Não entendo como um homem que desenha circuitos horríveis (e pior, destrói circuitos clássicos maravilhosos, como Osterreichring, Hockenheim e Silverstone) que matam qualquer pega emocionante e chances de ultrapassagem esteja no cargo enquanto os chefões da F1 tentam remediar a situação com recursos idiotas e “truques mirabolantes” como Carlos bem colocou.

    Queria lhes perguntar também qual a opinião de vocês para que este homem desenhe pistas para a F1. Qual o interesse? Seriam eles interesses políticos (quais)?

  3. Mauro Santana disse:

    Olá Amigos do GPTotal!

    Tomara mesmo que seus desejos se realizem em 2012, Carlos Chiesa!

    Uma pergunta:

    Qual foi esta sua coluna que explica os motivos do Galvão Bueno!?

    Gostaria de ler!

    Gosto do Galvão, e nos anos 80, ele narrava muito, e como ninguém é perfeito, comete falhas também.

    Que venha 2012!

    Feliz Natal e um excelente 2012 para todos nós!

    Grande abraço!!!

  4. Fernando Marques disse:

    Carlos Chiesa,

    se todos os seus pedidos forem aatendidos teremos uma temporada sensacional em 2012. Feliz natal e tudo de bom no ano novo …

    Fernando Marques
    Niterói RJ

  5. Arlindo Silva disse:

    Luis,

    Os pneus intermediários surgiram na F1 em 1997, ano em que a Bridgestone entrou na categoria.

    Nos primeiros testes daquela temporada, a diferença de rendimento dos pneus de chuva da Goodyear e da Bridgestone era gritante a favor dos japoneses, especialmente quando as condições de pista eram o chove-não-molha.

    Naquele ano, a Bridgestone só fornecia pneus para equipes médias e nanicas (Prost, Stewart, Arrows e Minardi). Temendo ser massacrada por uma fabricante novata, a Goodyear reagiu e quando o campeonato começou lançou um tipo de pneus exatamente para essa condição de chuva fraca. Surgiram então os pneus intermediários.

    Foi com esses pneus que Michael Schumacher ganhou com extrema facilidade em Monaco (acabou a prova com 1 minuto de vantagem sobre Barrichello com um Stewart Ford provido de pneus Bridgestone) e em Spa (onde chegou a fazer tempos de volta até 5 segundos mais rápidos que qualquer outro piloto na pista).

    A Bridgestone só lançou pneus intermediários em 2001, quando a Michelin havia regressado a categoria. Durante seu curto período de monopólio (1999 e 2000) foram usados somente pneus de chuva.

  6. grids disse:

    kkkidoa

  7. Luís Gustavo disse:

    Primeiramente, gostaria de parabenizá-los pelo site, que é uma das melhores fontes sobre F1 que alguém pode encontrar. Assisto F1 desde criança e, fora o que aprendi assistindo, muito de meu conhecimento vem do GP Total! Mais uma vez, meus sinceros parabéns!

    E minha pergunta é a seguinte: quando surgiram os pneus intermediários na F1?

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