O lugar de Massa

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Felipe Massa conseguirá uma vaga na F1 para o ano que vem? Mas qual é, de verdade, o lugar de Massa na Fórmula 1?

Não duvido que Massa tenha passado por um grandioso trabalho de psicologia organizacional no período em que esteve na Ferrari: uma devoção suprema à equipe, por várias vezes classificando-a como religião, dando-lhe ares místicos ou comparando-a a seleção de futebol de seu país. Fizeram parte de todo esse processo os elogios rasgados à quem da equipe, principalmente se incitado a compará-los a quem estivesse “fora” (suas diversas contradições ao falar de Senna e Schumacher, por exemplo).

Esse fanatismo pela Ferrari tinha razões: o piloto, que cresceu em Maranello – desde 2001 tinha contrato – era, além de grato, ambicioso: sonhava em um dia correr pela equipe principal, vencer corridas e ser campeão mundial por lá. Foi tudo um roteiro, que teve momentos perfeitos para serem narrados no cinema: a primeira vitória em casa, a passagem a Kimi no ano seguinte, a mangueira de Cingapura, os 38 segundos de título, a mola na Hungria, os boxes da China, o “faster than you”, o choro no pódio com Piquet e, agora, o adeus.

Massa não se sente traído pela Scuderia: ele a compreende, sabe as razões que levaram a isso. Sabe porque Kimi – o mesmo que ele vinha batendo de modo claro ao longo de 2008 e na primeira metade de 2009 – voltou: Massa não consegue corresponder às expectativas do time.

Uma das defesas que sempre fiz de Massa era sobre sua postura com relação à mídia brasileira – parecido com o tenista Gustavo Kuerten -, não cedendo a resgates heroicos ou tecendo promessas impossíveis, como fez Rubens Barrichello: Massa nunca foi de dizer que iria vencer corridas X ou que iria vingar o povo. Nunca foi muito de ter paciência com perguntas estúpidas ou ficar de “chororô”.

No entanto, as contradições de algumas de suas declarações que citei de início começaram a invadir esse campo, após a não-renovação de seu contrato: no sábado, dia 14, li na internet que Massa deu entrevista à britânica Sky Sports, e durante essa conversa falou sobre Fernando Alonso: “Fernando foi o mais duro de meus companheiros, foi com ele que mais sofri“.

Essa primeira frase soa ambígua, e aparentemente não se aplica (somente) ao contexto técnico, mas Massa complementou: “Ele [Alonso] é completo”. E fez uma comparação na qual muitos não acreditariam: “Ele [Schumacher] era muito, muito bom. Surpreendente, mas acredito que Fernando consegue ser perfeito, melhor do que ele. Supera até o Schumacher“.

De imediato, lembrei-me de quando Alonso foi anunciado na Ferrari: Massa foi firme, dizendo não temer a concorrência interna com o espanhol: “Já tive Schumacher como companheiro de equipe, então não estou preocupado“. Porém, no dia seguinte, foi ao ar uma entrevista de Massa no programa “Esporte Espetacular”, en directo com Galvão Bueno, e o resultado foi outro…

Nessa entrevista, Massa rasgou o protocolo “Ferrari acima de tudo” – embora, por coincidência, estivesse vestindo uma camisa ferrarista em casa, num dia qualquer – e deixou surgirem as teorias da conspiração e o discurso do “brasileirinho contra esse mundão aí” aflorar: “agora não vou mais ajudar o Alonso, vou pra cima“, falando sobre as sete corridas restantes da temporada.

Outra de Felipe: “é, eu sou muito bonzinho, mesmo“. Mais uma: quando perguntado – ou melhor, insinuado, provocado – pelo entrevistador (que fez questão de relembrar que o patrocinador da Ferrari é um banco espanhol, sem $itar o nome, é claro!) se os gestos de carinho e amizade de Alonso para com ele eram verdadeiros, Massa foi irônico: “ah, ele não tem como não gostar de mim, né?!“, disse entre risos.

E logo em seguida veio a pergunta sobre o célebre episódio do GP da Alemanha de 2010: “aquele dia doeu, doeu muito“.

Felipe Massa deve terminar essa temporada com os seguintes números: 193 Grandes Prêmios, 11 vitórias, 15 pole-positions, 14 melhores voltas e 38 pódios. Bons números, de fato. Não são nada desprezíveis ou risíveis. Rubens Barrichello terminou sua carreira, em 2011, assim: 326 Grandes Prêmios, 11 vitórias, 14 pole-positions, 17 melhores voltas e 68 pódios.

A semelhança é enorme: considere-se que Barrichello teve 7 temporadas com carros de ponta (as seis pela Ferrari e a solitária pela Brawn), e Massa completa agora sua oitava temporada na Ferrari – sétima e meia, pensando em 2009. Nesse recorte, Massa teria os seguintes números: 11 vitórias, 15 poles, 14 melhores voltas e 38 pódios num total de 140 corridas. Barrichello, somaria: 11 vitórias, 12 poles, 17 melhores voltas e 61 pódios em 121 GPs.

Quase idênticos, apenas com Barrichello sendo mais constante que Massa: Rubens foi ao pódio em metade de suas corridas pela Ferrari, enquanto Felipe foi capaz disso em pouco mais de um quarto delas. Em 2011, por exemplo, Massa ficou sem ir ao pódio em um GP sequer!

No comparativo com Barrichello, Massa leva duas vantagens: venceu no Brasil – tenho pra mim que Rubens talvez abrisse mão de seu sonhado título mundial em nome de uma vitória em casa – e chegou a, de fato, disputar um título. Na análise fria dos números, Barrichello tem dois vice-campeonatos (2002 e 2004) contra 1 de Massa, mas em ambas as ocasiões em que terminou em segundo, Barrichello nunca chegou a flertar com o momento.

A vantagem de Barrichello para Massa acaba sendo pelo que fez fora da Ferrari (antes e depois): embora só tenha vencido na Brawn, fez poles e pódios com Jordan e Stewart, chegou ao pódio também pela quase fal(ec)ida Honda, e ainda protagonizou momentos interessantes pela Williams.

Outra vantagem de Rubens é que ele fez o dito papel quando corria com Schumacher – e com Button, talvez? – já Massa, não o fez somente com Alonso: além do próprio Schumy, ele trabalhou assim para Kimi Räikkönen – deixando escapar um “tri” em Interlagos (2007) – e até mesmo (sim!) para Nick Heidfeld (GP da Alemanha de 2002).

Afinal, o que Alonso e Schumacher de fato “devem” a Massa e Rubens? algumas vitórias, alguns pódios? Barrichello ainda recebeu um prêmio (EUA, 2002). Massa recebeu uma gratificação (China, 2008) apenas de Kimi.

Nesse saldo, Massa teria a ganhar tanto do alemão quanto do espanhol: em outro trecho da entrevista com Galvão, Massa disse, rindo, que “deixou de ganhar outras pra ajudar o Schumacher“. Falando sobre isso, Felipe não mostra a mágoa que demonstrou ao falar de sua relação – nas pistas – com o espanhol.

Uma cena que poucos lembram e comentam é a do pódio do GP do Japão de 2006: aquela cara fechada – algo raivosa – de Felipe ao ver o espanhol ganhar não apenas a corrida mas praticamente definir o mundial. O brasileiro marcou a pole, e já no início da volta 3 abriu passagem para o alemão. É claro, Schumacher disputava o título, não há qualquer forma de contestar aquilo de maneira coerente.

Massa tinha consciência de seu papel, e cria que seria o “futuro mocinho”. Achava que estava perdendo hoje para ganhar amanhã. Abrindo mão de uma glória momentânea para uma vitória maior depois.

Isso nunca aconteceu, sabemos.

As palavras de Massa, agora – endossadas até mesmo por sua esposa – são as do “piloto livre“, de querer “correr numa equipe onde possa disputar livremente“… tudo igual, tudo idêntico, ao Barrichello de 2005, que queria ir para a “promissora BAR”. De igual, eles têm até mesmo o lado “beatle”: o sonho [de ser campeão do mundo] não acabou.

Massa jogou no ar que pode ir para a Lotus (embora Hülkenberg pareça ter mais chances) ou então para a McLaren. Se fosse para esta última, lá ele seria companheiro de… Jenson Button. O mesmo Button que dividiu a equipe com Rubens entre 2006 e 2009 – e o bateu incontestavelmente.

O final, portanto, teria tudo para ser exatamente o mesmo, e mostrar que Felipe Massa e Rubens Barrichello são iguais não apenas em suas 11 vitórias.

Ah! Uma terceira entrevista de Felipe circulou na internet. Aparentemente, algum evento da Shell em um país oriental (pode ser em Singapura, pela data do vídeo e do GP). Surge uma pergunta da plateia: “algo que todos queremos saber: Fernando realmente é mais rápido que você?“. Massa respondeu assim:

Quase dois meses atrás, falei aqui sobre o Rubens Barrichello que, 11 anos depois, resolveu fazer piada de si mesmo e rejeitar sua posição de perseguido-humilhado. Será que, lá por 2020, já fora da F1 e com 40 anos, Massa vai finalmente afirmar “Fernando was faster than me“?

Acho que seria uma boa oportunidade para Felipe Massa colocar-se novamente em seu lugar.

Marcel Pilatti
Marcel Pilatti
Chegou a cursar jornalismo, mas é formado em Letras. Sua primeira lembrança na F1 é o GP do Japão de 1990.

31 Comments

  1. Claudio disse:

    E Massa em Suzuka? O cara comemora ter sido ultrapassado..

  2. wladimir duarte sales disse:

    Sem mencionar outras coisas: Quem se garante não precisa recorrer a vetos! Critico até o próprio Senna por usar desse artifício na Lotus em 1986 ainda mais contra Derek Warwick , um zero a esquerda que só não era pior que Andrea de Cesaris porque não teve nem a metade de acidentes que o italiano. Prost vetou Senna na Williams em 1993 e recomendou Damon Hill que venceu três seguidas!

  3. wladimir duarte sales disse:

    Agradeço as novas informações, Lucas. Apenas corrigindo: em 81 e 82 Prost foi companheiro de Arnoux na Renault, não falei em “poderes mentais” como se ele fosse telepata mas em habilidade para pressionar e desestabilizar psicologicamente o companheiro além da notória habilidade política para fazer a equipe trabalhar para ele, não sei até que ponto a Brabham de Piquet estava fora das regras no Brasil/82 mas desclassificação por um desvio de chicane que aconteceu mais de duas vezes antes de Japão/89 e pelo que sei não houve sequer advertências anteriores; mesmo que não tivesse mais chances no campeonato e fosse várias vezes agressivo além da conta Senna merecia isso? Merecia ser vítima de politicagem e patriotada?Intencional ou não o que deu na cabeça de Prost na Alemanha/82 pra ficar andando devagar na pista durante o treino classificatório? Repito: três temporadas de experiência são suficientes para não cometer um erro primário como esse, pior ainda nove temporadas(Jochen Mass nos treinos da Bélgica/82 que teve como resultado a morte de Gilles Villeneuve).

  4. wladimir duarte sales disse:

    Grato pela resposta, Fernando. Quanto à outra resposta que recebi digo o seguinte: campeão de verdade não só ajuda a desenvolver o carro junto aos engenheiros, também vence em qualquer condição de tempo, nunca precisa bater no carro do adversário pra ganhar campeonato ainda mais sendo da mesma equipe (por essa lógica condenaria até o Schumacher e o Mansell mas são casos pra outra discussão), vence na pista ao invés de partir pra choradeira junto ao dono da equipe(Ímola/89) e reclamar com cartolas (Brasil/82 e Japão/89), não fica conduzindo o carro a velocidade de lesma no treino classificatório ainda mais em tempo chuvoso (alemanha/82, quatro temporadas de experiência bastam pra não cometer um erro absurdo como esse) e se alega ter traumas é só fazer terapia pois dinheiro não faltava pra isso. É muito fácil ser piloto completo sempre vencendo em pistas com tempo bom ou com ajuda de cartola ou com um supercarro (1985,1993). Prost não passa de um Patrick Tambay com doses cavalares de sorte e habilidade política e psicológica e alguma habilidade de acertador de carros. É a unica explicação para a piora do desempenho de René Arnoux justamente quando esse fulano foi para a Renault. Pois tirando as quebras devido à pouca confiabilidade dos motores turbo é fato que Arnoux em termos de desempenho global humilhou Jean Pierre Jabouille enquanto correram na mesma equipe (1979,1980) e quando foi para a Ferrari também derrotou Tambay mas falhou na disputa pelo título em 83 e foi relegado a segundo piloto de Michelle Alboreto em 84. Depois a demissão da Ferrari em 85 que certamente o abalou pois Arnoux nunca mais foi o mesmo piloto e a Ligier só funcionou enquanto Jacques Laffite estava na ativa. Exceto por uma vitoria meio acidental de Olivier Panis em 1996. Admirei e admiro outros pilotos não importa de onde venham. Hoje em dia só posso ver os grandes ases do passado no Youtube: Jim Clark, Graham Hill, Jackie Stewart, Ronnie Peterson, Niki Lauda, James Hunt, Clay Regazzoni, Gilles Villeneuve, René Arnoux, Didier Pironi, Nigel Mansell (que assisti ao vivo juntamente com Piquet e Senna em Jacarepaguá/88) e até Michelle Alboreto em sua melhor época (1983 a 1985). Dos atuais admiro Vettel, Hamilton e Raikkonen, Alonso também é ótimo mas os surtos de prima donna a la Schumacher as vezes me irritam, ainda mais agora que a Ferrari não consegue acertar um projeto vencedor. Mas não me peçam pra sequer elogiar esse fulano chamado Prost, pois no meu modo de ver ele pode ter quatro títulos e 51 vitórias além de outras estatísticas mas nunca foi homem de verdade!

    • Lucas disse:

      Na boa, Wladimir, eu realmente acho que você precisa se informar melhor. Prost só vencia em tempo bom? Ele ganhou destaque no início da carreira justamente por vitórias na chuva nas categorias de base, sua primeira vitória na F1 foi em Dijon-Prenois numa corrida em que uma chuva fortíssima interrompeu a corrida quando ele estava logo atrás do Piquet na primeira metade e o passou imediatamente na segunda, e naquele ano choveu também em Monza, o que não evitou a vitória dele. Provavelmente seria passado por Senna em Monaco 84, mas o fato é que mesmo sob condições precárias ele era o líder até aquele ponto enquanto muita gente boa já tinha ficado pra trás, e ele venceu com chuva em Mônaco no ano seguinte também. E no último ano de carreira venceu com chuva também na África do Sul e San Marino. Teve corridas com chuva em que o único piloto que terminou à frente dele foi o Senna (alemanha e japão 88, bélgica 89, japão 93) e outras em que conseguiu bons resultados na chuva com carros fracos (como o segundo lugar na Espanha com a Ferrari de 91). Uma coisa é não ser tão bom na chuva quanto Senna (o que não é demérito nenhum, já que na F1 moderna não houve mesmo ninguém que se comparasse minimamente a ele nesse aspecto), outra bem diferente é dizer que o Prost “só ganhava com tempo bom” – o que é simplesmente falso.

      É pura ignorância também querer diminuir Prost porque ele “precisou bater no carro do adversário pra ganhar campeonato”. Primeiro porque o Prost é um dos pilotos mais limpos de sua geração, basta consultar os dados de corrida dele pra ver que uma das coisas mais raras do mundo era ver o cara abandonando por batida em outros pilotos (de 88 a 93 por exemplo foram só aquelas duas com o Senna). E segundo porque ele não “precisou” bater pra ser campeão em 89, pois mesmo que Senna ganhasse aquela prova ainda seria necessário esperar um resultado estupendo na seguinte e torcer pro Prost se dar muito mal – e o Senna bateu e abandonou naquela corrida. E não vou nem comentar essa idéia de que foram os “poderes mentais” de Prost que fizeram Tambay “piorar” porque acho que não vale a pena.

      E só um último comentário: Alain Prost foi companheiro de *praticamente todos* os campeões de 82 a 96 (só faltou Piquet e Schumacher). E não apenas ele bateu *todos eles* em pelo menos uma temporada, mas também, nas raríssimas vezes em que ele perdeu pra esses caras que acumulam conjuntamente nove títulos, foi por uma diferença esdrúxula: meio ponto em 84 e 3 pontos em 88 (e mesmo assim só por causa das regras dos descartes, na verdade Prost fez 105 contra 94 de Senna). Dá uma procurada, em toda a história da fórmula 1, vê se existiu algum outro piloto que tenha sido companheiro de equipe de *quase todos os melhores pilotos de seu tempo* e tenha sido excepcionalmente bom contra todos eles, e aí a gente conversa sobre ele “não ser homem de verdade”.

      • Marcel disse:

        O Prost é o pior adversário(pelo seu nível de pilotagem e técnica), que um piloto pode ter.É meu piloto predileto depois do Alienígena…
        E o Senna o superou por margem sensível em termos de desempenho na pista… tanto em treinos como em corrida… Só na França ele era insuperável.No mais o Prost tinha que jogar com a cabeça ou esperar uma quebra

  5. Lucas disse:

    Pra ser sincero, não vejo muito cabimento em comparar Massa com Barrichello. Como já foi dito no texto, a diferença entre os dois quando não tinham equipamento de ponta é abissal em relação ao Barrichello, mas a suposta semelhança quando tinham precisa levar alguns “poréns” em conta. Barrichello correu pela Ferrari numa época em que a política era hierárquica desde a corrida #1, não havia essa história de “os pilotos são livres pra brigar até que as chances de um ser campeão sejam muitíssimo maiores que a do outro e aí ele será priorizado”. Basta lembrar que as trocas de posição entre Barrichello e Schumacher em 2001 e 2002 aconteceram muitíssimo cedo no campeonato, e no caso de 2002 isso foi ainda mais absurdo pelo fato de que só mesmo uma hecatombe nuclear tiraria os dois campeonatos da Ferrari naquele ano. Embora a Ferrari ainda seja um time que leva hierarquia muito a sério, as coisas ficaram menos rígidas nos tempos de Massa, tanto é que ele tem um bom punhado de corridas lá em que ficou à frente do companheiro (Alonso inclusive) em início de campeonato e não houve inversão.

    Além disso, Massa correu como primeiro piloto em 2008 depois da série de problemas enfrentados pelo Kimi no início do campeonato, coisa que jamais ocorreu com Barrichello, que na Ferrari foi segundo sempre.

    E não é verdade, como comentado aqui, que Barrichello só bateu o Schumacher em condições não usuais. Em Monza 2001 foi mais rápido na classificação, fez volta mais rápida melhor e terminou duas posições à frente, mesmo que até onde eu saiba nada de errado aconteceu com Schumacher. No mesmo ano fez pole e vitória na Hungria, na Inglaterra em 2003 foi 0.6s mais rápido que o Schumacher na classificação, fez melhor volta 0.8s melhor que a do alemão e venceu a corrida (e embora nesse caso ele tenha perdido bastante tempo nos pits, em nenhum momento ele pareceu estar disputando a vitória). Em Monza 2004 o Barrichello bateu Schumacher nos treinos por 0.6s, fez a volta mais rápida e venceu. Isto é, Barrichello era sim capaz de ser melhor que Schumacher de vez em quando em condições normais, e é bem possível que poderia ter sido mais vezes não fosse a questão de receber estratégias contra-producentes (visando prejudicar os adversários e não ajudar ele próprio), o que é bem mais difícil de
    perceber que uma simples inversão, a não ser em casos óbvios como o GP do Canadá de 2002 quando o Barrichello liderou boa parte da corrida, pediu para fazer pit stop quando entrou um safety car (se não entrasse aquela hora ia ter a corrida muito prejudicada) e foi solenemente ignorado (a Ferrari chegou a dizer que “só ouvia estática vindo do rádio dele”, como se não fosse completamente óbvio que ele precisava fazer a parada imediatamente. Não, não acho que o Barrichello seja um “pobre brasileirinho” que poderia ser multi-campeão se não houvesse jogo de equipe (simplesmente porque na média Schumacher era melhor que ele, ponto), mas não dá pra ignorar que a vida de Massa foi mais fácil e, ainda assim, fez bem menos do que se esperava. Nada me tira da cabeça que se fosse Barrichello e não Irvine ou Massa na posição de “segundo piloto promovido a primeiro por força das circunstâncias” em 99 e 2008, ele teria feito bem melhor que eles. O fato de Barrichello ter muito mais pódios que Massa não é só porque era “mais constante”, é simplesmente porque era melhor, mesmo: Massa sempre teve o grande defeito de ter dificuldades em ganhar posições mesmo com bons carros (não é coincidência que nunca ganhou uma única corrida sem ser largando da primeira fila), Barrichello já ganhou ou fez pódios em boas corridas de recuperação (incluindo sua épica primeira vitória). Eu sinceramente não vejo os dois como “semelhantes”.

  6. wladimir duarte sales disse:

    Apenas corrigindo Fernando Marques: Keke Rosberg se submeteu ao papel de escudeiro em 1986 na McLaren. E o que mais me aborrece é ele ter adotado tal postura diante do politiqueiro campeão de papel chamado Alain Scrot, digo, Prost. Três anos antes Keke infligiu uma derrota justa e humilhante àquele arremedo de campeão em Mônaco pilotando uma Williams c/ motor Ford Cosworth aspirado enquanto o outro corria de Renault turbo. Sem mencionar a vitória magistral em Detroit/EUA/1984 enquanto o “professor” fazia outra das tantas lambanças: bateu sozinho. Keke foi um grande campeão, merecia um final de carreira melhor do que ser rebaixado a capacho daquele ridículo do Prost! Graças à notória covardia desse fulano, Didier Pironi (que entre os franceses estava anos luz a frente como piloto) teve a carreira encerrada prematuramente. Pois o Renault daquele frouxo tava quase parando em pleno treino classificatório de Hockenheim e Pironi vinha com a Ferrari na volta rápida. Resultado: estraçalhou as pernas na batida e só teve o consolo do vice campeonato. Depois aquele farsante Prost até hoje faz declarações dizendo-se traumatizado com esse acidente. Além de covarde, politiqueiro e sem caráter é falso!! Agora voltando ao assunto Felipe Massa: ainda é época de especulações. Quando anunciarem seu destino, seja ir para Lotus, McLaren ou encerrar a carreira, que seja feliz e faça o que é melhor para si e para a família. Pois como me foi esclarecido ele é como qualquer outro piloto: só corre para si e sua conta bancária. Eu devia ter percebido isso desde que li uma entrevista de Pelé à revista Playboy em 1981 onde ele foi bem claro: “Que se dane a torcida…”. Nota: comprei a revista num sebo mais de vinte anos depois da publicação da mesma. Caso Massa continue não faz diferença quantos torcem ou deixam de torcer pra ele, vai ganhar dinheiro do mesmo jeito.

    • Lucas disse:

      Sei que estou perdendo meu tempo respondendo a um membro do Partido Maniqueísta, mas pra quem tem dúvidas, vale a pena se informar melhor sobre o que o próprio Keke Rosberg tem a dizer sobre Alain Prost e sobre sua passagem pela McLaren em 86. Ele fala basicamente o contrário do que está no comentário do Wladimir, que certamente faria o Keke ter um ataque de vergonha alheia. Sugestão de leitura:
      http://www.motorsportmagazine.com/ask_nigel/keke-rosberg-no-regrets-at-mclaren/

      Destaque para a resposta do Keke ao ser perguntado se ele achava que Prost era o melhor piloto contra quem ele já correu. É de deixar os membros do partido de cabelo em pé.

      A única coisa que verdadeiramente incomodou Keke na McLaren foi o fato do carro tender muito ao substerço, característica oposta ao seu estilo e que raramente era compensada no acerto. Mas ele de forma alguma se arrepende de ter ido pra McLaren, e toda vez que ele se refere ao Prost dá pra ver bem que comentários como o do Wladimir não fazem muito sentido fora do mundo novelesco dos “pilotos mocinhos versus pilotos vilões”. Pra quem tiver preguiça de ler o texto inteiro (o que seria uma pena), o finalzinho resume tudo: (…) Keke maintains that he has no regrets about his year with Prost at McLaren: “Apart from anything else, in terms of fun, with a team-mate I really liked, it was probably the best season of my career…”

      Quer mais? Outra declaração de Keke sobre Prost: “He’s the best I’ve ever known, no question about it. As an all-round race driver he’s head and shoulders clear of anyone else (he’s raced against), because he’s brilliant in every department…and he’s bloody quick, I can tell you”. Isto é, considerando o que o próprio Rosberg diz, só dá mesmo pra desejar boa sorte na cruzada a favor da tese do Prost ser um “arremedo de campeão ridículo” 🙂

    • Fernando Marques disse:

      Vladimir,

      não acho que o Keke Rosberg tenha sido escudeiro do Prost … e sim um coelho que sempre imprimia um ritmo alucinante no inicio e que depois terminavelmente não conseguia ter mais mais carro para andar na frente …

      Fernando Marques

  7. Lucas dos Santos disse:

    Vou reproduzir aqui algo que já comentei em um outro site:

    Esta semana, a Globo anunciou no Jornal Nacional(!) quem serão os patrocinadores para 2014, deixando claro que já renovou o contrato de transmissão da F1 para o ano que vem.

    Desde então, a emissora vem veiculando chamadas com um tom e uma abordagem no mínimo “diferente”.

    Em uma das chamadas, várias qualidades da categoria são enaltecidas e conclusão é que a F1 é “o videogame da vida real”. Outra, cujo intuito é apresentar os patrocinadores de 2014 – que são os mesmos de atualmente – começa com uma narração empolgada dizendo “Rompendo a barreira da velocidade, a Fórmula 1 voa na tela da Globo!”. E na chamada do próximo GP, com o mesmo tom de “empolgação” é dito algo como “Dia 6, corra para a tela da sua TV e assista o GP da Coréia do Sul!”. Fazia muito tempo que eu não ouvia isso na Globo a respeito da Fórmula 1, o que me deixou “com a pulga atrás da orelha”.

    Estaria a Globo – que, de acordo com a notícia veiculada no Jornal Nacional, já renovou o contrato com a Formula 1 para 2014 – temerosa com a possibilidade de não haver um brasileiro no grid no ano que vem e tentando atrair a audiência de outra forma? Nesse caso, admito que seria interessante se isso ocorresse. A ausência de um brasileiro no grid iria tirar a emissora da zona de conforto e ela teria de trabalhar para encontrar outras maneiras de manter a categoria atrativa, o que pode ser bom para o futuro.

    • Mário Salustiano disse:

      Lucas

      a Globo terá um desafio enorme pela frente, não vai ser fácil vender agora o conceito apenas de Fórmula 1 ao torcedor mediano ,desde os anos 80 a emissora tratou de criar uma falsa ideia aos torcedores que os pilotos correm pela camisa do país e nem preciso comentar o quanto de torcedores caíram nessa falácia, sem contar que nessa esteira muitos veículos e jornalistas pegaram carona e trataram de trabalhar por essa ótica, poucos e raros são os veículos como o Gepeto que trata do assunto de forma consistente e por essa razão os poucos que aqui frequentam tem uma posição diferente e um diálogo mais rico , o torcedor mediano não entende a dinâmica das corridas, de pilotagem e coisas a mais que o automobilismo pode proporcionar, limita a compreensão para um brasileiro lutando contra o mundo, que o seu domingo não é mais o mesmo, que as corridas são chatas entre outras bobagens que lemos cotidianamente, a Globo sabe disso mas vai tentar salvar o rico dinheiro que arrecada com cotas de patrocínio, quer mais um exemplo, eu esperava mais do trabalho realizado antes das largadas, trabalho técnico de mais esclarecimento, o que vemos? conversas meia toscas com pilotos, ou a alusão as celebridades que circulam pelo grid, mas infelizmente é assim que se consegue audiência
      abraços
      Mário

      • Mauro Santana disse:

        Pois é Mario!

        E pra piorar, a Globo agora esta com essa de afastar o Reginaldo Leme.

        Tá feia a coisa.

        Abraço!

      • Lucas dos Santos disse:

        Exatamente, Mário.

        Eu também esperava mais do “grid walk” da Globo, principalmente após ter acompanhado o trabalho de Martin Brundle na TV britânica Sky Sports. O tempo para os repórteres ficarem no grid já é curto e o pessoal da Globo ainda consegue perder um tempo precioso esperando o Felipe Massa chegar no grid. No final, entrevistam muito menos gente do que poderiam.

        Nesse ponto a Globo deveria aprender com a Sky Sports. Seria muito mais eficiente deixar o Barrichello no grid entrevistando quem ele quisesse e a Mariana ou o Courrege ficam a postos no pit lane, gravando entrevistas com quem passar por lá. Após acabar o tempo de grid, basta soltar as entrevistas previamente gravadas no pit lane pelo repórter de pista. Pronto, dessa forma ele conseguiriam aproveitar bastante o tempo disponível e deixariam a categoria mais interessante. Duvido que o pessoal de casa não iria gostar disso.

  8. Lucas dos Santos disse:

    Esclarecendo essa parte do texto: “embora, por coincidência, estivesse vestindo uma camisa ferrarista em casa, num dia qualquer (…)”.

    O lance da camisa ferrarista, foi explicado pelo próprio piloto em uma entrevista a Marília Gabriela: há obrigações contratuais de se estar usando essa camisa sempre quando aparecer na mídia como “piloto da Ferrari”. Podem reparar que tanto ele como Alonso dificilmente aparecem em entrevistas sem estarem “devidamente uniformizados”.

  9. Allan disse:

    Pelo que sempre leio por aí, reforçado pelos comentários acima, o brasileiro ainda busca um HERÓI para se vangloriar – um Pelé ou um Senna – para chamar um Argentino de corno, trouxa, babaca, burro, porco – e isso vale para o Alemão, Francês… Preocupam-se sempre com o que falam foram da pista, se Massa é ou não do nível do Barrichello, o político em véspera de eleição…

  10. Fernando MArques disse:

    Eu não acho correto analisar a carreira do Massa na Formula 1 através do famoso “se” … a verdade é que ele após o acidente na Hungria, seguido da contratação do Alonso pela Ferrari e finalizando com aquele famoso aviso do radio nunca mais foi o mesmo Felipe Massa dos seus 3,5 primeiros anos na Ferrari … na verdade ele não conseguiu superar estas barreiras …
    Uma outra verdade é que se ele se não conseguir uma equipe para continuar na Formula 1 para 2014, vai se aposentar rico e feliz e de certa forma com uma carreira vencedora. Chegar onde ele chegou, assim como Barrichello é coisa para poucos …

    Fernando Marques

    • Mauro Santana disse:

      Concordo contigo Fernando!

      Mas que tanto o Massa quanto o Barrichello agissem de maneira mais transparente com o público, pois se ambos aceitaram serem 2º piloto na Ferrari, e que isso os levou a ambos ficarem ricos, que assumissem esta situação e ponto.

      E não ficar passando uma imagem aos seus fãs e ao publico em geral da F1 que não estavam gostando desta situação.

      • Fernando Marques disse:

        Mauro,

        foi o que disse antes , um piloto campeão de formula 1 não faz o que eles fizeram …

        Fernando Marques

  11. Mário Salustiano disse:

    amigos

    A pergunta que Mauro faz tem todo o sentido, se Massa tivesse ganho o mundial de 2008 a história seria outra, e até aposto que o Hamilton hoje é quem seria visto como um talento que se perdeu pois especulo que Hamilton teria degringolado caso perdesse aquele mundial.
    Voltando ao caso Massa, ele vai ter seu contexto histórico comprometido por ter tido uma carreira longa atrelada a Ferrari e ter se posicionado desde o inicio com a ideia que sendo fiel haveria uma compensação, acho que essa postura foi sendo construída lá atrás por ele poder acompanhar o que o Barrichelo fazia em termos negativos quando se posicionava como um coitadinho, até porque na intimidade da equipe ele deve ter tido acesso a maiores informações sobre contrato e provavelmente deve ter ouvido algumas pessoas criticando a postura do Rubens, para ele a tomada dessa postura não o ajudou agora que seu ciclo na equipe se encerra e vai macular o currículo, infelizmente a vida nem sempre retribui certas atitudes de lealdade.
    Devemos também levar em conta como já bem abordado aqui, que houve um Massa antes e depois da mola, e nesse ponto a carreira dele se afasta da de Rubens ,se antes havia um outro motivo para ele não encantar como piloto depois da Hungria 2009 ele perdeu ritmo de corrida, aí para mim entra um fato controverso, eu especulo e até pergunto ,será que a Ferrari retribuiu a lealdade de Massa segurando ele esses anos? ou será que teria sido melhor dispensa-lo em 2010 quando levaram Alonso para lá? em termos de carreira não sei sinceramente o que teria sido pior para ele, ser dispensado lá atrás ou agora, ao menos depois do acidente ele ficou mais 4 anos na equipe
    Um fato também para pensarmos, se ele fosse visto no paddock como um potencial tanto como piloto, quanto por poder levar algo de útil em termos de informação, porque nenhuma equipe de ponta se interessou em contrata-lo?
    Não quero com isso desmerecer a carreira dele mas me parece que esse é mais um fato a se levar em conta.

    abraços

    Mário

  12. Ballista disse:

    Massa é um ótimo piloto. Mas foi um antes, e é outro depois da “mola”. Não tem como negar. Basta ver que após o incidente, a maioria de suas corridas começa bem, mas termina MUITO mal, indicando uma fadiga acima do normal. Com a chegada de Alonso em 2010, a situação apenas ficou mais evidente. O que é uma pena, pois Massa sempre foi um piloto muito combativo.

    Pelo menos, frente aos jornalistas, Massa sempre foi um cara comedido. Muito melhor do que a postura do Rubinho durante a carreira.

    Abraço

    • Lucas disse:

      Se existe um Massa “antes e depois da mola”, como se explica a pobreza de resultados delenas primeiras corridas de 2009 e quando corria pela Sauber? Não é o Massa que se divide entre “antes e depois da Mola”, é a Ferrari que fazia carros excepcionais até 2008 e desde 2009 sofre com carros ruins. Ferrari foi vice de construtores em 2006 (por uma diferença de apenas cinco pontos) e campeã em 2007 e 2008. Antes do fatídico GP da Hungria em 2009, amargava um longíquo quarto lugar entre os construtores. A questão não é Massa antes e depois da mola, é a Ferrari antes e depois de 2008. Também não vejo sentido dizer que Massa “perdeu ritmo de corrida” – ele sempre foi um piloto com ritmo de corrida instável mesmo antes da mola e só venceu corridas quando tinha excelentes carros e corria de cara pro vento. Como desde 2009 a Ferrari não faz carros que o permitam correr de cara pro vento, deu no que deu. Se Massa “sempre foi um piloto muito combativo”, como se explica o fato de que nunca tenha vencido uma corrida sem ser largando da primeira fila?

      Sinceramente, essa questão da mola não passa de bode expiatório na minha opinião. Massa é o piloto que sempre foi. Um piloto bom, diga-se de passagem, mas que não é capaz de extrair bons resultados de carros inferiores. Se a Ferrari estivesse no nível de 2006-2008, ele estaria fazendo poles e ganhando corridas. Mas não está, e pro azar dele, o companheiro é justamente um sujeito com experiência em tirar leite de pedra.

      • Marcel disse:

        O massa não é o piloto de antes ou depois da mola, Lucas e Ballista. É um piloto que só se dá bem quando tudo vai perfeito. Ele nunca foi um piloto de andar bem com o carro , não exatamente nas perfeitas condições, como por exemplo faz o Alonso, ou fez o Senna.Além disso, todos os grandes pilotos, costumam estar ligados desde o inicio. Grandes pilotos, tem o costume de se possível arrebentar a concorrência no inicio. Basta ver as largadas do Alonso e suas primeiras voltas , nas corridas em que está posicionado mais atrás do que deveria estar… Ou para Lembrar , o Senna no Gp da Europa de 1993, e Montreal no mesmo ano e Suzuka 1988… Posso citar também Vettel, Schummi Hammilton , Piquet e até Prost quando preciso(Ele era tão bom que muitas vezes não precisava) O Massa, sempre demora a aquecer , para obter um bom ritmo de prova e então seu posicionamento fica ruim em poucas voltas … e ai, só faz boas corridas quando larga na frente… nem poderia ser diferente, com o ritmo que ele não tem … Além disso , ele tem família, uma mulher linda, e tomou a molada na cabeça… ele não vai arriscar meio segundo a mais se puder evitar… Ao contrario do Senna(que só pensava em vencer era um neurótico pela vitória) e do Schummi(que digamos sublimou a morte da mãe??? em GP), o Massa jamais terá esse tipo de comportamento. Grandes pilotos tem como prioridade 1 vencer… a segunda prioridade é: vencer… a terceira é : vencer… Todo o resto é secundário …
        O Senna , foi muito brilhante para todos, exatamente por isso.Mesmo na falha(ser sempre o primeiro) ele era absolutamente inspirador… e claro na capacidade de encontrar, superar e explorar o limite de forma rápida e consistente andando por ele o quanto precisasse , como ninguem chegou sequer perto… mas isso é outra história para outra oportunidade
        Já o Massa, o Rubinho(que era mais consistente que o Massa) e dezenas de outros bons pilotos, jamais terão essa capacidade…a vontade férrea de vencer.

        Vou pegar seu ultimo ,o paragrafo porque ele é perfeito Lucas…Massa é o piloto que sempre foi. Um piloto bom, diga-se de passagem, mas que não é capaz de extrair bons resultados de carros inferiores. Se a Ferrari estivesse no nível de 2006-2008, ele estaria fazendo poles e ganhando corridas. Mas não está, e pro azar dele, o companheiro é justamente um sujeito com experiência em tirar leite de pedra. –

  13. Fernando MArques disse:

    Na minha opinião tanto o Barrichello quanto o Felipe Massa não nasceram para serem campeões mundiais de Formula 1 e sim os melhores escudeiros que a propria Formula 1 já viu e teve na sua historia … Se lembram da época do Rubinho na Ferrari … ele era o melhor piloto 1B … Acho que o Massa foi até melhor que ele na Ferrari neste sentido.
    Por que digo isso? … pensem na personalidade de todos os campeões mundiais que a Formula 1 já teve na sua historia e digam se algum deles se permitiriam a este papel de escudeiro que Barrichello e Massa fizeram na Ferrari? … nem Keke Rosberg e nem Button fizeram isso …
    Quem se permitiu fazer isso nunca foi campeão … ganhou corridas, dinheiro e até pode-se dizer feliz e vencedor com carreira que teve … querem mais um exemplo: Gerard Bergher …
    Assim sendo, seja lá qual for o destino do Massa na Formula 1 daqui para frente poderá até fazer dele ainda ganhador de corridas, de dinheiro e até de felicidade mas ser campeão jamais …

    Fernando Marques
    Niterói RJ

  14. Acho que a discrepância em relação aos pódios é fácil de explicar quando consideramos o contexto. Os anos de Rubens na Ferrari coincidiram com o melhor período na história da escuderia. Com exceção de 2005, os carros eram sempre candidatos a vitórias, que na maioria das vezes ficaram com Schumacher. A Rubens, os pódios eram os resultados normais, e as vitórias dependentes de exceções.
    Já Felipe pegou vacas mais magras, embora tenha gozado, até a citada mola entrar em ação, de mais liberdade para brigar por vitórias e correr livremente. Assim, temos uma compensação no que se refere a vitórias, poles e voltas mais rápidas, mas uma discrepância em relação aos pódios.
    O que não invalida a sugestão de que Rubens fosse, também, um piloto mais constante. Abs!

    • Marcel Pilatti disse:

      concordo, Marcio.

      Assim como a supremacia de Schumacher, se comparada ao Alonso atual, traria distorções, também rubens X felipe soa descontextualizado.

      Mas lembremos que apenas na soma 2011-2012, Alonso fez 23 pódios e Felipe apenas 2…

      abração!

  15. Moy disse:

    Alonso já botou mais de meio segundo nele?
    Pq se isso acontecer, ele deixará a F1. Palavras dele …

  16. Leonardo Lopes disse:

    Muito boa a coluna.

    Essas contradições que os pilotos brasileiros cometem é algo risível. Entrevistas plantadas para mostrar que que não tinham opções quanto as manobras do time. São sempre declarações circunstanciais.

    Já encheram o bolso para cumprir ordens (isso que todo funcionário tem de fazer), e ainda reclamam depois que saem dela. Funcionários ingratos. Se não o quisessem, que abrissem sua própria equipe.

    Massa e Rubens são uma combinação negativa para um piloto. Juntos os dois não batem de frente com Alonso, Hamilton, Raikonnen, Button, Rosberg, Kubica. Fora os que já se aposentaram.

    Abraço.

    Leonardo Lopes
    Itabira-MG

  17. Fabio M. disse:

    Discordo quando você diz que Button bateu incontestavelmente o Barrichello. Em 2006 ele foi melhor, em 2007 o carro era um lixo os pontos que o Button marcou foi ao acaso, foi ele mas poderia ter sido o Rubens e em 2008 o Rubinho terminou quase todas as corridas na frente do Button. Em 2009 o Button foi melhor na 1ª parte (fora os problemas q o Rubens teve nas largadas) mas na 2ªparte o Rubinho destruiu ele, era sempre Rubinho largando em 3ª ou por ali e o Button largando pra lá de 10º, só não tirou a diferença de pontos pq o carro da Brawn já não era tão forte.

  18. Mauro Santana disse:

    Sabemos das limitações do Massa, mas faço aqui uma pergunta:

    SEEEEE Massa tivesse sido campeão em 2008, e SEEEEE o acidente na Hungria em 2009 não tivesse ocorrido, a Ferrari teria mesmo assim contratado Alonso?

    Assim

    Nas temporadas de 2007, 2008 e 2009 até o acidente, Massa era um piloto guerreiro na pista.

    Lembram do “Va Cagare” que ele mandou ao mesmo Alonso no GP da Alemanha de 2007?

    Corrida esta que foi muito boa por sinal.

    Abraço!

    Mauro Santana
    Curitiba-PR

  19. farah disse:

    Rápido é o carro. Se Alonso estivesse na Marussia estaria fazendo alguma graça de andar na frente?

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