Edu,
Antes de mais nada: meus parabéns pelo belíssimo texto em homenagem a Nelson Piquet, intitulado “Eu queria ter sido este cara”. Resumiu com perfeição tudo aquilo que nos faz ter respeito, admiração e, para algumas pessoas, preferência por ele em relação a Emerson e Senna.
Piquet comemorou ontem seus 50 anos. Como em boa parte de sua vida, estava em um autódromo (no caso, Fortaleza), onde viu seu fillho Nelson Angelo Piquet vencer mais uma corrida da Fórmula 3 sul-americana e disparar na liderança do campeonato. Em outra corrida, acontecida hoje, “Piquetzinho” venceu novamente. O mais importante para Piquet, porém, foi ter a companhia de seus sete filhos. Uma comemoração mais do que merecida para um homem que, mesmo nas adversidades, tirava da vida aquilo que ela oferecia de bom. Pelas entrevistas que li, Piquet está mais feliz do que nunca. Que bom que seja assim.
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Sobrou para mim a incumbência de escrever sobre o chatíssimo GP da Hungria. Schumacher atendeu claramente à ordem da Ferrari para não entrar em disputa direta com Barrichello – maior prova disso é que a equipe mostrava ao brasileiro placas informando sua diferença para Ralf, o 3º colocado. Todo mundo já sabia que, com as duas Ferrari fazendo a primeira curva na frente, a perspectiva de disputa pela vitória simplesmente não existiria. A única diferença é que desta vez o alemão estava a postos para atuar como escudeiro do brasileiro, caso fosse necessário.
O brasileiro conquistou uma vitória importante para chegar ao vice-campeonato. A dobradinha de hoje garantiu à Ferrari o título mundial de construtores. O vice de Barrichello daria à Ferrari uma façanha que ela conseguiu pela última vez em 1979: ser campeã de construtores e fazer o campeão e o vice entre os pilotos – naquele ano, eram Jody Scheckter e Gilles Villeneuve.
Para a festa de final de ano da Ferrari ser ainda mais completa, vai faltar apenas bater o recorde de pontos por equipes em uma temporada – 199, estabelecido pela McLaren em 1988. Para isso acontecer, a Ferrari precisará fazer nas quatro corridas restantes um total de 43 pontos – o que pode ser conseguido com duas dobradinhas, uma vitória simples e mais um único pontinho. Difícil, mas não impossível.
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Uma pena que a boa largada e a boa corrida de Felipe Massa não tenham sido recompensadas com um resultado final na zona de pontuação. Pelo que fez na pista, Massa merecia terminar no 5º lugar em que andou a maior parte do tempo. Seu azar foi que a McLaren encontrou uma maneira de fazer seus carros, péssimos nos treinos, renderem melhor na corrida e ganharem sua posição (e também a de Giancarlo Fisichella) nos boxes.
Também merece citação a garra de Kimi Raikkonen, que fez uma ultrapassagem agressiva sobre Montoya. Fora isso, confesso que não tenho mais o que falar a respeito do “emocionante” GP da Hungria.
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Nossos amigos do www.grandepremio.com.br estão trabalhando pesado para colocar no ar mais notícias sobre o GP da Hungria e as demais corridas do final de semana. Vale a pena conferir.
Abraços e boa semana,
LAP