OS VOTOS DO PANDA

Piquet na Renault?
24/10/2003
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29/10/2003

Edu,

Como todos os nossos leitores, também elegi o “melhores e piores” da temporada de 2003. Vamos lá:

Melhor piloto do ano: Michael Schumacher – nem preciso explicar porquê. Menção honrosa para Kimi Räikkönen. Como você mesmo disse outro dia, esse sim quebrou a barreira da vitória.

Decepção do ano: Juan Pablo Montoya. Não que tenha ido mal, mas cometeu erros tolos em momentos decisivos. O primeiro foi logo na Austrália, onde perdeu a corrida ao rodar a oito voltas do final. Terminou em 2º, mas os dois pontos que deixou de marcar fizeram muita falta depois de Indianapolis.

Estreante do ano: Cristiano da Matta. Foi muito bem e mostrou serviço quando teve condições de fazê-lo. Liderar 15 voltas segurando um Kimi Räikkönen com uma McLaren (Silverstone, lembra-se?) não é para qualquer um. Mas verdade seja dita: a concorrência estava muito fraca entre os estreantes.

Revelação do ano: aqui, estou considerando pilotos que já haviam mostrado talento em temporadas anteriores e confirmaram esse talento em 2003. Vai para Fernando Alonso – como no caso de Schumacher, nem precisa explicar a razão. Menção honrosa para Mark Webber. Pode ter feito seus treinos com tanque vazio, mas e daí? O cara mostrou serviço e é isso que importa.

Pior piloto do ano: não voto nessa categoria. Há quem escolha pilotos da Minardi e da Jordan, mas é totalmente injusto diante dos carros que eles têm nas mãos.

Destaque piloto de teste: Marc Gené. Em 1999 e 2000, ninguém dava nada por ele. Em Monza, Gené substituiu Ralf Schumacher em Monza e, convocado na última hora, andou muito bem e terminou em 5º.

Melhor corrida do ano: GP da Inglaterra.

Pior corrida do ano: GP do Brasil. Entrou para a história como uma das corridas mais bizarras de todos os tempos. Começou pela polêmica da hipócrita “lei antitabagista” e terminou com o vencedor, Giancarlo Fisichella, sendo confirmado cinco dias depois e recebendo seu troféu somente na corrida seguinte, em Imola. Dentro da pista, outras bizarrices: largada e oito voltas sob bandeira amarela, muitos acidentes, piloto ficando sem gasolina no meio do caminho…

Mentira do ano: “A falta de gasolina impediu Barrichello de vencer o GP do Brasil”. Sinto muito, mas não é verdade. Coulthard, a quem Barrichello ultrapassara duas voltas antes, parou em seguida e estava em 4º lugar quando a corrida foi interrompida. Se parasse uma volta antes para abastecer, era nessa colocação, ou no máximo em 3º, que Barrichello estaria quando a corrida foi interrompida.

Melhor cabo eleitoral: Jaguar, em Silverstone. Divulgou o filme “Exterminador 3” e acabou fazendo campanha para Arnold Schwarzenegger, antes mesmo de o resto do mundo saber que o ator seria candidato (vitorioso) ao governo da Califórnia.

Derrota mais ridícula do ano: pensando bem, acho que de todos os tempos, e sem chance de ser superada. Vai para o sueco Bjorn Wirdheim na corrida de F 3000 em Mônaco. Fez a pole, liderou a corrida inteira e perdeu porque parou antes da linha de chegada para comemorar com os mecânicos. Tal besteira fez com que fosse superado por Nicolas Kiesa por menos de 1 segundo. O quê? Só vale F 1? Bem, como Wirdheim treinou com um Jordan em Indianapolis, os testes da sexta-feira, acho que o sueco merece esta chance de figurar entre os “piores”…

Pior cobertura jornalística do ano: a da mídia brasileira. Com honrosas exceções, é sensacionalista, histérica e não cumpre a função de informar.

Pior atuação: Aqui, estou falando de pilotos de equipes grandes. Foi a de Michael Schumacher no GP do Japão. Correu para ser campeão, mas não correu como campeão.

Melhor atuação: Schumacher no GP da Áustria. Fez uma pole que parecia perdida e, na corrida, nem um princípio de incêndio o segurou.

Mito que cai: “Ralf Schumacher nunca ameaça o irmão”. Quem viu o GP do Japão pode atestar: ou era mentira, ou Ralf mudou radicalmente de atitude.

Imagem do ano: aquele demente andando no meio dos carros no GP da Inglaterra.

Curiosidade estatística do ano: Rubens Barrichello. Desde 2000, ele venceu 100% dos GPs que tiveram um maluco invadindo a pista.

Melhores frases do ano: “Eu vejo Fangio em um plano muito superior ao meu” (Schumacher, sobre o hexacampeonato); “O cara ia virar carne moída” (Da Matta, comentando o que aconteceria se algum piloto atropelasse o maluco de Silverstone).

Frase mais hipócrita: “Nós continuaremos a ajudar em seu desenvolvimento e crescimento”. David Pitchforth, diretor da equipe Jaguar, sobre Antonio Pizzonia.

Frase mais infeliz do ano (troféu “Em boca fechada não entra mosquito”): “Se eu for superado pelo Button, é melhor ir para casa”. Jacques Villeneuve, antes do começo da temporada. Pelo menos cumpriu a palavra e foi para casa.

Fase mais difícil, categoria “casal”: Antônio Pizzonia e sua namorada, a atleta Maureen Maggi.

Merda do ano: o novo regulamento da F 1, com seu ridículo sistema de definição do grid de largada e seu horrível sistema de pontuação.

Abraços,

LAP

GPTotal
GPTotal
A nossa versão automobílistica do famoso "Carta ao Leitor"

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