Palhaçada para todo lado

Panda

Quer dizer que a partir do ano que vem, Schumacher disputa o GP da Austrália pela Ferrari e, na Malásia, vai de Williams – ou seria de Minardi?

Talvez seja mesmo uma boa ele trocar de carro porque a cada ponto conquistado pela Ferrari, ela teria de carregar um kg a mais lastro. Se vencer com está vencendo neste ano, lá pelo meio da temporada Schumacher teria de correr com o Rubinho e mais o Alex Yoong dentro do seu carro.

Não sei porque a Fia não veio também com a idéia de fazer o pole largar em último ou introduzir o safety car na corrida sempre que o líder abrir mais do que cinco segundos de vantagem sobre o 2o colocado. Poderia também fazer com que o vencedor da corrida precedente largasse dos boxes uma volta depois do resto do pelotão ou que o reabastecimento do líder seja pela equipe rival.

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Se o leitor ainda não entendeu o sentido das mal traçadas acima nem a ilustração da home page, que fique sabendo que Max Mosley, Bernie Ecclestone & Cia estão convocando as equipes para discutir a adoção do rodízio de pilotos – isso mesmo o que você leu -, penalização dos vencedores por meio de lastro e mais:
– treinos valendo tempo às sextas e sábados,
– produção de diferentes tipos de pneus conforme a equipe,
– restrição de testes a doze dias por ano,
– restrições ao desenvolvimentos aerodinâmicos (os carros só poderiam usar dois tipos de carroceria ao longo do ano, que deverão ser homologadas no início do ano)
– motores válidos para todo o final de semana já em 2003. Em 2004, um motor deve durar quatro corridas e, em 2005, oito.
– Caixas de câmbio idem
– As equipes devem usar partes mecânicas e eletrônicas comuns, homologadas pela Fia.

Estas medidas foram “antecipadas” pela Autosport e têm, como justificativa, a salvação do esporte, segundo palavras do Bernie Ecclestone. Não são uma notícia em off. Mosley já falou sobre elas, principalmente a troca de pilotos.

Entendeu agora porque a menção aos palhaços?

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Mas não precisa ficar preocupado. Sempre poderemos torcer pelo Motovelocidade ou pelo Mundial de Rally, que produz corridas muito interessantes na Córsega, Grécia, Córdoba etc.

E sempre podemos torcer para que tudo não passe mesmo de palhaçada pura e simples, só para gerar notícias de jornal que, no dia seguinte, como todos sabem, só vai servir para embrulhar peixe.

Sim porque se levarmos tais medidas a sério, temos mesmo de procurar outro esporte para torcer. E não me venham dizer que seria legal ver o Schumacher num Renault. Não se esqueçam que o esporte sempre tem um Campeão. Gostamos mesmo é de vê-lo lutar para se impor ao velho Campeão, firmar-se no trono e depois resistir até o amargo fim aos jovens pretendentes.

É isso, só isso. Não importa se falamos de automobolismo, boxe, tênis ou mesmo futebol. Queremos ver a ascenção do Campeão e depois a sua derrota. Sem isso, não tem esporte. Tem IRL, IROC ou outra coisa qualquer, mas não esporte.

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Não é a primeira vez que as “autoridades” enveredam por estas palhaçadas mas desta vez foi demais. Vamos aguardar – rezando…

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Estanha, muito estranha, a declaração do Frank Williams dizendo que se sentiria feliz em vender parte da sua equipe para a BMW.

Estranha porque Williams e seu sócio Patrick Head nunca disseram nada parecido antes e também porque a BMW dá mostras de que não está muito interessada no negócio, tendo se aproximado inclusive da Sauber.

O movimento da BMW até dá para entender: quer baixar o preço dos ingleses. Mas o movimento do Frank, confesso que não entendi, ainda mais para um cara discreto como ele. Se alguém entendeu, por favor que se manifeste.

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Autosprint jura que Rubinho errou em Indy ganhando a corrida. Ele não teria entendido as intenções de Schumacher que queria apenas chegar com o brasileiro bem perto de si mas reduziu demais, confundindo-se com a linha de chegada, que não fica nos tais tijolos da pista mas sim logo à frente.

A revista italiana jura que Schumacher deixou claro seu descontentamento para a imprensa alemã. Aqui no Brasil, Livio Orichio, do Estadão, acariciou a hipótese de erro do Rubinho. A verdade, provavelmente, nunca a conheceremos. Mas acho que, no Japão, não vai ter moleza para o nosso garoto.

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Mas esta história de Indianápolis rendeu-me a única oportunidade que tive até hoje de fazer uma pergunta ao Tales Torraga – do www.grandepremio.com.br – e ao Panda que eles não tenham sabido responder.

Perguntei a eles se alguma corrida de Fórmula 1 já havia terminado empatada. Tales disse que não e Panda chutou legal, dizendo que houve uma corrida extra-campeonato na Inglaterra, nem sei quando, que terminou em empate.

A resposta certa: o GP de Siracusa, disputado em 21 de maio de 1967, uma corrida extra oficial em memória do filho da terra Lorenzo Bandini, morto semanas antes, durante o GP de Mônaco. A vitória foi dividida ex aequo entre Lulu Scarfiotti e Mike Parkes, ambos de Ferrari.

É isso aí. Boa madrugada de domingo para todos e aproveitem. Pode ser a última corrida série de Fórmula 1

Eduardo Correa

P.S.: em todo caso, anotem o calendário da Fórmula 1 2003 (transcrevo o próprio press release da Fia):

Championnat du Monde de Formule Un de la FIA 2003
2003 FIA Formula One World Championship

Date Pays Nom de l’épreuve
Date Country Name of the event

*Sous réserve de l’accord unanime des équipes de Formule Un, que cette épreuve puisse être courue sans publicité sur le tabac / Subject to the unanimous agreement from the Formula One teams that this event can be run without tobacco advertising