A Guerra dos Treinos

Panda

Antes de mais nada, quero agradecer em meu nome e no do Panda aos leitores e parceiros do www.grandepremio.com.br. Graças a eles, cada um da sua forma, atingimos um novo recorde de visitas ao site durante o mês de maio.

Os números definitivos ainda demoram dois ou três dias a sair mas estamos fechando o mês com um crescimento no número de visitas da ordem de 70% sobre abril. Aliás, até agora, todos os meses de 2002 registraram novos recordes de visitas. Com o especial sobre Le Mans que entra no ar na próxima semana mais as surpresas que estamos preparando para o final do mês junto com a turma do www.grandepremio.com.br certamente vamos bater, with a little help from our friends, novos recordes. Obrigado a todos!

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Uma falha da nosso tabelão Campeonato 2002: ele não fornece o resultado das batalhas dos treinos, quando companheiros de equipe disputam a primazia de ver quem é mais rápido nos treinos de classificação. Vamos suprir esta falha, contabilizando os resultados depois de sete GPs:

Surpresas? A maior delas, na minha opinião é o fato de Rubinho ter batido Schumacher duas vezes ainda que uma delas – na Austrália – mais por uma questão de sorte.

Lutas apertadíssimas na Williams, McLaren, Renault e Bar. Raikonenn, Panis, Massa (em escala diferente) e principalmente De la Rosa têm se saído muito bem no confronto com companheiros de equipes mais experientes/rápidos/
protegidos pela equipe.

Chato, muito chato, que Bernoldi não tenha batido nenhuma vez Frentzen nos treinos. Reage, homem!

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Enquanto isso, no confronto dos resultados de corrida, as coisas estão assim:

Surpresas positivas: além do destaque de Schumacher em relação ao resto do grid, vale mencionar o inacreditável equilíbrio na disputa entre os pilotos da Williams – quando todo mundo inclusive eu esperava por um massacre de Montoya – os bons campeonatos de Button, Massa, Frentzen e, vá lá, Salo (como se a Toyota fosse uma equipe pobrezinha…).

Destaques negativos: Rubinho, que não conseguiu transformar em pontos uma avassaladora superioridade de equipamento, Raikonenn, Sato, Bernoldi e a Jaguar e a Bar como um todo. Destacaria negativamente também Jarno Trulli que, com um carro visivelmente bom nas mãos está penando para empatar com Jenson Button

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E mais um curiosidade: o que seria do campeonato se Ferrari e Williams não existissem?

Promovendo os pilotos que terminaram as provas de forma a ocupar os lugares de Schumacher, Rubinho, Ralf e Montoya teríamos um Campeonato liderado por David Coulthard com 42 pontos seguido por Jenson Button, com 30, Heidfeld e Fisichella, ambos com 14, e Felipe Massa, com 11, se é que não me atrapalhei na matemática.

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Paul Stoddart, dono da Minardi, está abrindo o bico. Ele disse a revista Autosport que não tem dinheiro para cobrir as despesas da equipe na segunda metade do campeonato.

Ainda que tenha sido um dos apoiadores de medidas que reduzam custos na Fórmula 1, Stoddart nunca tinha falado tão claro. Talvez por isso venham circulando com insistência notícias que as equipes poderiam inscrever até quatro carros por corrida. Seria uma saída de emergência para tampar buracos no grid caso equipes como Minardi, Arrows e Jordan ficassem pelo caminho.

Não acredito que as coisas estejam tão feias assim mas, se Ferrarie Williams puderem inscrever quatro carros por corrida, há grandes possibilidades de Luciano Burti e Antonio Pizzonia entrarem ainda este ano na Fórmula 1.

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Por força de uma greve dos jornalistas esportivos da Rai, a emissora de TV italiana que transmite as corridas de Fórmula 1 atendeu aos sonhos de muito telespectadores, inclusive os brasileiros: mostrou o GP de Mônaco inteiro sem comentários ou narração, apenas o som dos carros que corriam pelas ruas de Monte Carlo.

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Giorgio Terruzzi, finíssimo jornalista italiano que escreve no Corrieri della Sera, construiu uma divertidíssima ficção na última segunda-feira.

Terruzzi teria “interceptado” uma ligação telefônica entre Jean Todt e Luca di Montezemolo, diretor e presidente da Ferrari, respectivamente, onde Todt conta que Schumacher reclamou o GP de Mônaco inteiro pelo rádio, exigindo que Todt segurasse Coulthard deixando o alemão ganhar, a exemplo do que aconteceu na Áustria. “Pare este idiota”, gritava Schumacher.

Pressionado e temeroso de desagradar seu piloto, Todt tentou convencer Ron Dennis, chefão da McLaren, a parar Coulthard mas saiu corridos dos boxes da McLaren. De volta, argumentou com Schumacher que já havia convencido Montoya a abandonar mas não adiantou; Schumacher exigia que Coulthard, dois retardatários e um fiscal da La Rascasse saíssem da sua frente imediatamente.

Temendo que seu piloto saísse de controle, Todt pediu a Corinna, mulher de Schumacher, que conversasse com o marido e tentasse acalmá-lo. Nada feito. Todt lembra a Montezemolo que Schumacher está obcecado por ser primeiro em tudo, inclusive no restaurante e na fila do banheiro, tendo agredido um mecânico da Jordan que tentou passar à frente do alemão alegando problemas estomacais.

Médicos chamados às pressas para diagnosticar a neurose de Schumacher em ser primeiro disseram que o único jeito de apaziguar o espírito do alemão é deixá-lo correr sozinho na pista mas com autódromo lotado, TV, pódium etc.

Montezemolo disse a Todt que vai falar com Bernie Ecclestone e ver se consegue atender o desejo do alemão…

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Bom fim de semana para você e a todos os leitores

Eduardo Correa