CERTO POR LINHAS TORTAS

Edu,

Alguns pilotos mostram que nem sempre o caminho mais curto entre dois pontos é uma reta…

Veja os casos de Eddie Irvine, Mika Salo e Heinz-Harald Frentzen. Todos eles tiveram uma coisa em comum: no finalzinho dos anos 80, todos eles foram pilotos promissores nas categorias de base da Europa, mas “perderam o bonde” e tiveram que emigrar para o Japão para sobreviverem como pilotos profissionais. Aí, num intervalo de um ano (entre o final dos anos de 1993 e 1994), Irvine, Frentzen e Salo foram “redescobertos” e fincaram pé na Fórmula 1, onde estão até hoje.

Troque “Japão” por “Estados Unidos” e mude os nomes dos pilotos para Hélio Castro Neves e Cristiano da Matta. Com deles, pode ocorrer uma história parecida. Recentemente, Cristiano foi convidado pela Toyota para testar o TF 102 em Paul Ricard. Impressionou bem e é um dos pilotos cotados para defender o time japonês na F 1 em 2003. Castro Neves volta e meia tem possibilidades semelhantes e já se fala na possibilidade de também ele fazer testes com um F 1 da Toyota.

Caso as portas da F 1 realmente se abram, eles terão um docedilema: continuar suas carreiras vencedoras nos Estados Unidos (Castro Neves na IRL e Da Matta na CART) ou encarar o desafio da F 1. Talento eles têm de sobra. Resta saber se o momento e a equipe serão os mais adequados.

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Por falar em momento adequado: lembra-se que durante uns seis meses a imprensa dava como certa a ida de Felipe Massa para a Ferrari no lugar de Rubens Barrichello já em 2003? Obviamente, a renovação do contrato de Barrichello com a Ferrari teve para esse boato o mesmo efeito de um alfinete espetado em uma bolha de sabão.

Felizmente, Massa nunca alimentou tais boatos. Pelo contrário: dizia que não havia qualquer conversa com a Ferrari. Muitos achavam que era uma tentativa de despiste. Hoje, vê-se que não era. Suas perspectivas imediatas ficaram meio obscuras e o mais provável é que ele continue na Sauber durante um ou dois anos. Massa agiu muito bem ao ficar “na dele” e não cair na armadilha criada involuntariamente pela Auto Sprint ao colocar sua foto em uma capa com a manchete “Será ele o novo Senna?”. Terá mais tranqüilidade e menos pressão (leia-se encheção de saco) para encaminhar sua carreira. Tomara que seu exemplo seja seguido.

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Eu nunca comentei aqui no GPtotal, mas existe no Brasil uma categoria chamada Pick-Up Racing. Ela nasceu no ano passado (foi inspirada na Nascar Truck), é disputada em nível de campeonato brasileiro e seus pilotos guiam picapes de médio porte, como a Ford Ranger, a Chevrolet S10 e a Dodge Dakota.

Pois essa nova categoria terá uma novidade bastante interessante a partir de julho: os motores das picapes serão movidos unicamente a gás natural (GNV, gás natural veicular). O incentivo para a mudança de combustível partiu da Petrobras, patrocinadora principal do campeonato. Isso certamente será acompanhado pelas fábricas e pela própria Petrobras para reverter em melhorias nos veículos de rua movidos a gás. Boa iniciativa.

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Alguém aí se lembra da Cicciolina? Não? Então, vamos refrescar amemória: trata-se de uma atriz pornô nascida na Hungria que fez fama na Itália. Seu nome verdadeiro é Illona Staller. No final dos anos 80, ela ficou famosa no mundo todo ao fundar seu próprio partido (“Partido do Amor” ou coisa parecida…) e se eleger deputada na Itália mostrando os seios durante a campanha política. Sim, o primeiro mundo também elege figuras bizarras de vez em quando…

Eu nunca mais havia ouvido falar dela. Hoje, recebi do Ricardo Divila um boletim com a notícia de que ela se candidatou a prefeita da cidade de Monza… e recebeu uma porcentagem ridícula de votos. Uma de suas bandeiras era transformar o Parque de Monza (onde fica o autódromo) em um enorme “parque temático”, alegando que a cidade precisava ganhar mais dinheiro com a fama que o autódromo deu ao nome “Monza”. Sem comentários…

Abraços,

Panda