Edu,
Nenhuma surpresa em Le Mans: deu Audi, como já havia acontecido nos dois anos anteriores. Apesar dos esforços da VW (que joga suas fichas na marca Bentley), da General Motors (Cadillac), da MG e de alguns outros abnegados, a Audi tem neste momento uma vantagem difícil de ser anulada. A fábrica participa da corrida há três anos com seus R8 e suas concorrentes mais sérias só passaram a fazê-lo no ano passado.
Este ano, a Audi conseguiu um resultado que não é inédito, mas é
pouco freqüente: colocar três carros da marca nos três primeiros lugares. E, cúmulo do requinte, os três chegando nessa ordem de numeração: 1, 2 e 3.
Há exatos 20 anos, a Porsche fez o mesmo com os 956 de sua equipe oficial. Este ano, porém, houve um fato inédito: um mesmo trio de pilotos alcançar a terceira vitória (e consecutiva) na corrida. Frank Biela (alemão), Emanuele
Pirro (italiano) e Tom Kristensen (dinamarquês) venceram as três últimas edições da corrida  para Kristensen, esta é a quarta vitória, já que em 1997 ele ganhou dividindo um Porsche com Michele Alboreto e Stefan Johansson. De todos eles, imagino que Pirro seja o mais conhecido para os brasileiros, já que correu na F 1 entre 1989 e 1991.
O trio colocado em 2º lugar tinha outro conhecido: Johnny Herbert,
que assim deve ter apagado as más lembranças da 500 Milhas de Indianapolis (não se classificou para a largada). Herbert correu com os italianos Rinaldo Capello e Christian Pescatori. O terceiro Audi foi pilotado pelos alemães Michael Krumm e Marco Werner e pelo austríaco Philipp Peter. O melhor carro de outra marca foi um Bentley 3995T, do belga Eric van de Poele, do inglês Andy Wallace e do estadunidense Butch Leitzinger.
+++
Estão surgindo os boatos mais disparatados sobre o que a FIA vai
fazer quanto à corrida da Áustria. A minha opinião sobre o assunto já foi explicitada nas cartas de 12 e 14 de maio (aos que não a conhecem, convido a uma visita clicando no “Cartas Anteriores”, à direita da tela) e prefiro esperar o resultado do julgamento para falar a respeito.
Só me posiciono quanto a uma coisa: sou contra qualquer medida que altere o resultado da prova, como a anulação da última volta. Seria uma atitude ridícula e criaria um precedente perigosíssimo para a manipulação de resultados no tapetão. Além do mais, qualquer equipe tem direito de escolher com qual carro vai ganhar uma corrida. Foi isso o que a Ferrari fez na Áustria. A maior parte do público e da mídia reprovou a atitude, mas essa já é outra história.
Abraços e boa semana,
Panda