DUAS HOMENAGENS

Edu,

Esta é uma semana atípica.

Amanhã completam-se 30 anos do primeiro título de um brasileiro na F 1. Sobre isto, já temos um especial no ar, lembrando toda a campanha de Emerson Fittipaldi naquele histórico ano de 1972.

O que pouca gente sabe é que em 1972 Emerson não ganhou “apenas” cinco GPs e o título mundial. Ele também participou das provas de F 1 extracampeonato realizadas naquele ano (foram sete ou oito) e de várias corridas de Fórmula 2. Venceu quatro corridas extracampeonato (Race of Champions e Rothmans 50.000, disputadas em Brands Hatch; International Trophy, em Silverstone; e o Gran Premio della Reppublica Italiana, em Vallelunga) e três corridas de Fórmula 2 – Hockenheim (Alemanha) e Rouen (França), ambas válidas pelo Campeonato Europeu, mais uma das três corridas disputadas em Interlagos que compuseram o Torneio Brasileiro de Fórmula 2. Este torneio, disputado no final do ano, também foi vencido por Emerson.

Em um mesmo ano, dois títulos e 12 vitórias derrotando os grandes nomes do automobilismo mundial. Não foi à toa que Emerson tornou-se sinônimo de velocidade. E ainda tem gente com coragem de dizer que ele “esperava a quebra dos outros” para vencer.

Parabéns, Emerson. Beba champanhe, fume seus charutos, comemore à vontade. Você merece e vai ser sempre um campeão.

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Descobri há poucas semanas algo que me deixou desconcertado: eu conhecia pessoalmente um dos brasileiros vitimados pelos atentados ao World Trade Center, no dia 11 de setembro de 2001. Ivan Fairbanks disputou em 1990 algumas corridas de Fórmula 1600, uma categoria paulista de carros de Fórmula Ford mantida pela Alpie Racing School.

Nessa época, eu acompanhava bastante as categorias regionais paulistas e tive algum contato com ele – conversas rápidas, nada particularmente marcante mas suficiente para eu lembrar de seu nome e seu rosto. Ivan era simpático e afável, estava sempre com um sorriso nos lábios e fez amizades em sua curta passagem pelo automobilismo. Não chegou a vencer nenhuma corrida, mas andava bem e conseguia boas colocações.

Uma semana, duas homenagens – uma motivada pela glória, outra pela tragédia. Que mundo louco este em que vivemos.

Abraços,

LAP