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Adeus! (ou até breve)
20/11/2002
O bicho vai pegar para você em 2003
27/11/2002

Edu

eu também acho que com um pouco de boa vontade e alguns “acertos” entre aquele “pessoalzinho” que comanda a atual F1 e os políticos belgas, ainda vamos ter a alegria de assistir a alguns GPs em Spa Francorchamps.

Adorei rever as fotos do velho traçado, e alguns carros da década de 60. Somos obrigados a voltar ao assunto dos estragos feitos com a mutilação dos circuitos e o abominável controle de tração que tanto “adoramos”.

Como você sugeriu, dediquei bons minutos “curtindo” os detalhes daquela foto com o acidente de 66 sob chuva (uma característica de Spa). Você sabe me dizer quem foi o “artista” daquela rodada? Revirei meus “arquivos secretos” mas não encontrei muita coisa. Em todo o caso, aqui vai uma pequena ficha técnica.

GP realizado em 12/06/66 teve o grid:

1ª fila: Surtees, Rindt, e Stewart (na época largavam 3, 2, 3);
2ª fila: Brabhan e Bandini;
3ª fila: Bonnier, Spence, e Ghinter;
4ª fila: Hill e Clark;
5ª fila :Bondurant, Ligier e Hulme;
6ª fila: Siffert e Gurney;

Resultado da prova:

1º Surtees – FERRARI 312 – 28 voltas com média de 183,36 Km/h;
2º Rindt – Cooper 91;
3º Bandini – FERRARI 312;
4º Brabhan – Brabhan BT 19;
5º Ghinter – Cooper T91;
6º Ligier – Cooper T91;

Houveram muitas quebras e alguns acidentes como aquele da foto. Aí me lembrei de uma das primeiras cartas que li no GPTotal, quando o Panda sugeria que se deve evitar o termo “fase romântica”.

Mas cá pra nós, você já viu coisa mais romântica do G. Hill despontar numa reta do velho Spa, e ter pela frente aquela velhinha atravessando pra jogar o lixo?

Abraços

Romeu, São Paulo


Olá Edú

Parabéns pela pilotagem individual nessa corrida de endurance, enquanto o co-piloto LAP descansa do outro lado do mundo.

Ótima sua carta de despedida para Spa. Na verdade, é uma carta de despedida para alguém que já não era a mesma pessoa, como vc bem frisou. A exemplo da F1, mudou. E para pior.

Concordo que a falta de segurança era um problema. Discordo que a solução ecclestoniana foi a melhor.

Essa carta detonou um processo de nostalgia em mim. Fiquei com saudade dos tempos do Emerson em início de carreira, em que tudo era novo e emocionante. Nós começávamos a ganhar intimidade com todas aquelas lendas do automobilismo, fossem elas autódromos, donos de equipe, projetistas, pilotos ou carros. Aos poucos, fomos vendo que nosso país era capaz de produzir homens que não só estavam no mesmo nível dos mais famosos pilotos, como eram capazes de ganhar deles. E disparado.

Hoje temos a impressão que não há mais o menor espaço para a valentia e o heroísmo, talvez deva agregar romantismo. Tudo se resume ao poder de quem tem mais dinheiro, e tem que ser um volume de dinheiro tão descomunal que não temos acesso.

Sabemos que a Ferrari vai ganhar e que a Minardi não terá a mínima chance. Nunca.

Equipe brasileira? Nunca mesmo. Se antes ainda se podia comprar Cosworth competitivos hoje isto se tornou impossível, logo nem adiantaria desenvolver um chassis espetacular. Curioso. Sempre se pensou que a tecnologia (leia-se muito dinheiro envolvido desde a pesquisa científica) serviria para melhorar a vida das pessoas.

Talvez ela esteja é deixando nossa vida mais chata.

Acho que vou pegar todas as minhas fitas VHS contendo praticamente todas as corridas do Piquet e do Ayrton, transformar em DVD e passar a assisti-las no lugar das transmissões ao vivo da F1 quando esta se tornar definitivamente insuportável.

Abraço

Carlos, São Paulo

;;;;;;;

Edu

Achei interessante a pergunta sobre as poucas melhores voltas do Senna.Você deu boas explicações com as quais concordo e aproveito para dizer que as poles sim, estas dizem quem é quem.

Sabemos que nos treinos de classificação os carros estão acertados em condições máximas, com pouco combustível e às vezes até com motores especiais, enfim na configuração de treino você tem um carro de corrida acertado para render o máximo e aí vale mesmo obraço e o peito do cidadão.

Pela época que correu e contra quem correu, as 65 poles do Ayrton são um marco inesquecível do automobilismo. Mesmo que esse Schumacher chegue perto das 65, nunca terão o valor das do Ayrton que por isso, para mim, foi o maior de todos os pilotos da história.

Um abraço do Alexandre, São Paulo

GPTotal
GPTotal
A nossa versão automobílistica do famoso "Carta ao Leitor"

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