O GP da Europa teve um dos roteiros mais perfeitos para consgrar aquela que foi a maior das 29 vitórias de Fernando Alonso na Fórmula 1.
Há um tipo de vitória no esporte a motor muito especial, rara e bonita. Trata-se daquela em que o público das arquibancadas explode em festa com o resultado e torna-se parte integrante da conquista. É a “vitória popular”, o que na língua inglesa se chama popular win – um rótulo pouco usado em textos de língua portuguesa dentro do automobilismo. Para quem assistiu o GP da Europa, foi uma feliz testemunha desses triunfos que podemos, com conforto, classificar como popular. Passa a ser mais do que uma simples vitória: é uma apoteose do esporte. Público e vencedor, todos celebrando juntos em uma vibração tão intensa que se torna difícil descrevê-la.
Tão importante quanto o desempenho maiúsculo de Fernando Alonso foi a reação dos espectadores das arquibancadas de Valencia diante de sua vitória. Alguns vão dizer que pode ser uma reação exagerada de nacionalismo diante da crise econômica que assola a Espanha. Eu rechaço essa hipótese. Diante de uma vitória dessas, qualquer povo, em qualquer situação financeira, teria reação parecida. De esquimós a aborígenes, todos enlouqueceriam.
Alonso partiu em 11º (perdeu a vaga na Q3 por 4 milésimos), e por fora livrou-se de Button, Di Resta e Rosberg ainda na largada, que realizou de modo ousado e preciso. Habitou a 8ª posição nas 10 voltas iniciais, em que ninguém realizou ultrapassagens, pois os níveis de aderência eram, naquele momento, iguais para todos. Mas os 45ºC do asfalto e as variáveis táticas tratariam de fazer com que uma corrida previsivelmente chata ficasse movimentada – especialmente quando certo espanhol passou a superar todo mundo que tivesse na sua frente.
Fernando começou a puxar o ritmo no fim do 1º stint. Passou, na pista, Hülkenberg e Maldonado, e quando parou para colocar borracha nova, na volta 15, já estava na frente de Kobayashi e Räikkönen. Na volta à pista, encontrou pilotos que ainda não haviam parado e superou Webber, Senna e Schumacher de modo desconcertante. Di Resta, em tática de uma parada a menos, foi a próxima vítima, no giro 22.
A esta altura, o asturiano já era 4º colocado, atrás de Hamilton, Grosjean e o líder Vettel. O alemão havia feito um começo diabolicamente rápido para manter o controle da corrida, seguindo à risca a cartilha dos pilotos descendentes. É a tarimbada escola Fangio-Clark-Senna de como ganhar uma corrida partindo da pole. Por falar em pole, foi a 33ª de Sebastian, igualando aos monstros Jim Clark e Alain Prost – uma marca e tanto, que o coloca como 3º maior poleman da História, com apenas 24 anos de idade.
Cinco voltas depois veio o Safety Car, e Vettel perdia seus incríveis 19s de vantagem na liderança. Todos aproveitaram para uma segunda sessão de pits, e Alonso ganhava a posição de Hamilton, novamente vítima de um trabalho lento da McLaren – que custou ao inglês cerca de 10s e três posições.
Na relargada, na 33, vi o ataque de Alonso em Grosjean como se fosse um remake do filme Tubarão, para no momento seguinte mal acreditar que o asturiano já era líder e nada se colocaria em seu caminho, pois Vettel raivosamente jogava longe suas luvas ao ter quebrado o alternador de sua evoluída Red Bull.
Diante de uma festa tão bonita, que nos remete às grandes vitórias da Ferrari em Monza como em 1988, ao milagre de Senna em Interlagos em 1991 e 1993, e conquistas como a de Mansell em Silverstone 1987, percebemos o quanto o público traz vibração às vitórias. Este é mais um motivo para a Fórmula 1 dar uma banana a estes países de petrodólares sem tradição no esporte. Eles podem até comprar Ecclestone, um ser venal desde que lhe ensinaram na tenra infância o significado das palavras money e power. Mas não conseguem comprar fãs de verdade.
Romain Grosjean, pelo que estava mostrando na pista, era uma ameaça real à vitória de Alonso, não fosse a mesma falha de alternador de Vettel a lhe provocar o abandono. Dono de uma boa largada, Romain pulou em 3º e pressionou Hamilton por 10 voltas até conseguir passar, em linda manobra por fora. Teria certamente pneus melhores nas voltas finais, ainda mais diante da confissão de Alonso de que já não tinha mais borracha. Mesmo que não conseguisse dar-lhe o troco pelo passão tomado na relargada, Grosjean ao menos tinha um 2º lugar garantido, seu virtual 3º pódio no ano.
O francês vem de um título de GP2 no qual sobrou diante dos jovens leões pretendentes à F1, e tem andado tão ou mais rápido que Räikkönen. E é notório que neste retorno o finlandês gelado já mostrou, com relativa facilidade, ainda ter aquela velocidade instintiva correndo nas veias. Ambos os pilotos da Lotus estão, sim, perto de vencer este ano também.
Diante de tantos predicados, fica cada vez mais ridícula e infantil a perseguição de Galvão Bueno a Grosjean. O veterano narrador passa a corrida inteira malhando o piloto, enquanto seus colegas de transmissão se constrangem com tamanha falta de profissionalismo, tentando contornar a situação com elogios sinceros à pilotagem do francês.
Mas estamos acostumados a isso. O modus operandi de Galvão é facilmente identificável nas transmissões esportivas: ele sempre elege um personagem ou time “mocinho” e um outro “bandido” – como se o mundo fosse uma dicotomia idiota e imutável, um roteiro de teatrinho de fantoche. E então passa o tempo todo a elogiar o mocinho, algo que sempre parte para o puxa-saquismo descarado (como fez com as idas e vindas de Luca di Montezemolo a Valencia), e a colocar defeitos no bandido Grosjean – mesmo que os defeitos não existam.
Por que Grosjean é o bandido da vez? Na cabeça um tanto psicótica de Galvão, que tantas vezes entra em confronto com a realidade dos fatos, isso acontece porque Romain substituiu Nelsinho Piquet na Renault em 2009 e porque “roubou” de Bruno Senna a vaga na Lotus este ano. Isso, para o narrador, é motivo para realizar campanhas massivas de difamação ao francês.
Já vimos Alonso ser o bandido de Galvão diversas vezes, especialmente à época do infame Spingate e no episódio Fernando is faster than you. Mas como o asturiano é gênio, está cada vez mais difícil para Galvão pintá-lo desta maneira malvada. Fica mais fácil eleger um competidor relativamente desconhecido, francês como Alain Prost, e que está “atrapalhando a presença brasileira na Fórmula 1”. Em suma: um pachequismo burro e sem sentido dos quais somos obrigados a aguentar a cada transmissão.
O resultado da corrida foi decidido quando Hamilton e Maldonado colidiram na penúltima volta ao lutar pelo segundo lugar, promovendo os ex-aposentados Räikkönen e Schumacher a um pódio exclusivo de campeões mundiais. Enquanto Lewis fincou seu carro na barreira de pneus, Pastor ainda se arrastou para chegar em 10º lugar, a fim de salvar ao menos um pontinho. Mas os comissários lhe cassaram, ao aplicar ao venezuelano 20s a mais em seu tempo final de prova.
Havia mais decisões de comissários. Bruno Senna também já havia ganhado sua pena em forma de drive-thru, por ter fechado e batido em Kamui Kobayashi na volta 19, enquanto o japonês também teria mesma pena ao chocar-se com Felipe Massa. Jean-Éric Vergne, ao colidir com Heikki Kovalainen, foi punido com pesadas 10 posições no grid. Daniel Ricciardo e Vitaly Petrov também se estranharam (prova de que a Catherham finalmente chegou ao nível de desempenho da Toro Rosso), mas ficaram livres, o mesmo para Michael Schumacher, acusado de usar a asa móvel em trecho de bandeira amarela.
Estes julgamentos da FIA sobre os incidentes de pista são irritantes. Assim como Galvão, a “patrulha” de comissários fica todo o tempo a tentar achar um bandido quando há um choque. Deturpam totalmente o conceito de culpa e pouco consideram o conceito de “incidente de corrida”. Todos são competidores, dispostos a arriscar a avançar diante do concorrente e os acidentes são inerentes ao esporte, diferente dos julgamentos de quem está “certo” ou “errado” – outra dicotomia idiota.
Não sou a favor do conceito americano de deixar rolar a pancadaria, como é na Nascar, em que, quando um piloto é empurrado, volta à pista para dar o troco em quem o empurrou, colocando em prática a Lei de Talião em bólidos metálicos arcaicos com uma tonelada e meia de peso. A questão é a de punir apenas aqueles que, de fato, provoquem choques propositalmente e levem vantagem com isso, safando-se ilesos. Quando Bruno fechou Kamui, em um incidente de corrida, ambos já haviam sido prejudicados ao terem avarias nos carros, mesma condição de Pastor e Lewis, dois cães de briga que lutavam nas voltas finais em um trecho onde cabia apenas um carro.
É isso o que a FIA classifica como “presença” no esporte? Se sim, é uma piada de mau gosto. Que “justiça” é essa em que muitos são punidos duas vezes pelo mesmo “crime” ou então levam a punição para a corrida seguinte?
Dedico a parte final da coluna ao grande feito de Nelson Ângelo Piquet, que marcou a pole e ganhou a etapa de Road America da Nascar Nationwide Series, segunda mais importante divisão da popular stock norte-americana – que por lá tem audiência televisiva superior à da Indy. Na pista de Elkart Lake, o circuito misto mais legal dos Estados Unidos, Nelsinho venceu e convenceu, dando mostra de profissionalismo e competência em sua nova carreira.
Os fãs do esporte a motor não puderam assistir ao vivo, na íntegra, ao momento histórico. Mais uma mancada hercúlea oferecida pelo canal Fox Sports – sim, aquele mesmo que matou o Speed Channel e não exibiu Le Mans, como me queixei nas colunas anteriores.
Primeiramente, o canal havia decido passar um VT gelado às 22h, de uma prova que teve largada às 16h30. Depois, soltaram uma nota afirmando que passariam toda a corrida, para em seguida fazer um imbróglio: transmitiram a largada, exibiram o segundo tempo de uma partida de futebol inútil da Libertadores Sub-20 (que concorria em horário com um tremendo jogo da Eurocopa), para voltar à Elkart Lake nas voltas finais. E mantiveram o VT na íntegra para as 22h, prejudicando quem quisesse acompanhar a etapa de Iowa da Indy, ao vivo, no mesmo horário. Tudo isso foi descrito em nosso Facebook.
Me diverti muito vendo no site da Fox Sports a indignação dos internautas. Absolutamente todos os comentários da notícia da corrida eram de críticas à postura do canal e ao descaso com os fãs do esporte a motor, com direito a várias pessoas exigindo de volta o Speed. Não apareceu uma alma sequer para defender o futebol… mesmo no “país do futebol”.
Está ficando bastante claro que a Fox Sports ainda está perdida, sem ter uma coerência e identidade. Mas os internautas estão dispostos a mostrar o que querem assistir. Nelsinho e Miguel Paludo, que também participou da prova e mostrou competitividade, são precursores de mais uma modalidade da qual o público brasileiro começa a se identificar.
Bato na tecla da diversidade: quanto mais opções, melhor. Pois o esporte não se vive só de futebol e o automobilismo não se resume à F1. A Espanha, atual campeã da Eurocopa e da Copa do Mundo, tem muito mais do que uma esquadra fantástica nos gramados: tem Jorge Lorenzo, Rafael Nadal, Alberto Contador, Pau Gasol, entre tantos outros ídolos para quem torcer e vibrar. E tem esse incrível Fernando Alonso, piloto que aparece como o que mais merece levar o título da F1 este ano.
Aquele abraço!
20 Comments
Mesmo podium de 2005 na França, e memo motores e posições diferentes.
1º Fernando Alonso Renault
2° Kimi Räikkönen McLaren-Mercedes
3º Michael Schumacher Ferrari
Caros amigos,
Em um “apanhadão”, agradeço muito aos às considerações e à dedicação de todos por mandarem seus comentários.
Moy:
Ao citar Luciano do Valle, retomo minha opinião: ele já fez muito na carreira, deveria dar espaço para os narradores mais novos. É o modo mais polido que eu encontro de dizer que ele não deveria mais narrar, sobretudo a Indy. Quanto ao Galvão, creio que ele seja cada vez mais incompatível com a F1 para os dois públicos fundamentais: os que acompanham a F1 e já não o aguentam mais, e os mais novos dificilmente simpatizam com ele. Suponho que o índice de rejeição dele seja muito grande, e, o que é pior, em viés de alta.
Mauro Santana:
Já falei sobre isso: a F1 praticamente perdeu o “fator quebra”. Ao congelar motores e fazer com que estes, mais o câmbio, durem por várias corridas, a FIA deixou os carros blindados, inquebráveis. Sendo a essência do automobilismo a busca pelos limites, percebemos que os carros não estão mais no limite – o que é um tremendo golpe contra o esporte. Eu adorava quando um monte de carros quebrava e as equipes nanicas, mesmo duas ou até três voltas atrás, conseguiam salvar alguns pontinhos…
Quanto à notícia no site do Flávio Gomes, aquilo simplesmente não é notícia. É necessário separar o que é jornalismo informativo sério (aquele que trabalha com fontes verossímeis, fatos e evidências comprováveis), do que não passa de mera especulação ou chute. Fico fulo da vida quando algum jornaleco de alguma parte do mundo solta uma “bomba”, vende feito água no deserto, e todos os outros veículos repercutem aquilo que não passa de um tremendo chute – já que não tem fundamento nenhum (nenhuma fonte é procurada: um palpite ganha o tratamento de “notícia”, o que é ridículo). E quando todo mundo percebe que é furada, não há uma retratação de quem lançou, nem de quem retransmitiu a batatada. Mas o pior de tudo é quando os picaretas chutam uma notícia e acertam: ficam se vangloriando com frases do tipo “como adiantado por nosso jornal etc.”.
Philipe Pacheco:
O time composto pelo Odnei Edson, Ico, Fábio Seixas e Alessandra Alves é realmente muito afinado. São profissionais dedicados, que amam o que fazem, se atualizam como o esporte a motor demanda e tratam com seriedade e compromisso a questão dos pilotos brasileiros. Assistir a corrida com a TV no mudo, Live Timing e transmissão da rádio Bandeirantes por streaming é a melhor pedida atualmente.
Fernando Marques e Rogerio Kezerle:
Não gosto de ficar tacando pedra no Galvão. A partir do fim de 2008, quando a convite do Edu passei a fazer colunas para o GPTotal, sempre tentei focar o esporte e desviar de assuntos que envolvessem críticas aos jornalistas ou ao exercício jornalístico. O problema é que a cobertura jornalística faz parte do processo de assimilação das informações do esporte por parte do público – ou seja, também é alvo de análise. E se algo não vai bem ou pode ser melhorado, isso tem que ser dito e explicado, pois o público do automobilismo está cada vez mais exigente. Ainda mais quando sabemos que o limite do bom senso de Galvão foi para o espaço faz tempo e que a Mariana Becker entende tanto de Fórmula 1 quanto eu entendo de hip-hop.
Quanto às próximas corridas, apesar de ver no Alonso o piloto que mais merece levar a taça, também tenho um feeling de que a atualização da Red Bull pode colocar a equipe num degrau acima nas próximas corridas. Afinal, Vettel liderou tranquilo até quebrar, e Webber foi do 19º para o 4º lugar.
Abraços a todos!
Lucas Giavoni
Tomara que esta notícia seja mesmo verdade!
http://www.grandepremio.com.br/noticias/vettel-assina-contrato-de-tres-anos-com-ferrari-a-partir-de-2014-afirma-emissora-italiana/
O pau vai comer solto em Maranello!
Abraço!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Duvido e faço pouco – que o pau vai comer solto. Alonso poderia, isso sim, estar preparando sua despedida, daí a equipe teria um piloto campeão para continuar tocando a bagaça… Alonso JAMAIS vai aceitar outro campeão na equipe, e lá, assim como na época do Miguel, é ele quem manda no fim…
Vendo por este aspecto Allan, concordo contigo, mas, só vamos mesmo saber o que vai acontecer, se esta informação se concretizar.
Nos resta esperar!
Abraço!
Bem eu acho que o texto do Lucas está fantastico. E digo o por que?
1) Por que o Alonso foi demais da conta. E a torcida não poderia ficar indiferente. Tinha mais é que festejar e ir a loucura.
2) A Espanha em termos esportivos anda numa fase daquelas. Seja no futebol, seja no tenis e seja principalmente na Formula 1.
3) Eu não perco mais meu tempo falando do Galvão. Ainda mais depois deste texto. Espero que o Galvão leia este texto e os comentarios e se toque que apesar de tantos anos cobrindo a Formula 1, pelo visto ele não aprendeu nada.
Com relação a corrida:
1) Achava, que pela caracteristica do circuito, que veríamos uma corrida até chata, ainda mais depois que Vettel disparou na frente.
2) Mas vejam só que interessante. Ao contrario a corrida ficou bastante animada, com muitas ultrapassagens e um detalhe que ninguem até agora comentou: a tal da “Asa Movel” não valeu de nada pois simplesmente ela não trouxe vantagem nenhuma. As brigas pelas posições foram aquilo que a gente sempre quiz. O de tras atacando e o da frente se defedendo.
3) Eu fico até com pena do Vettel e do Grosjean mas adorei ver seus carros pifando. Há quanto tempo não sentimos esta emoção de ver uma situação de ver um piloto perdendo uam corrida ganha por pane. A Formula 1 precisava disso.
4) Eu achei um erro a punição do B. Senna. Mas acho que ele deve se preocupar em olhar mais para o espelho retrovisor. Este negocio de em todas as corridas ele ficar levando porrada na traseira não vai ficar bem para ele. Vai ficar com fama de braço duro.
Com relação ao Nelsinho Piquet digo que estou vibrando com a sua vitoria na Nascar. Sou fã incondicional do Nelson Piquet e adoro ver um Piquet vencendo.
Que show foi estas ultimas duas voltas do Razzia na GP2 … este final de semana em Valencia foi emoção a vera …
Fernando Marques
Niterói RJ
Mais uma coisa … o Alonso deveria mandar um cartão de agradecimento ao Maldonado pela porrada que deu no Hamilton … Alonso agora abriu 20 pontos no campeonato para um vice lider M. Webber que tambem deve ter saido feliz da vida de Valencia depois do que aconteceu nos treinos de largada.
Bacana o podium do Raikkonem e do Schumacher
Fernando Marques
Niterói RJ
A asa móvel trouxe pequena vatagem, facilitava um pouco os carros ficarem lado a lado, porém, vimos que surgiram outros pontos de ultrapassagem pelo circuito. Houveram também muitas punições, espero que não desanimem os pilotos nas brigas por posições…
É verdade, Fernando, se bem que o cartão vai mesmo é pro Hamilton no final do ano… Bastaria ter deixado o venezuelano passar e garantir ao menos um 4º lugar, ou mesmo 5º que fosse.
BSLnew,
asa movel não ajudou a ninguem a ultrapassar ninguem em Valencia … lado a lado foi muito e olha lá …
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Allan,
vai nascer o dia em que o Hamilton vai ser coerente nestas horas … aliás ele estava aqté comportadinho nesta temporada mas não aguentou o tranco e se enroscou com Maldonado …
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Se uma verdade prevalecer, a Formula 1 poderá ver um predominio do Vettel/RBR nas proximas corridas face a poeira que Vettel levantou na pista enquanto esteve nela em Valencia …
Fernando Marques
Niterói – RJ
Não vi a corrida.
Em todo o aeroporto de Roma não havia uma televisão transmitindo a prova.
Alias, acho que a expressão “Scullambazione” deveria fazer parte do dicionário italiano.
Até antes de ler este texto brilhante, achava que teria sido mais um golpe de extrema sorte do Alonso. Parece que não foi.
O que eu gostei nessa corrida foi que na dificuldade de ultrapassar, mesmo usando a asa – ao contrário daquela MOLEZA que foi no Canadá – os pilotos tiveram ATITUDE e trataram de achar um lugar para passar.
Em outros tempos eles se conformariam com a posição, poupariam o carro e tentariam ganhar a posição na base da estratégia nos boxes. Foi só por isso que a corrida de Valencia desse ano não foi chata.
Eu perdi a paciência com o Gavião Uburueno faz tempo.
Agora é bem simples assistir a corrida.
Ligo a TV na Globo, coloco em MUTE, ligou o rádio na Rádio Bandeirantes e a corrida fica perfeita.
Com a narração de Odnei Edson, os comentários do Ico, Fábio Seixas e Alessandra Alves, a imersão na corrida fica MUITO maior do que na Globo.
Alem de não falarem bobagem, eles se atentam a CORRIDA e não na fantasiosa hipótese do Massa ganhar a corrida, mesmo tendo acabado de tomar uma volta do Alonso.
Enfim, desde a primeira vez que fiz isso e pude comprovar o quanto fica melhor a corrida, nunca mais ouvi as barbaridades do Galvão o que por si só faz com a corrida fique muito melhor.
Qual a frequencia da radio AM FM. Moro em Salvador e também não aguento o GB,
Felipe, esta é a tática! Você tem razão. Fica perfeito.
Bela Coluna Lucas!
Na minha opinião, foi uma das melhores corridas dos últimos anos, e pra mim, a cereja no bolo, o Tesão dessa prova, se chama “i m p r e v i s i b i l i d a d e”.
Sim, pois com as quebras de Vettel e Grosjean, isso foi o que mais gostei, nada contra eles, mas, porque numa F1 de hoje em dia, isso é raro, e é por isso que pra mim foi o ápice da prova, ou vocês acham que o Vettel em condições normais perderia essa!?
Eu acho que não!
E o Dick heim, a sorte resolveu sorrir pra ele, pois só foi herdando as posições do Vettel, Grosjean, Hamilton, Pastor, e por aí vai.
A Espanha esta vivendo um momento mágico no esporte, e não tem como não comparar com o Brasil dos anos 80.
No futebol, os cara tão com um toque de bola refinado, que nós lembram da nossa fantástica seleção de 82.
E na F1, estão com o melhor piloto da atualidade, o cara é uma FERA.
Isso sem falar no Tênis.
Realmente, essa temporada esta realmente mágica, e com um belo toque retro!
Por coincidência, ontem nos reunimos lá em casa, eu, meu pai, e meu tio, para assistirmos a corrida, regado a uma bela tábua de frios, como costumávamos fazer a cada 15 dias nos domingos em que Piquet e Senna eram as estrelas, e foi tão legal, que já esta marcado para repetirmos a dose na próxima etapa em Silverstone.
E você, Alonso!?
Lembrar que te vi naquela quarta feira de 02/04/2003 em visita a Fábrica da Renault aqui em São José dos Pinhais em 2003.
Em seu primeiro ano na Renault como segundo piloto, com os holofotes e assédios da impressa todinha em cima do Trulli, que na época, era pra ser a “estrela” da equipe.
Mas você Alonso, é quem tem a plumagem de campeão, e naquele dia, todos meus colegas de serviço falavam, “quem é o outro piloto!?”
Eu já sabia quem você era, mas confesso, não sabia do que seria capaz”
Parabéns Alonso, e obrigado por este momento histórico, pois ontem, você deixou os amantes da F1, emocionados!
Abraço a todos!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Amigos, faço aqui um anexo para também ressaltar a incrível vitória do Luiz Razia na segunda prova do fim de semana da GP2 em Valencia. O brasileiro estava apenas em 6º a quatro voltas do fim… Ja é possível imaginar a atuação dele, não?
Para quem não viu, segue o vídeo das voltas finais – e atenção ao carro vermelho claro #23. Simplesmente sensacional!
http://youtu.be/sL9LMLf9G-A
Abração!
Lucas Giavoni
Fantástica essa vitória. Tenho acompanhado a GP2 prova a prova e posso dizer que essa temporada está sensacional!
Quanto ao Luiz Razia, tem feito atuações brilhantes. Ele tem um estilo muito peculiar que é o de começar a corrida de forma conservadora e terminar de modo totalmente agressivo. Se no final do ano passado ele reclamava da dificuldade de arrumar patrocinadores para ingressar na Fórmula 1, pois nas palavras do piloto “ninguém sabia quem era Luiz Razia”, agora a situação é completamente outra. Vale lembrar que os donos da equipe são ninguém menos que Christian Horner e Mark Webber. Se ele conseguir agradá-los o suficiente, poderá ter um bom futuro.
E para quem ainda não estiver convencido do talento do piloto brasileiro, basta comparar os resultados dele com os do companheiro de equipe, Simon Trummer. Enquanto Luiz Razia tem 140 pontos e disputa a liderança do campeonato, seu companheiro de equipe se encontra na 18ª colocação com apenas 4 pontos. Dizem que o maior adversário de um piloto é seu companheiro de equipe e nisso o brasileiro não está devendo nada.
Infelizmente não se pode falar o mesmo de Felipe Nasr. Seu companheiro de equipe, Davide Valsecchi é nitidamente melhor e isso se reflete no campeonato também. Valsecchi lidera com 141 pontos enquanto o Nasr está na 12ª colocação com apenas 28 pontos. Mas não podemos cobrar muito. É uma etapa de aprendizado e tudo vale como experiência, até mesmo fases ruins. Ainda há muito tempo pela frente para se superar e aperfeiçoar.
Perfeita a análise!
E acho que o Bruno ainda saiu no lucro ao marcar pontos, já que havia caído pra último.
Quanto às transmissões, de um modo geral, nossas emissoras ainda são muito amadoras. Os diretores de programação sem noçao ou profissionalismo.
Exemplo: A Band não transmitiu dois jogos decisivos da Eurocopa, pra mostrar jogos do campenoato brasileiro, em fase inicial.
Agora na reta final, a Globo vai transmitir tudo e ganhar toda a audiência que a Band tentou ter neste campeonato, mas perdeu por amadorismo.
Sem falar nas narrações. Galvão e seus discípulos.
Numa tomada aérea na Eurosopa, feita pela CABLE CAM, o Luciano do Valle falou que aquela câmera foi colocada ali apenas para mostrar o ponta pé inicial. pffffffff
Uma corrida fantastica, tirando o Galvão. Nos treinos de sabado torceu que nem um fanatico corintiano na final da libertadores, para que Alonso não fosse para o Q3, podendo assim, justificar o desempenho de Massa. Caiu no ridiculo no dia seguinte. Pelo amor de Deus, acho que nem o pai de Massa tem coragem de compara-lo com Alonso. Não que Massa seja ruim, pelo contratio, considero-o um ótimo piloto. Mas não dá para compara-lo com um gênio das pistas. Alonso, na minha humilde opinião, é o melhor piloto dos ultimos 10 anos, incluindo Schumacher no comparativo.
Quanto à birra de Galvão com Grosjean, o texto explica muito bem o motivo.
Torço pelos pilotos brasileiros, mas existe uma coisa chamada BOM SENSO, e isso definitivamente o Galvão não tem nem um pouquinho…..