Edu,
Não, ainda não cheguei ao Taiti para curtir minhas férias. Meu jatinho particular (um modesto Citation pelo qual paguei 16 milhões de euros) não tem autonomia para uma viagem sem escalas. Preferi fazer uma escala técnica na Espanha e, claro, aproveitar para dar uma olhada nas obras da reforma de minha mansão de veraneio em
Ibiza. Daí, percebi que se esticasse mais uns três dias eu poderia assistir à última etapa do Mundial de MotoGP, em Valencia. Deu certo e resolvi aproveitar para mandar este cartão postal.
Não me arrependi. Nosso Alexandre Barros deu um show e venceu a corrida depois de uma linda disputa com Valentino Rossi, o campeão da temporada e atual superstar da motovelocidade. Mas outras coisas me chamaram a atenção por aqui. O pessoal da moto é bem mais descontraído e acessível que o da F 1. O próprio Barros é um dos caras mais gente boa que já cruzei em minha vida. Essa impressão não é nova, ela tem mais de dez anos.
Mas fico muito contente por não tê-la mudado. Outra coisa: aqui,os velhos campeões (Agostini, Read, Doohan, Nieto) são muito bem recebidos e a toda hora recebem homenagens pelas suas façanhas.
Soube pelo www.grandepremio.com.brque este circuito, Valencia, se ofereceu para tampar o buraco aberto no calendário da F 1 pela saída de Spa. Bom, posso dizer que a pista é ótima para motos. Para a F 1, porém, será apenas uma versão moderninha de Hungaroring. Enfim…
É isso aí. Hoje parto para o Taiti e depois dou uma esticada à Austrália. Ainda não decidi aonde vou passar o final de ano, mas uma coisa é certa: não será no Waldorf Astoria. Quem sabe eu procure pelo castelo do Pierre Bardinon, aquele colecionador de Ferraris que nos foi indicado pelo Alexandre Zamikhowsky.
Abraços,
LAP