Começando bem

Liguem seu motores!
14/03/2013
Loteria pneumática
20/03/2013

Se "tudo que começa mal, termina igual", podemos ficar esperançosos pois 2013 começou bem, muito bem.

Certas coisas acabam nos marcando para sempre, por razões que mal chegamos a suspeitar. Lembro, por exemplo, da primeira aula que tive quando mudei de escola para cursar o nível médio (que na minha era chamado de 2º grau). Era de inglês, e no quadro havia uma frase que dizia: “A correct beginning leads to a successful end”. Ou algo como “Um começo correto conduz a um fim de sucesso”. Isso foi há exatos vinte anos, mas a frase permaneceu o dia inteiro na minha cabeça, depois da corridaça que premiou todos aqueles que, como nós, perderam uma noite de sono em nome desta paixão por velocidade.

Pois é, o começo foi mais do que correto. As próximas 18 corridas, portanto, irão nos responder se a frase que ocupa alguns bytes em meu cérebro tem, afinal, algum respaldo de veracidade. Antes da corrida em si, algumas palavras rápidas sobre os conjuntos, as surpresas e decepções.

De um lado, a McLaren confirmou as piores expectativas da pré-temporada, justo num momento em que um cérebro do gabarito de Paddy Lowe acaba de anunciar sua migração para a Mercedes. Claro que a equipe tem todos os meios necessários para desenvolver o novo carro, mas num ano em que diversos conjuntos parecem ter força imediata para brigar por vitórias, talvez não seja cedo demais para imaginá-los distantes da briga pelo título. Até porque não vejo em Jenson Button ou Sergio Perez o tipo de brilhantismo necessário para sustentar uma temporada como a que Alonso fez em 2012.

Entre as equipes, decepção também nos boxes da Williams, embora talvez já não seja mais possível esperar coisa diferente da equipe de Grove. Sem suporte financeiro para se sustentar em meio a uma escalada salarial jamais vista entre os cargos técnicos da categoria, a Williams é hoje uma equipe de entrada para engenheiros, dependente e loteada entre investidores, que depois de ser liderada por gente como Keke Rosberg, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Alain Prost ou Ayrton Senna, tem hoje um primeiro piloto capaz de frear com as rodas esquerdas sobre a grama quando corre sozinho.

A Sauber também não demonstrou nada de especial, ao passo que a Catherham, pelo amor de Deus… Exceto por um novo grafismo bastante interessante, a equipe que ano passado ensaiou uma filiação ao meio do grid conseguiu construir pela quarta vez um carro ridiculamente fora de ritmo. Por sua vez a Marussia só fez um pouco melhor graças ao contrato de suporte que tem com a McLaren, ao passo que a Hispania nem alinha mais. É isso, passados quatro anos, eis o último legado deixado pelo abominável Max Mosley: três equipes que já mudaram seus nomes, duas das quais mudaram de dono, uma já faliu, e nenhum ponto conquistado. Taí o que seria a Fórmula 1 sem os construtores tradicionais.

Já entre as boas surpresas, podemos começar com a Force India, que começa 2013 exatamente onde encerrou 2012. Muito além de colocar dois pilotos na zona de pontos, a equipe mostrou um carro equilibrado, capaz de stints fortes e razoavelmente longos. A Mercedes também mostrou velocidade, e uma adaptação muito boa aos novos pneus super macios. Já com os médios o desgaste foi maior, e o abandono de Nico Rosberg acende luzes vermelhas sobre os velhos problemas de confiabilidade. Num campeonato sem descartes ou quebras, este tipo de problema se torna imperdoável, tanto mais diante do corpo técnico agrupado pelo time alemão.

A Ferrari foi outra que começou 2013 muito melhor do que o ano que passou, construindo um carro rápido em treinos e fortíssimo em corridas. Pela primeira vez em muito tempo, Alonso e Massa(!) parecem capazes de lutar por vitórias em condições normais, e isso tem que ser garantia de um início de ano interessante. A Red Bull continua dando as cartas nas classificações, mas neste início de ano parece não desfrutar de qualquer vantagem no que se refere ao ritmo de prova. Creio que podemos apostar, com algumas variações, numa espécie de caça ao pole Vettel nas próximas corridas, a exemplo do que houve em Melbourne.

E, claro, a Lotus. Desde os primeiros traços do projeto a equipe fez diversas concessões em termos de ritmo máximo, buscando obter o melhor pacote no que se refere ao trato com os pneus. E começou muito bem, com Kimi Räikkönen demonstrando o melhor ritmo de prova entre todos os pilotos, fazendo funcionar uma estratégia de duas paradas, com velocidade em pista semelhante aos melhores conjuntos a fazerem três trocas. Romain Grosjean, no entanto, esteve muito longe de emular a competitividade do companheiro de equipe, e o time investiga se a diferença nasceu de algum problema técnico ou do braço de seu campeão mundial.

Grid alinhado, a pole position de Sebastian Vettel não representou nenhuma surpresa. Sua volta final esteve longe de ideal, a julgar por suas próprias parciais, e a companhia de Webber na 1ª fila apenas confirmou que, ao menos desta vez, a pole de fato pertenceu a Adrian Newey. Lewis Hamilton em terceiro não chegou a ser surpresa, mas o meio segundo que ele colocou em cima de Rosberg representa um início interessante para a estatística que, ao fim do ano, servirá de referência sobre a real condição de Schumacher em sua passagem pela estrela de três pontas. Mais atrás, na quarta posição, interessante notar que esta foi a terceira vez seguida que Massa largou à frente de Alonso, ainda que sempre por margens bastante apertadas. E, para a análise da corrida, também será válido destacar que, na Force India, foi Paul di Resta quem levou o carro à Q3, com Sutil partindo da 12ª colocação.

Luzes apagadas, e muitas alterações nos momentos iniciais. Entre os líderes é Alonso quem tem o melhor pulo, sua progressão não tendo sido melhor apenas por conta das defesas de Sebastian Vettel e Lewis Hamilton. Massa também arranca muito bem a partir do lado sujo, superando a Mercedes de Hamilton e a Red Bull de Webber, que com problemas na telemetria cairia para a sétima posição. Ainda na 1ª volta Alonso consegue superar Hamilton, com Felipe deixando Vettel escapar na ponta enquanto defende com unhas e dentes sua segunda colocação. Primeiro contra Hamilton e depois, de forma surpreendente, contra Alonso.

Mas este é um novo Felipe – ou o velho Felipe –, que não se limita a atrasar quem vem atrás. Na segunda passagem é dele a melhor volta da corrida, quando parte à caça do líder Vettel. Mais atrás, enquanto isso, Kimi dá seu cartão de visitas na forma de uma bela ultrapassagem por fora sobre a Mercedes de Hamilton, que começava a se atrasar em relação às Ferraris. Sentindo que tinha ritmo para brigar pela ponta, o finlandês começava sua aula a partir da importância de estar bem posicionado e ter pista livre à frente.

Em pouco tempo as Ferraris alcançam Vettel e Kimi alcança as Ferraris, quando os novos pneus super macios começam a se deteriorar e a forçar visitas aos boxes entre os giros 5 e 7. Abre parênteses: em todos estes anos acompanhando a Fórmula 1 eu jamais vi pneus de corrida que se aproximassem tanto de pneus de classificação quanto estes compostos vermelhos atuais. Incapazes de durar competitivamente por ao menos dez voltas, eles se revelariam um verdadeiro handicap pelo qual os pilotos teriam de passar, como herança dessa regra ridícula que os obriga a utilizar todos os compostos ao longo do GP. Fecha parênteses.

Entre os líderes, Vettel é o primeiro a trocar. Felipe cobre a parada do alemão na passagem seguinte, mas tem o azar de voltar à pista logo atrás da Williams de Maldonado, que Vettel tinha acabado de superar. O brasileiro também deixa a Williams para trás sem cerimônias, e segue em sua caça ao tricampeão enquanto Alonso e Räikkönen vão aos boxes e também encontram Maldonado na saída dos pits. O venezuelano, desta vez, perde a concentração e passa reto na curva 1, fazendo um favor aos demais corredores.

A ordem entre os verdadeiros candidatos à vitória não havia se alterado com as paradas, mas agora todos tinham que lidar com os pilotos que, tendo largado fora das cinco primeiras filas, tiveram a chance de partir com pneus médios. Abre parênteses novamente: esta é outra regra artificial da era Mosley que há muito já deveria ter sido banida. Punições a conjuntos mais fortes e/ou regalias a quem demonstra menos competência são uma verdadeira aberração esportiva, e foi esta regra que em última análise fez a corrida de Sutil parecer tão melhor que a de seu companheiro de equipe, quando ambos terminaram separados por apenas três segundos. Fecha parênteses.

O primeiro destes pilotos era Sergio Pérez, que Vettel, Massa e Alonso trataram de superar com sucessivas manobras por fora. O brasileiro volta a marcar a melhor volta da corrida, sustentando uma forte perseguição a Vettel e trazendo Alonso e Räikkönen a reboque. É então que os líderes se deparam com Adrian Sutil e, sem chances de ultrapassar, começam a perder tempo coletivamente. Era um momento decisivo para a corrida.

Pouco tempo havia se passado desde a primeira troca, e antecipar a segunda parada significaria abrir mão de boa parte da vida útil dos compostos em uso, sobrecarregando os pneus seguintes em nome da vantagem de ter pista limpa. Uma aposta, enfim, que Fernando Alonso e a Ferrari decidem fazer, e que Adrian Sutil e Sebastian Vettel cobrem no giro seguinte. Massa, que vinha atrás dos dois, passava a ter pista livre à frente e segue sem parar, enquanto Alonso, lá atrás, consegue ganhar a posição de Vettel  nos boxes e supera Sutil de maneira espetacular na curva 1.

As duas Ferraris agora seguiam apostas diferentes e é hora de perguntar: a equipe prejudicou Felipe através da estratégia, conforme afirmaram os responsáveis pela transmissão da corrida ao Brasil?

Ora, Felipe a esta altura liderava a corrida tendo pista livre, e tinha Kimi Räikkönen atrás de si, com o mesmo número de paradas. Sua estratégia não poderia ser ruim, se ele estava então à frente do conjunto que iria vencer a corrida. A questão central é que neste altura Felipe já não consegue virar tão rápido quanto o finlandês, e começa a perder tempo em relação aos que haviam parado. E então, em vez de cumprir a quilometragem prevista para o segundo stint, se colocando em condição de recuperar o prejuízo no futuro, quando os rivais teriam pneus muito mais desgastados, Felipe e seu staff optam por um recuo estratégico tardio, tentando cobrir as paradas de pilotos que na prática já haviam se posicionado à sua frente.

Se tivesse parado antes dos demais, ou se tivesse seguido na pista conforme seu plano inicial, Felipe teria boas chances de terminar na segunda colocação. Seu grande prejuízo, portanto, não foi ter parado depois de Alonso, mas sim ter optado por um indeciso plano C, que não serviu para aproveitar a plenitude de seu segundo jogo de pneus, nem tampouco para conservar sua posição em relação ao companheiro de equipe. Por fim, quando as coisas se inverteram e Massa se viu perdendo tempo atrás de Sutil no stint seguinte, faltou novamente criatividade à equipe para mantê-lo na pista o máximo possível, fazendo valer a vantagem de pneus que tinham três voltas a menos que os dos rivais diretos. Ao antecipar sua última parada, tentando emular o que Alonso havia feito na rodada anterior diante de um agrupamento muito mais próximo de pilotos, Felipe acabou assumindo definitivamente o prejuízo da segunda troca, se colocando em 4º e com pneus mais desgastados que seus rivais diretos para o fim da prova.

Não houve, portanto, qualquer atitude desleal por parte da Ferrari. Houve sim, um déficit de desempenho que inevitavelmente iria lhe custar a liderança a Kimi Räikkönen, e uma combinação entre indecisão e precipitação que terminaram por custar as chances contra Alonso e Vettel. Tão importante quanto o resultado, no entanto, é observar que Felipe foi sempre rápido e combativo, como costumava ser em seus melhores dias antes do acidente. E essa, com certeza, é uma notícia muito mais importante do que a perda de alguns pontos por questões de estratégia.

E por falar em estratégia, Lewis Hamilton jogou a sua pela janela ao novamente sucumbir aos instintos numa briga contra a Ferrari de Alonso, a essa altura com pneus muito mais novos. Em vez de simplesmente aceitar a ultrapassagem, Lewis fritou seus pneus com tal vigor, que acabou sendo levado a fazer uma parada a mais. Qualquer chance que tivesse de terminar à frente de Vettel ou Massa terminava ali.

E foi isso. Kimi lembrou a todos o tamanho de sua abençoada reserva técnica, fazendo a melhor volta da corrida na antepenúltima passagem, com pneus que fez durar mais do que qualquer rival direto. Vitória espetacular para piloto e para equipe, invertendo no pódio o posicionamentos dos três primeiros colocados no campeonato passado, e sinalizando que o personagem mais propenso a apimentar o campeonato e acrescentar brilhantismo à disputa pelo mundial está acordado e com fome de vitória. Esta, sob todos os aspectos, é uma ótima perspectiva para a temporada.

Destaque também para o ótimo retorno de Adrian Sutil, apesar dos descontos devidos à vantagem de ter largado com pneus médios. No fim, foi uma corrida empolgante e legítima, para colocar nos trilhos uma temporada que promete disputas muito próximas entre pilotos em grande fase.

É uma pena, no entanto, que momento tão favorável seja transmitido ao público nacional de maneira tão incompetente. Ao longo da prova Galvão elegeu seu novo bode expiatório, agora atendendo pelo nome de Sergio Pérez. Depois, sugeriu que a conversão entre m/s e Km/h deveria ser feita através de uma multiplicação por 3600, gerando uma ventania que teria transportado todo o Albert Park para a terra de Oz. E por fim, tanto ele quanto Reginaldo embarcaram na eterna teoria da conspiração que, se em outros tempos encontrou justificativas concretas, desta vez apenas tentou mascarar razões práticas e nada vergonhosas para o resultado final da corrida.

Ainda sobre a transmissão, muito legal a nova atualização das distâncias em tempo real, mostrando onde cada conjunto ganha e perde tempo.

Hoje, dia 18 de março, completam-se 36 anos sem o bravo José Carlos Pace. Não deixem de acompanhar em nosso Facebook diversas homenagens ao inesquecível Moco.

Abraços a todos, e que venha a Malásia!

Márcio Madeira
Márcio Madeira
Jornalista, nasceu no exato momento em que Nelson Piquet entrava pela primeira vez em um F-1. Sempre foi um apaixonado por carros e corridas.

22 Comments

  1. Mário Salustiano disse:

    amigos

    a corrida foi um prenuncio que o campeonato começa bem embolado, para mim fica o ponto que os pneus são responsáveis por isso o que de uma certa forma é um artificialismo e não sou muito a favor da história que é igual para todos, mas aceito o jogo da forma como está sendo conduzido e torço ao menos para ter uma boa disputa até o final, quanto a corrida em si endosso o que todos já escreveram e disseram por aqui, mas para mim fica bem evidenciado que temos 3 destaques que são Vettel, Alonso e Hamilton, o Kimi quando está inspirado chega próximo,eles só confirmam isso a cada disputa, os demais ficam num patamar abaixo, e aí um ponto sensível, Massa não é um piloto do nível de Alonso e independente da polêmica que a Ferrari causa com suas atitudes, a verdade é que isso só ocorre pelo fato exposto,não haverá nenhuma chance para Massa bater Alonso, salvo nos casos de quebras ou abismo maiores, nós brasileiros somos órfãos de termos sidos criados na geração de 3 grandes campeões e temos dificuldade de ser isentos nesse olhar, Massa é bom, é, mas não no nível dos 3 grandes.
    Assistindo a prova arrisco o palpite que Vettel continua sendo o nome a se bater, ele tem demonstrado mais maturidade ao não ter carro para disputar vitórias, sem se afobar e está colhendo pontos importantes dentro do que pode conseguir, Alonso está numa encruzilhada, essa é a 7° temporada desde o seu segundo título, quem ficou o maior hiato entre duas conquistas na história foi Lauda entre 1977 e 1984, exatamente 7 ,ganhando esse ano Alonso empata com o mesmo número, observei que ele está com quase o mesmo número de GPs disputados que Prost e com metade das conquistas do francês, eu o acho o melhor dessa turma, mas ele pode ficar com números aquém do talento quando encerrar a carreira.

    abrs

    Mário

    • Muito pertinente a análise sobre Alonso, Mário.
      Ainda sobre a corrida, pensando agora com mais calma, acho que temos uma Red Bull muito forte em voltas lançadas, mas com problemas para conservar pneus; uma Lotus em situação oposta, e uma Ferrari no meio termo.
      Claro que mais cedo ou mais tarde a Red Bull deve tratar dos pneus, fazendo valer sua velocidade, mas ainda assim Fernando parece ter neste início de temporada as melhores condições de buscar este título desde que chegou à equipe.
      Abraço!

  2. Então, meus amigos, eu continuo pensando que o Smedley não agiu errado ao deixar Felipe na pista, a partir do momento que ela ficou livre. No meu modo de ver, o erro foi chamá-lo duas voltas depois, comprometendo as duas opções que ele tinha. Porque se Felipe fica na pista e segue a melhor estratégia para três paradas, com stints de mesma duração, ele certamente teria perdido as posições para Vettel e Alonso. Mas, estando à frente de Kimi, poderia atrasá-lo (já que seria impossível contê-lo fazendo uma parada a mais), e teria os melhores pneus entre os adversários para o fim da prova.
    Podia até terminar em quarto, mas certamente teria chances muito melhores de se recuperar em cima de Vettel e Alonso.
    Abraços!

    • Mauro Santana disse:

      Por isso que eu sou a favor das trocas “não” obrigadas de pneus.

      Troca quem quer e ponto.

    • Fernando Marques disse:

      Marcio,

      tomara que você esteja certo, e no caso eu felizmente errado, no sentido do Massa poder fazer uso de plano A na Ferrari … a temporada de 2013 está aí para me calar … torço muito que você esteja certo e que a Ferrari dê condições ao MAssa não só de vencer corridas mas também de brigar pelo campeonato em igualdades de condições com o Alonso .

      Fernando Marques
      Niterói RJ

      • Ah Fernando, veja bem, eu quis dizer que, na minha opinião, a tentativa do Smedley foi válida num primeiro momento, pois manter Felipe na pista podia ter dado certo. Mas também não acredito que a equipe vá deixá-lo vencer, se Alonso estiver logo atrás, a menos que o título já estivesse decidido.
        O status ali é muito claro mesmo.
        Abraço!

        • Fernando Marques disse:

          Marcio,

          entendi bem o que você quis dizer mas o chato nesta questão é que nunca isso acontece com Alonso e nem vai acontecer é lógico. Ficou a meu ver bem claro que Alonso não tinha carro para superar Massa na pista e alguma coisa precisava ser feita para inverter a situação. Pedir pelo radio para Massa abrir passagem não tinha lógica, afinal era a primeira corrida do ano. Sendo assim as posições só poderiam ser invertidas no pit stop. E foi o que aconteceu. Para que estas duvidas não pairam mais sobre a carreira de Massa na Ferrari seria ele vencer uma corrida já neste inicio fazendo 1-2 no podium com Alonso, assumindo assim se possivel a liderança do campeonato e assim a Ferrari de fato dar igualdades de condições para os dois brigarem pelo titulo como sempre fez a Mclaren.

          Fernando Marques
          Niterói RJ

          Fernando Marques
          Niterói RJ

        • Fernando Marques disse:

          MArcio,

          só complementando … deve-se dar parabéns a Ferrari por ter sabido inverter a posição de seus pilotos na corrida não de forma escancarada …

          Fernando Marques
          Niterói – RJ

  3. Fernando Marques disse:

    MArcio,

    queria dizer mais uma coisa a respeito do seu belo texto … este negocio de teoria conspiratória do GB e RL só existe no sentido deles quererem convencer o publico brasileiro que o Massa possui os mesmos privilégios na Ferrari que o Alonso. Se eles admitissem publicamente que Massa é o piloto nº 02 da Ferrari não perdiam tempo nem tentando ensinar fisica para a galera … hehehehehe

    Fernando Marques
    Niterói RJ

  4. Luiz Paulo Farahildes disse:

    Mesmo se tivesse optado pela parada do Felipe mais cedo, e ele estivesse em 2o. A Ferrari mesmo assim teria trocado ele com Alonso para que o espanhol é que chegasse em 2o. Para Felipe ganhar uma corrida só se alonso estiver de quinto para trás. Porque se ele estiver em 1o e Alonso em 3o. ou 4o. A Ferrari vai manda-lo atrazar a batida para que Alonso possa passa-lo e chegar em 2o. ou 3o. Não interessando que vença.
    Será que o Kimi e o Vettel chegam na frente assim também? kkkk!

    • Fernando Marques disse:

      A questão na Ferrari é a seguinte: o Plano A só o Alonso pode usar. O Massa pode usar o Plano B, o plano C, o Plano D a vontade só que nenhum deles funcionam … por acaso alguém se lembra da Ferrari alguma vez errar em estrategia com Schumacher na época do Barrichello? … Alguém se lembra do mesmo com Alonso?

      Fernando Marques
      Niterói RJ

  5. Fernando marques disse:

    “A Ferrari foi outra que começou 2013 muito melhor do que o ano que passou, construindo um carro rápido em treinos e fortíssimo em corridas. Pela primeira vez em muito tempo, Alonso e Massa(!) parecem capazes de lutar por vitórias em condições normais,”

    Marcio,

    não pude ver a corrida … tinha que trabalhar no domingo pela manha e precisava descansar … mas havendo ou não teoria conspiratoria, não acredito que o Massa em condições normais possa vencer uma corrida pela Ferrari com Alonso na briga … e o interessante é que nunca o MAssa possui uma estrategia idêntica ao do Alonso em corridas … somente ele se atrasa e perde posições tudo por ter que usar estrategias diferentes …
    Pelo que li a corrida foi excelente … e não resta duvidas que neste inicio a Pirelli vai dar as cartas nas pistas … bela a vitoria do Ice Man … que faz a temporada deste ano começar de forma empolgante e de resultados inesperados já que ninguém sequer comentava uma possivel boa performance da Lotus/Renault …
    Button reclamou do carro … não se iludam … a Mclaren vai reagir …
    E o Hamilton vai provar que o Alemão Queixudo jamais deveria ter retornado a Formula 1. Ele vai dar uma goleada nos Rosberg …

    Fernando Marques
    Niterói RJ

  6. Arlindo Silva disse:

    Olha Márcio, justiça seja feita: o Galvão falou que o vento estava em 7,2 metros por segundo. Se você multiplicar isso por 3600 (que diga-se, é apropriado para fazer a conversão) vai dar 25 km/h (e ele disse que o vento estava em torno dos 30 km/h).

    Anyway, bela corrida. Embora eu ache que o tempo frio em Melbourne pode ter mascarado um pouco as coisas. Talvez equipes como Red Bull e Ferrari (especialmente a primeira) tenham tido dificuldades em operar com uma temperatura mais baixa. E talvez Kimi não teria conseguido cumprir a distância com dois pit stops caso a temperatura vista nos treinos de sexta fosse a mesma no domingo.

    A McLaren deve estar pagando pelo risco de ter adotado um novo conjunto de suspensão que ainda deixa o time meio perdido no acerto global do carro (vale lembrar que a Ferrari sofreu problemas semelhantes no início de 2012), a Williams sofre com um carro e pilotos inferiores. A Sauber decepcionou, assim como Grosjean. A Force India começou bem, e a Mercedes começou exatamente na mesma situação do ano passado. Só resta saber se a medida que o ano evoluir eles vão ficar pra trás como ocorreu em 2012.

    De qualquer forma, uma bela prova essa de Melbourne, com boas variações e um Kimi Raikkonen soberbo, ganhando no melhor “Prost way of drive”.

    • Salve Arlindo! É, como você sabe a conversão consiste em multiplicar por 3600 (segundos de uma hora) e dividir por 1000 (metros em um quilômetro). Ou, simplificando, multiplicar por 3,6. Minha implicância se deve ao fato de tantas vezes ter visto Galvão se atrapalhar com essa conversão, sempre fazendo leituras alarmantes de dados normais. Até que o ponto eletrônico entra e coloca a coisa nos eixos.
      Quanto à temperatura, a Red Bull tem por hábito buscar calibragens mais altas para seus pneus, buscando rapidez nas voltas iniciais. No entanto, quando os pneus aquecem eles passam a ter pressão em excesso, e essa situação agravou o esfarelamento dos pneus logo no início da corrida. Na Malásia o problema deve ser menor.
      Abraço!

    • Arlindo Silva disse:

      Márcio,

      Perdoemos o Galvão. Ao menos nessa ele não estava de todo errado. Pior foi ver o Luciano do Valle no GP de Detroit da Indy ano passado nos ensinando a fórmula para conversão de graus Farenheit para Celsius:

      “Você divide por 2 e depois soma 15”

      A temperatura em Detroit naquele dia era de 77ºF…

      Tire suas conclusões…
      Abraços

  7. Lucas disse:

    Não foi só sem telemetria que o Webber ficou – foi problema na ECU, inclusive deixando-o sem KERS, o que acabou com a largada dele. Já que o texto fala em teorias da conspiração, uma forma fácil de alimentar uma seria se dispor a contar quantas vezes o Webber fica sem KERS e quantas vezes isso acontece com o Vettel. Depois que resolveram o problema (segundo a motorsport foram vinte voltas até tudo voltar ao normal), o Webber andou bem melhor que o Vettel, mas aí o estrago já estava feito.

    • É verdade, Lucas. A informação completa foi divulgada depois que o texto já havia sido escrito, mas te agradeço por complementar. De fato, o último stint do Webber foi tão bom ou melhor que o do Vettel.
      Abraço!

  8. GPTotal disse:

    Em nossa página no FaceBook (link logo aí acima), intenso e interessante debate entre os nossos leitores sobre a “estratégia” da Ferrari para Massa. Não percam!

  9. Mauro Santana disse:

    Bela corrida, e Bela vitória de Kimi.

    Abraço!

    Mauro Santana
    Curitiba-PR

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