Panda
Spa, a maravilhosa Spa-Francorchamps?
Acho que vai dar Ralf.
Pode dar Montoya. Está na hora de dar Montoya mas acho que vai dar Ralf, que me parece mais maduro para vencer. Montoya ainda tende a exagerar na dose e está lutando para quebrar a barreira da vitória. Tudo indica que a romperá em breve e aí, meu amigo, vai ser briga de cachorro grande.
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Quer dizer que a temporada do nosso Rubes está começando agora? Ele está sendo injusto consigo, pelo que fez até agora no campeonato e, mais um vez, alimenta uma visão distorcida da realidade que o cerca. Rubinho continua sendo o número dois da Ferrari. Michael enfatizou muito na Hungria que pretende ajudá-lo a chegar ao vice-campeonato e creio que o fato de ter lhe dado de presente o troféu que conquistou significa uma intenção mais sólida de ajudá-lo do que aquela que expressei a uma ou duas cartas atrás.
Mas Rubinho não pode esperar que a Ferrari e Michael se empenhem por ele além de um certo limite. Por exemplo: Rubinho terá de se classificar bem para as largadas daqui em diante, preferencialmente, à frente do alemão. Se ficar muito para trás no grid, como de soer, o que espera que a equipe faça por ele? Que jogue pedras nos adversários quando eles passarem diante do boxes da Ferrari?
Certamente não é por ordem da equipe que Rubinho tem se classificado mal para as largadas. Também não é por imposição da equipe que ele tem largado mal e perdido posições preciosas na primeira volta. E não é porque Schumacher mandou que ele tem sido menos rápido em momentos decisivos das corridas, como nos pit stops na Hungria e Áustria, quando acabou perdendo a posição para Coulthard e desperdiçando a oportunidade de vencer uma das corridas decisivas da temporada.
Não que ele tenha corrido mal na Hungria e Áustria. O problema é que Rubes não tem conseguido se superar nos momentos decisivos. Um campeão de verdade, como disse uma vez Robson Caetano, precisa dar 110% de si nas provas decisivas. Não adianta render 100%; tem de ser 110% porque, ali, todo mundo está dando 100%.
Rubinho precisa andar com as próprias pernas. Precisa conquistar seu auto-respeito e, depois, o respeito do resto do circo. Então o vice-campeonato virá naturalmente.
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Você sabe como eu curto e respeito Autosprint, a revista italiana de automobilismo. Lê-la é sempre um prazer, seja pela honestidade e competência dos seus jornalistas, seja pelo bom humor permanente da redação.
Escrevendo sobre o GP da Hungria, eles resumiram a situação do pobre Coulthard: para ter alguma chance de vencer o campeonato, ele precisaria de outra largada, outra classe e “un culo stratosferico”.
Grande abraço
Eduardo Correa
P.S.: você conhece Spa?