DEMOCRACIA, DA MATTA, BARROS

Edu,

Sem maiores delongas: o que escrever de um domingo tão glorioso como o que passou?

Sim, estou falando do título de Cristiano da Matta no campeonato da CART (conquistada graças a uma vitória em um circuito estreito montado nas ruas de Miami) e da vitória espetacular do brasileiro Alexandre Barros no GP do Pacífico de MotoGP, em Motegi, no Japão. Mas, com o perdão de ambos, algo mais importante estava acontecendo em território nacional: uma eleição livre e democrática para alguns dos cargos públicos mais importantes do País.

Foi com enorme satisfação que vi ser escolhida uma maioria de candidatos de alto nível para todos os cargos. E muitos brasileiros estão tendo o prazer extra de ver figuras nefastas como Paulo Maluf e Fernando Collor de Mello sendo jogadas de volta ao limbo eleitoral, de onde nunca deveriam ter saído. Certo, alguns molambos ainda conseguiram se manter à tona, mas é fácil perceber nesta eleição um salto na qualidade dos políticos eleitos. Isto, para mim,proporcionou uma sensação de vitória ainda melhor do que a de ver Cristiano e Alexandre ganhando brilhantemente as corridas das quais participaram.

Desculpem aqueles que esperavam ler sobre automobilismo, mas ainda estou em plena euforia eleitoral. Acompanhei pesquisas, fui votar, vi as entrevistas dos candidatos e as análises dos especialistas. Vi meu filho de dois anos cantarolar os jingles de meus candidatos a governador (Geraldo Alckmin) e a presidente (Lula). Enfim, respirei a plenos pulmões o ar de uma eleição democrática e livre. Dou um tremendo valor a isto, pois a geração de meus pais e meus avós ficou 29 anos privada desses direitos tão básicos na vida de qualquer cidadão.

Prometo “voltar ao normal” na próxima coluna. Boa semana a todos,

LAP