Foto-legendas – Os F1 de Rubinho 2

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Nosso breve passeio pelos F1 de Rubens Barrichello começou aqui: https://gptotal.com.br/foto-legendas-os-f1-de-rubinho/

 

2003

O Ferrari F2003-GA (na foto abaixo), batizado em homenagem a Gianni Agnelli, patrão da Fiat, falecido em janeiro de 2003, era semelhante na forma ao modelo do ano anterior, mas seu desempenho não era minimamente comparável, sofrendo dura concorrência dos McLaren, tanto que Rubinho terminou o ano em 4º, atrás de Michael Schumacher, Kimi Raikkonen e Juan-Pablo Montoya, com 93, 91, 82 e 65 pontos, respectivamente.

Rubinho ganhou dois GPs – Silverstone e Suzuka. O GP da Grã-Bretanha (foto que abre esta coluna), aquele da invasão da pista pelo maluco irlandês, é considerado muito merecidamente como a maior vitória do brasileiro na categoria, com algumas ultrapassagens notáveis. Confira no vídeo abaixo.

Rubinho conseguiu também um 2º lugar e quatro 3os e mais um 4º e um 8º no ano. Largou na pole em Interlagos, Silverstone e Suzuka e marcou a melhor volta em Interlagos, Espanha e Silverstone.

Foi com o F2003-GA que Rubinho sofreu o pavoroso acidente na Hungria. A suspensão traseira do Ferrari simplesmente desintegrou-se em plena reta!

 

2004

O Ferrari F2004 (foto acima, com Schumacher à frente de Rubinho) recuperou a superioridade absoluta para a equipe. Em 18 GPs, o modelo conquistou quinze vitórias. Nas treze primeiras corridas, Schumacher conseguiu a enormidade de doze vitórias. Já Rubinho ficou com duas, Monza e China. Ele também conseguiu sete 2os lugares e mais cinco 3os. Largou na pole em Interlagos, China, Monza e Indy e conquistou a melhor volta no Canadá, Indy, Monza e Suzuka.

No final do ano, Rubinho é vice-campeão, com 114 pontos, 34 a menos do que Schumacher. Foi o ponto final da hegemonia da Ferrari.

 

2005

Rubinho usa nas duas primeiras corridas do ano um modelo do ano anterior com alterações na aerodinâmica e suspensão, conseguindo um 2º lugar na Austrália.

A partir do terceiro GP, passa a usar o modelo F2005 (foto acima), que se revela muito pouco competitivo. A Ferrari consegue uma única vitória no ano, a mais indesejada de toda a história da F1, em Indy, a prova na qual largam apenas seis carros, por conta do abandono forçado das equipes que competiam com pneus Michelin – a Ferrari usava Bridgestone. Schumacher e Rubinho até ensaiam uma disputa, mas o alemão prevalece.

Rubinho termina o Mundial em 8º, com dois 2os e dois 3os além de algumas colocações mais na zona de pontos. É o seu adeus à Ferrari, cedendo o lugar a Felipe Massa.

 

2006

Rubinho vai pra equipe Honda, que volta às pistas com carro próprio depois da breve experiência nos anos 60 e o estrondoso sucesso fornecendo motores a Williams e McLaren, quando emendou seis Mundiais de Construtores.

Nos anos seguintes, a Honda forneceu seus motores por meio da Mugen a diversas equipes, até que, em 2000, associa-se à Bar, tendo conquistado o vice-campeonato em 2004 e o 6º lugar em 2005 entre os Construtores.

Os resultados estimulam a Honda a assumir a gestão integral da equipe em 2006, trazendo também Jenson Button. O inglês marca a pole já no 3º GP do ano, depois de pontuar nas duas corridas de abertura. Os pontos vão pingando até que Button conquiste a vitória na Hungria e um 3º lugar em Interlagos, terminando o ano em 6º entre os Pilotos, com 56 pontos, enquanto Rubinho termina em 7º, com 30, suas melhores colocações sendo dois 4os lugares.

Na foto acima, o modelo RA106 no GP de Mônaco, com Rubinho usando um capacete em homenagem a Tony Kanaan, que disputava no mesmo dia a Indy 500 com um capacete com as cores do de Rubinho.

 

2007

A temporada revela-se um completo fracasso para a Honda, que só se distingui pelo inusitado da pintura do seu modelo RA 107 (foto abaixo), explicada pela equipe como uma tentativa de mobilização para os problemas ambientais. Rubinho refere-se ao seu carro como “meu mundinho”.

As boas intenções não fazem o carro andar. Rubinho simplesmente zera – zera! – no Mundial. Ele termina 15 dos 17 GPs do ano, mas sua melhor colocação é um 9º lugar. Button, por sua vez, soma apenas seis pontos na temporada.

 

2008

O ano é apenas um pouco menos ruim. Com o modelo RA 108 (foto abaixo), Rubinho soma onze pontos, com um 3º lugar em Silverstone, enquanto Button marca apenas três pontos. O “mundinho” é limitado a manchas na pintura do carro e, no final do ano, a equipe é vendida por um dólar (ou um euro ou uma libra, sei lá) para Ross Brawn.

 

2009

A primeira coisa que o inglês faz à frente da equipe, batizada Brawn GP, é trocar os motores Honda pelos da Mercedes. Mantém a dupla de pilotos, a confirmação de Rubinho sendo feita aos 45 minutos do 2º tempo.

E o milagre acontece. Seja pelo famoso duplo difusor, seja por outras qualidades do carro, o modelo BGP 001 (foto abaixo) voa desde os primeiros treinos – todo mundo imaginando, inclusive eu, que era um truque barato para atrair patrocinadores.

Não era. No GP da Austrália, Button marca a pole, lidera de ponta a ponta e vence, com Rubinho em 2º. O inglês repete a dose no 2º, 4º, 5º, 6º e 7º GPs do ano, quando soma 61 pontos, tendo Rubinho em 2º, com 35. Em 3º, esta Sebastian Vettel, com 29, com RBR.

Nas provas seguintes, Button começa a administrar a sua vantagem e Rubinho vence em Valência (a 100ª vitória brasileira na F1) e Monza (sua última vitória na categoria, no vídeo abaixo). Também marca a pole em Interlagos, sua única no ano e a última da carreira. As melhores voltas em prova vêm na China e na Espanha.

Apesar disso, Rubinho perde o vice-campeonato para a Vettel, terminando o ano em 3º enquanto Button confirma seu Mundial e o da Brawn, que imediatamente é vendida à Mercedes.

 

2010

Rubinho fecha com a Williams para as duas temporadas seguintes. A equipe é uma sombra do que fora, tendo terminado 2009 em 7º no Mundial de Construtores. Rubinho dividirá a equipe, vejam só, com Nico Hulkenberg, estreando na categoria.

O brasileiro faz o que pode. Terminara o ano em 10º entre os Pilotos, com 47 pontos, sua melhor colocação sendo um 4º em Valência e um 5º em Silverstone.

Seu carro é um FW32 (foto acima), com motor Cosworth. Foi com este carro que ele foi vítima da criminosa fechada de Schumacher no GP da Hungria.

 

2011

O ano final de Rubinho na F1 é seu segundo pior na categoria. Apenas quatro pontos somados ante um ponto do companheiro de equipe, o venezuelano Pastor Maldonado.

Rubinho faz sua despedida da categoria em Interlagos. Larga com seu FW33 (foto acima) em 12º e termina em 14º, um final modesto para uma carreira tão longa e com momentos tão marcantes.

Abraços, bom final de semana

Edu

Eduardo Correa
Eduardo Correa
Jornalista, autor do livro "Fórmula 1, Pela Glória e Pela Pátria", acompanha a categoria desde 1968

2 Comments

  1. Fernando Marques disse:

    Edu,

    Penso que a carreira do Rubinho é vitoriosa na fórmula 1 … financeiramente então nem se fala … guardo uma lembrança do Nelson Piquet quando perguntado a opinar sobre Rubinho … ninguém ganha corrida na fórmula 1 a toa … tem que ser bom … mas ser campeão falta alguma coisa … mas Rubinho teve a meu ver uma carreira sensacional …

    Fernando Marques
    Niterói RJ

    • Leandro disse:

      Concordo contigo Fernando.

      Tanto que muita gente (eu incluso) ainda torce muito por ele, onde quer que ele corra.

      Sinto que ele não tenha tido uma despedida da F1, tal como o Massa teve por exemplo (só de escrever me arrepio), Weber também que fez uma coisa emocionante na época.

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