No universo dos ascendentes e descendentes, é o horizontal Alonso quem está prevalecendo
O formato dos pistões de um motor é um detalhe tão importante quanto o volume interno que eles são capazes de deslocar. Graças a este tipo de variação, dois motores de mesma cilindrada podem exibir comportamentos completamente diferentes, manifestando uma espécie de personalidade a quem os acelera. Falando de forma simplificada, se o volume interno é obtido através de uma superfície maior e um curso menor, então temos um motor nervoso, de alto giro e focado em potência. Por sua vez, se o volume é obtido através do curso em detrimento do diâmetro, aí temos um motor de baixa rotação e alto torque, apropriado para veículos pesados. E, claro, existe ainda um formato raro de motor, que exibe dimensões iguais para estas duas medidas, e que nos corredores da engenharia é conhecido como motor quadrado. Um tipo de engenho de características equilibradas, que não se destaca individualmente em nenhum dos quesitos, mas que tem sua força justamente na média de todos eles.
Transferindo a metáfora para o quadro atual de pilotos da Fórmula 1, podemos dizer que Fernando Alonso, líder cada vez mais destacado do mundial, é um motor quadrado. Ou um piloto horizontal, conforme a nomenclatura que estipulei há quase dez anos, na tentativa de aprofundar as análises de estilo no esporte a motor. Um homem que não lidera nenhum dos tópicos pelos quais um piloto pode ser avaliado, mas que se impõe entre os corredores mais fortes de todos os tempos justamente pela forma como consegue ser ótimo em todos eles. Em termos históricos, o último grande campeão horizontal havia sido Nelson Piquet.
Ainda falando sobre pilotos horizontais, a ausência de pontos fracos tende a torná-los mais competitivos conforme aumenta a distância a ser percorrida. Em treinos, por exemplo, existem pilotos melhores – Senna e Mansell eram mais rápidos que Piquet, da mesma forma como Vettel e Hamilton são mais rápidos que Alonso. Quando se considera a totalidade de um campeonato, no entanto, pilotos horizontais flutuam menos entre seus altos e baixos. Vencem quando podem vencer, e somam pontos quando não conseguem ir além disso. Ou, como eu disse certa vez a Marcel Pilatti, são muito bons em treinos; ótimos em corridas; excelentes em campeonatos.
Especialmente, é claro, em campeonatos tão movediços quanto o atual, carentes de um conjunto claramente hegemônico. Num contexto como este – que remete também ao cenário de 1981 –, cada fim de semana conta uma história diferente. Conjuntos sobem e descem a lista de favoritos ao sabor das atualizações mecânicas, e este tipo de constância por parte do piloto acaba sendo ainda mais valorizada.
Num campeonato que pode muito bem coroar 10 vencedores diferentes, o título pode vir a ser decidido mais pelos pontos perdidos do que pelos conquistados. Todos os postulantes já tiveram seus minutos sob os holofotes, esvaziando o peso de vitórias ocasionais. Mais importante será somar pontos em todas as provas, tirar tudo de cada possibilidade ao alcance das mãos. A temporada 2012, em suma, está feita sob medida para pilotos horizontais. E isto, tanto quanto a vantagem já construída, aponta Fernando Alonso como principal candidato ao título.
Quase tudo que foi dito sobre Fernando Alonso pode ser repetido em relação à qualidade histórica da atual temporada, e da campanha até aqui protagonizada pelo asturiano.
Começando pelo campeonato, ele talvez não seja o melhor já contado pela F1, mas certamente está na briga. Após um início que pecou pelo excesso, o ano entra numa fase de estabilidade, ditada não mais pela imprevisibilidade dos pneus, mas sim pelo equilíbrio de forças entre as equipes principais e pela pilotagem vigorosa de alguns corredores. A proximidade de tempos atual já seria típica de uma categoria monomarca, mas a realidade acaba sendo muito melhor com a diversidade de projetos em pista. E, claro, o equilíbrio estende-se também ao plano dos pilotos, com diversos nomes revelando-se capazes de grandes atuações.
Dentre eles, claro, destaca-se Fernando Alonso.
O brilho de sua atual temporada já vem motivando comparações a algumas das melhores atuações individuais na história do campeonato mundial, e não parece haver exageros nisso. Obviamente a Ferrari tem hoje um carro capaz de brigar por poles e vitórias, mas não podemos nos esquecer que Alonso também tem méritos nisso. Afinal foi ele – sobretudo através de sua grande vitória na Malásia – quem soube manter a equipe motivada e com esperanças, num momento em que a água já tocava o pescoço. Para além das soberbas atuações recentes, o grande diferencial de sua campanha terá sido a forma como chamou a responsabilidade no início do ano, ao volante de um carro muito ruim, mantendo-se na briga na base da raça e da teimosia.
Todavia me parece algo um tanto exagerado, e até fora de propósito, comparar tais atuações ao que, por exemplo, Ayrton Senna fez em 1993. Ayrton naquele ano, ao menos até o GP da Alemanha, tinha um carro que era facilmente 2s mais lento que as Williams de Prost e Hill, e manteve-se na liderança do mundial até a sexta etapa somente porque teve oportunidades climáticas, e porque guiou como um deus. Não foi campeão, é verdade, mas uma breve análise dos pontos perdidos com falhas mecânicas leva a crer que a disputa teria seguido até o fim, em condições atuais.
Novamente, não diria que Alonso está sendo o mais destacado de todos os tempos (existem outras grandes campanhas além da de Senna em 93, obviamente), mas que estamos vendo sim um dos mais nobres capítulos da F1 sendo escrito a cada novo GP. Em Hockenheim, por exemplo, ele conseguiu a proeza de vencer sem ter o carro mais rápido, em tempos de kers, asa móvel, vários pit stops e, infelizmente, punições questionáveis.
Horas após a bandeirada, foi anunciada a punição de 20s a Sebastian Vettel, por ter utilizado parte da área de escape em sua manobra derradeira de ultrapassagem sobre a McLaren de Jenson Button.
Pessoalmente, discordo da decisão. Não vi qualquer ganho na utilização da área de escape – a rota acabou sendo maior do que na linha habitual, e a tração ali era certamente menor do que no traçado limpo. Além disso, Vettel não escolheu a rota deliberadamente, mas apenas alargou a trajetória ao optar por manter-se lado a lado com a McLaren, e não encontrar pista suficiente para isso.
Ao longo de toda a corrida inúmeras vezes pilotos aceleraram tudo que podiam após escaparem rumo às margens da pista. Vettel fez exatamente a mesma coisa, e igualmente não estava lá porque queria. Button, simplesmente, não deixou espaço para o piloto que estava a seu lado.
Igualmente não culpo Button. Simplesmente não vi nada digno de punição na manobra, e aguardo pelas opiniões dos amigos.
Bom, temos que falar sobre os brasileiros, né?
Basicamente, toda a gama de atribuições de um piloto pode ser ramificada em dois troncos principais, antes de serem desmembradas de maneira mais específica: 1) aquilo que compõe o ritmo de prova; 2) aquilo que se encontra além do ritmo de prova.
O segundo conjunto eu chamo de posicionamento. Uma palavrinha simples, mas que no automobilismo encerra uma compreensão e uma série de fatores raramente avaliados e dominados plenamente por pilotos, mesmo no seleto clube dos campeões mundiais. O conjunto de fatores que leva um verdadeiro campeão a construir a própria sorte, e faz com que um piloto passe a vencer corridas mesmo quando não dispõe do melhor ritmo de prova.
Resumindo de forma incompleta, o conceito de posicionamento engloba tudo aquilo que pode ajudar um piloto a percorrer em menos tempo a distância de um GP, que não passe diretamente pela forma como ele conduz o carro. Certamente o ritmo é o ponto central no potencial que um piloto tem de se tornar vencedor – sem ritmo nenhum piloto chegará a lugar algum. Dominar o posicionamento, todavia, é atingir um patamar mais elevado, tornar-se refinado. Enquanto o ritmo ajuda o piloto a vencer quando dispondo de bom equipamento, o posicionamento o leva a vencer sob circunstâncias improváveis.
Pilotos que dominem esta arte tendem a ser vistos como sortudos.
Da teoria à prática, tanto Bruno Senna quanto Felipe Massa apresentavam, no início do ano, problemas tanto de ritmo quanto de posicionamento. A boa notícia é que ambos parecem ter solucionado os problemas com o ritmo, e isso ficou muito claro neste GP da Alemanha quando observados seus tempos de volta e as durações de suas pernas de corrida. Bruno Senna, por exemplo, manteve-se por diversas voltas à frente dos líderes, quando voltou à pista na condição de retardatário. Felipe, igualmente, girou sempre no ritmo dos ponteiros.
As más notícias, no entanto, dão conta de que ambos continuam a se posicionar mal desde os treinos, e depois em disputas que simplesmente não deveriam estar travando. E, conforme lembrou a Autosport na semana passada, a contagem regressiva está aberta para ambos.
Na GP2, ao menos, as coisas estão cada vez melhores para o Brasil, com a fase magnífica de Luiz Razia, e um Felipe Nasr cada vez mais à vontade na categoria.
Vale a pena conferir.
Abraços a todos, e uma ótima semana.
30 Comments
Acho que em todo caso em que há punições questionáveis, devemos nos perguntar: “como seria se isso fosse liberado?”. Muitos lembram com saudade da época em que esse tipo de punição não existia, com razão. Só que naquele tempo o que havia fora da pista era brita ou grama – isto é, o piloto que resolvia tentar uma ultrapassagem por fora da pista o fazia por conta e risco e o fato de não haver punição era compatível com o fato de que, na maioria das vezes (tirando obras de arte como a citada batalha Villeneuve-Arnoux), o mais provável é que o piloto que fosse por fora tivesse mais prejuízo que vantagem, o que tornava a proibição desnecessária. Mas hoje em dia faz sentido sim que seja proibido: a área fora da pista tem aderência e portanto sempre é vantajoso “sair da pista”. Assim, se não houvesse punição, as corridas iriam virar uma bagunça e os limites da pista não teriam razão de existir, já que todo mundo iria até o fim da área de escape. Talvez na época da ultrapassagem do Schumacher contra o Trulli não tivessem atentado a esse fato pelo fato desse tipo de área de escape ser novidade, mas é inegável que ela dá sim uma vantagem para quem vá por fora e deva ser punida.
Pessoal, no link abaixo vocês podem conferir um lance muito parecido ao deste último domingo. Aconteceu em 2003, na mesma curva. Schumacher passa Trulli por fora da pista, e não recebe punição. Será que o regulamento mudou tanto assim desde aquela época? Ou os comissários de prova estão cada vez mais ranzinzas?
https://www.youtube.com/watch?v=7xPJeBzqoBk&feature=player_embedded
Não resta duvidas que a manobra do Schumacher foi ilegal … com ou sem regulamento … não é a toa que ele sempre foi o Dick Vigarista da Formula 1 …
Fernando Marques
Niterói RJ
Tive a impressão de que no caso do Schumacher nesse vídeo, ele voltou para a pista ainda ao lado do Trulli e só então completou a ultrapassagem. Já na ultrapassagem do Vettel, a imagem deixa bem claro que ele já voltou para a pista na frente do Button.
Vi e revi o vídeo várias vezes, mas a dúvida persiste. Se essa imagem fosse exibida em outro ângulo, talvez ajudasse a esclarecer.
Mais alguém teve essa mesma impressão?
Lucas, o Vettel completou a manobra de ultrapassagem FORA da pista.
Foi o que eu disse, Sérgio.
O Vettel voltou para a pista já na frente do Button, ou seja, completou a ultrapassagem fora da pista.
A minha dúvida é a respeito da manobra do Schumacher no vídeo que o Cassio postou. Ali eu tive a impressão que ele voltou para a pista antes de completar a ultrapassagem.
Realmente, pelo ângulo da imagem parece que Schumacher voltou à pista lado a lado com Trulli, mas com mais velocidade, permitindo completar a ultrapassagem. Observando ambos os casos sob a luz do regulamento atual (já citado nos comentários abaixo), tanto Schumacher quanto Vettel teriam tirado vantagem da existência do asfalto fora da pista para conseguir a ultrapassagem. São dois casos semelhantes que tiveram desfechos diferentes devido à diferentes interpretações das regras.
Como eu disse anteriormente, o problema não reside no regulamento em si, mas sim no fato de existir asfalto margeando a pista!
Marcio, o paralelo traçado entre a configuração dos motores e as características dos pilotos foi fantástica!
Comentando a punição do Vettel, parece que ela encontra amparo no regulamento, mas este mesmo regulamento não diz que o Button teria que deixar espaço suficiente para que o Vettle permanecesse na pista?
O Button empurrou o Vettel para fora da pista, naquilo que alguns chamam de “espalhar”, e o Vettel tirou vantagem disto para ultrapassá-lo. Ao meu ver, ambos cometeram irregularidade na manobra e poderiam ser punidos.
Aliás, gostaria de iniciar uma discussão sobre este negócio de “deixar o carro espalhar”. O que vocês acham, é ou não é uma conduta válida esportivamente?
Fabiano, não foi bem assim não. O Button dá espaço suficiente para o Vettel. Na imagem do link abaixo, dividida em seis frames, vê se claramente que no frame 4, o Vettel já aponta em direção a área de escape. Ai Button continua seu trajeto normal e nem esboçou reação, pois pensou que o Vettel ia “devolver” a posição.
https://fbcdn-sphotos-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/s480x480/530122_457212587630236_2108203774_n.jpg
Abraços!
Fabiano,
o Button poderia continuar emparelhado com Vettel após a curva e tirou o pé … e fez o que deveria fazer … reclamou pelo radio para que realmente houvesse ao menos uma investigação pela ultrapassagem … como bem disse o Manuel abaixo até a Red Bull deveria ter chamado a atenção do Vettel no sentido dele devolver a posição … e não fez … o regulamento seja bom ou não deve ser sempre respeitado …
Esta questão de espalhar depende de caso pra caso … não dá para generalizar … Arnoux e Villenueve travaram o melhor duelo já visto nas pistas da Formula 1 e ambos espalharam a vontade sem prejuizo a ninguem … já que o Hamilton espalhou o Maldonado e deu no que deu …
Fernando Marques
Niterói RJ
Fabiano,
Não penso que a “espalhada” do Button tenha sido proposital. Como ele fez a tomada do hairpin por dentro – o que tecnicamente chamamos de “ápice adiantado” – naturalmente ele terminaria a curva por fora.
Já o Vettel começou a curva por fora, mas se conseguisse terminá-la por dentro – ápice atrasado – teria conseguido dar um “xis” no Button. Mas como não conseguiu, o máximo que pôde fazer foi acompanhar o Button pelo lado de fora e acabou fora da pista. Se houvesse brita ou grama ali, certamente ele teria freado e deixado o Button passar para não sair da pista e correr o risco de ficar preso ali.
É muito bom fazer um comentário e receber respostas tão bem embasadas, posso até discordar de algumas delas, mas não dá para negar que os pontos de vista foram muito bem defendidos.
Esse é o GPTotal!
Sérgio, olhei os frames e não consegui tirar a mesma conclusão que você. Mas a manobra foi bem no limite mesmo, dava para o Vettel ficar ao lado do Button, com as rodas do lado direito na zebra e as do lado esquerdo fora da pista. Resta saber se isso é deixar espaço suficiente. Eu acho que não, mas respeito quem pense diferente.
Neste vídeo http://www.dailymotion.com/video/xsdvxz_vettel-overtakes-button-in-f1-german-gp-hockenheim-2012_auto?search_algo=2 , principalmente nas imagens aéreas, dá para ver que: 1) durante a manobra Vettel percebeu que não sobraria espaço para ele e optou por terminar a manobra por fora da pista; 2) se Vettel tivesse permanecido ao lado de Button os carros teria se tocado pois a McLaren de Button dá uma boa escorregada para o lado na saída da curva.
Fernando e Lucas, também penso que em alguns casos não tem como evitar a “espalhada” e nestes casos a ação é justificável, mas isto em curvas de alta velocidade, onde a ultrapassagem aconteceu, bastava o Button tirar um pouco o pé que haveria espaço para os dois, mas ele abriria mão da posição.
A manobra foi controversa, continuo achando que ambos pilotos erraram, mas o erro maior (na minha opinião) foi da direção de prova ao interferir no resultado da prova.
Abraço!
Márcio, com o perdão da palavra, puta coluna maneira! O ponto de vista sobre o Alonso é fenomenal!
Sobre a punição de Vettel, duas coisas:
1- A ultrapassagem foi simplesmente do caralho!
2- De acordo com o que foi fechado no Briefing, antes da corrida, é que qualquer ultrapassagem que se utilize a parte externa (resumindo, fora das linhas brancas com asfalto no meio), era passível de punição. Tanto que imediatamente, Button questionou no rádio e o Vettel, após a corrida, reclamou da ultrapassagem do Hamilton e mal questionou a punição.
Abraços!
Obrigado pelo elogio, Sérgio.
Não sabia sobre o briefing, e curto muito ler as opiniões dos amigos do site. Concordando ou discordando, são sempre bem fundamentadas e nos fazem pensar.
Abraços!
O Vettel não pilotou como campeão neste domingo … saiu varias vezes da pista … foi ultrapassado pelo Hamilton retardatario … na verdade ele errou muito neste GP da Alemanha … talvez ele fez a sua pior apresentação desde que está na Formula 1 …
Fernando Marques
Niterói RJ
É… Como vemos, parece que o regulamento precisa ser mais detalhado neste aspecto, não? Como disse o Moy, a coisa deveria ser mais “preto no branco”.
Abraços a todos, e obrigado pelas manifestações.
O problema da punição, é que a FIA sempre deixa margem para tudo. Tanto no regulamento, quanto na avaliação. Nada é muito “preto no branco”.
Se o asfalto fora da pista é para proteger o piloto, pq ele não começa a 2 metros depois da pista? Bastava deixar esta faixa antes do “asfalto de segurança” com grama, brita, areia, ou o que fosse.
Assim teríamos certeza que não houve vantagem em sair da pista.
Abração!
Inclusive em Hockenheim há essa faixa “intermediária” de grama, por exemplo, após o grampo que dá acesso a reta-“curva” (ao menos é assim no unleashed 2, do X-Box)…
Bem observado Moy, a causa raíz do problema não é o regulamento em si, mas a existência do “asfalto de segurança” ao lado da pista.
Abraço
Marcio,
penso que pelo rendimento do Alonso ao longo da temporada até o momento que a Ferrari não era assim tão ruim no inicio e nem seus concorrentes tão bons como se pensava … e uma outra verdade é que as equipes já não estão se assustando tanto com o rendimento dos pneus e se adequando a eles … no mais seu comentario sobre Alonso está perfeito …
Com relação a punição do Vettel, acho justa, assim como ele deveria ter cedido a posição de volta ao Button e depois tentar novamente ganhar a posição dentro da pista. Havia tempo e ele tinha carro para tal … se assim o fizesse não seria punido … ele usando area do escape, teve mais espaço e velocidade na curva … o Button não reagiu achando que ele fosse ceder a posição o que seria o certo …
Quanto ao Massa e ao Senna nem me decepciono mais … não espero nada de bom vindo deles este ano … o toque do MAssa deu era perfeitamente evitavel …
Fernando Marques
Niterói RJ
Mais um detalhe … acho que o Vettel não pode nem reclamar do Hamilton depois daquela ultrapassagem …
Fernando Marques
Niterói RJ
Muito bem exposto, Fernado !
Podemos, até, concluir que o Vettel nao foi punido pelo que fez ( ultrapassar por fora da pista ), mas por pelo que nao fez ( devolver a posiçao obtida ilegalmente ).
O regulamento é muito claro neste caso no seu artigo 20.2 :
Should a car leave the track the driver may rejoin, however, this may only be done when it is
safe to do so and without gaining any advantage. ( Caso um carro saia da pista, o piloto pode voltar a ela, no entanto isto somente deve ser feito quando seja seguro e sem obter vantagem ).
O raro é que ninguem da Red Bull lhe disesse que devia ceder a posiçao de volta a Button.
Belo texto Márcio!
Alonso esta fazendo a diferença, e a sua atuação esta lembrando bem a do Ayrton em 1993, tanto na pista, quanto no segundo carro da equipe, ou seja, levando o time ao sucesso praticamente sozinho.
E o Massa ainda vem dizer que o Fernando precisa da sua ajuda.
rsrs
Chega a ser cômico, pois do jeito que andam as coisas, se o Alonso depender dele, estará lascado.
http://www.grandepremio.com.br/noticias/mais-confortavel-na-f2012-massa-diz-que-alonso-precisa-de-sua-ajuda-para-conquistar-titulo/
Abraço e parabéns!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Olá Marcio;
Concordo com você, Alonso parece ser o piloto mais equilibrado do grid hoje, e a classificação de piloto horizontal cai como uma luva para o espanhol.
Quanto à comparação com a temporada 93, acredito que a McLaren daquela temporada ficou mais tempo na penúria do que a Ferrari este ano. Logicamente, isso tem de ser relativizado. A Williams 93 era muito superior a tudo e todos, enquanto este ano o equilíbrio entre as equipes é muito maior. Por outro lado, sem a atuação de Alonso no início da temporada, a Ferrari certamente não estaria disputando o título até agora.
Já a punição dada a Vettel foi completamente desnecessária. Vettel não tirou vantagem da situação, e se conseguiu a ultrapassagem foi mais por falta de tração da McLaren de Button, que ja tinha os pneus em frangalhos, do que pelo “beneficio” de andar fora da pista.
Abraços
Cassio
Concordo plenamente contigo, Cassio, embora o assunto seja complexo e admita inúmeros pontos-de-vista discordantes.
Abraço e escreva sempre!
Oi amigao, excelente a comparaçao entre Alonso e os motores quadrados !
Respeito à puniçao de Vettel, foi simplesmente conforme com o regulamento, que diz que o piloto nao pode se beneficiar de circular por fora da pista. Certamente Button nao deixou espaço, mas é que ele precisava desse espaço para si mesmo !
Imaginen un jogador de futebol que avança com a bola rumo ao gol rival até que um dos defesas lhe corta o caminho de maneira tal que, para poder superá-lo, o atacante leva a bola ligeiramente para fora do campo durante um breve instante. Nao foi isso o que aconteceu com Vettel, o atacante, e Button, o defesa ?
É na pista onde se devem disputar as posiçoes, nao fora dela. Esses generosos espaços adjacentes à pista, foram previstos para proteger a integridade do piloto, nao para conceder-lhe vantagem.
Obrigado pelo comentáro e pela opinião, meu amigo! Forte abraço, e tenha uma ótima semana. 😉
Márcio: excelente artigo. Dá gosto de ler.
Obrigado pelo retorno, meu amigo. Abraço, e tudo de bom.
Sem dúvida!