Números

Ganhando na estréia
12/12/2001
BMW vai de 900 cavalos
17/12/2001

Edu,

A FIA fez o favor de nos contrariar e divulgou uma nova lista de números das equipes e pilotos para 2002. Algumas, como a Sauber, reclamaram que teriam direito a usar números mais baixos se fosse seguido o critério adotado desde 1996, de atribuir os números seguindo a ordem do Mundial de Construtores do ano anterior.
Com isso, a nova numeração passa a ser esta:

Ferrari (motor Ferrari, pneus Bridgestone)
1-Michael Schumacher 2-Rubens Barrichello

McLaren (motor Mercedes-Benz, pneus Michelin)
3-David Coulthard 4-Kimi Raikkonen

Williams (motor BMW, pneus Michelin)
5-Ralf Schumacher 6-Juan Pablo Montoya

Sauber (motor Petronas, pneus Michelin)
7-Nick Heidfeld 8-Felipe Massa

Jordan (motor Honda, pneus Bridgestone)
9-Giancarlo Fisichella 10-Takuma Sato

BAR (motor Honda, pneus Bridgestone)
11-Jacques Villeneuve 12-Olivier Panis

Renault (motor Renault, pneus Michelin)
14-Jarno Trulli 15-Jenson Button

Jaguar (motor Cosworth, pneus Michelin)
16-Eddie Irvine 17-Pedro de la Rosa

Prost (motor a definir, pneus Michelin)
18-(Frentzen) 19-(Enge)

Arrows (motor Cosworth, pneus Bridgestone)
20-(Jos Verstappen) 21-(Enrique Bernoldi)

Minardi (motor Asiatech, pneus Michelin)
22-(Alex Yoong) 23-(Heinz-Harald Frentzen, Tarso Marques, Tomas Enge e outros…)

Toyota (motor Toyota, pneus Michelin)
24-Mika Salo 25-Allan McNish

Pode reparar que Olivier Panis, que antes mantinha o 9 e deixava Villeneuve com o 10, agora deixa o número mais baixo para o primeiro piloto, como é praxe nas equipes.

Aliás, esse negócio de numeração dos carros é uma coisa muito curiosa. Parece uma bobagem, mas no automobilismo europeu os números mais baixos indicam que seu portador é uma equipe ou piloto de ponta (isso começou com o uso do número 1 pelo campeão mundial a partir da metade da temporada de 1973). No automobilismo americano e mesmo no brasileiro, isso não é levado tão a sério: muitas vezes, os campeões de determinadas categorias preferem manter seus números tradicionais, mesmo tendo direito de usar o número 1.

Na Europa, algo parecido ocorre no motociclismo. O campeão de 2001, Valentino Rossi, afirmou que pretende manter seu número tradicional (46) no próximo ano. Nos anos 70, outro campeão mundial, o inglês Barry Sheene (bicampeão na 500 cm³), preferiu manter seu tradicional número 7 nos anos de 1977 e 1978 (as temporadas seguintes às de seus títulos).

Só como mera curiosidade: de 1974 para cá (quando as equipes passaram a usar o mesmo número durante todo o ano), o número mais usado pelos campeões mundiais foi o 5. Foram sete títulos: Emerson Fittipaldi (1974), Mario Andretti (1978), Nelson Piquet (1981 e 1983), Nigel Mansell (1992), Michael Schumacher (1994) e Damon Hill (1996). O número 1 vem a seguir, com cinco conquistas (Prost em 1986, Senna em 1991, Schumacher em 1995 e 2001, Mika Hakkinen em 1999). Outros números usados por campeões mundiais de 1974 para cá nas temporadas de seus títulos foram 2, 3, 6, 8, 11, 12 e 27.

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Edu, tudo bem que você não gostasse do Prost. Eu também achava muito monótono ver o francês ganhando um monte de corridas com um p… carro e guiando certinho, redondinho, sem dar espetáculos. Mas chamá-lo de “perdedor” é um certo exagero. O cara ganhou 51 corridas e quatro títulos mundiais, pô! Quisera eu ser perdedor como ele (como piloto, é claro. Como dono de equipe, nem pensar…).

Você citou alguns erros visíveis do narigudo. Mas todo grande piloto já cometeu erros os mais grosseiros – inclusive Emerson, Piquet e Senna, a quem tanto idolatramos. Fangio e Nuvolari devem tê-los cometido também. A diferença é que na época deles não havia câmeras de TV filmando cada milímetro de pista que eles percorriam…

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Ainda sobre Prost. Meu amigo Tales Torraga fez o favor de lembrar o nome do obscuro projetista do Prost AP-01, de 1998: Loic Bigois, hoje na Minardi (fazendo o quê, não sei). Obrigado, Tales.

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Para quem gosta de quebrar a cabeça: o site www.motorracingretro.i12.com/home.htmtem uma seção chamada “Play Detective” (“Brincando de detetive”). Trata-se de fotos nas quais faltam elementos de identificação (nome do piloto, do carro, local, corrida ou tudo isso). É divertido, mas jogo duríssimo, pois quase todas as fotos são da década de 30 e a mais recente é dos anos 70.

Abraços,

Panda

GPTotal
GPTotal
A nossa versão automobílistica do famoso "Carta ao Leitor"

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