Formula 1 de volta, não há como não se empolgar. Ainda mais que esse é o ano crucial para categoria em todos os sentidos: audiência, esportivo, financeiro.
O campeonato de 2018 vem para testar novamente um Vettel contra Hamilton, com chances de promover a estrelas duas novas gerações de pilotos. O regulamento mudou, o novo dono entra no seu primeiro ano completo e vários pilotos encerram seus contratos em dezembro.
Assunto não vai faltar, será que teremos boas corridas também?
2005, 2009 e 2014, as três mudanças anteriores de regulamento promoveram a ascensão de equipes ao domínio da F1. Aí em 2017 a Mercedes quebrou essa lógica. Fez um carro “difícil” de ser acertado, mas que era superior por larga margem. A dificuldade de acertar o carro, gerou o apelido de “Diva”, mas, poxa vida, qualquer equipe gostaria de ter dores de cabeça para acertar um carro e, na hora H, dominar o grid, não?
Como a F1 gosta de emoção, por que não mudar as regras para 2018 também? Vamos lá, sem problemas. Aplicaram o Halo nos carros e conseguiram os carros mais pesados da história da F1. Também aproveitaram para banir os complicados sistemas de suspensão que alteravam a altura dos carros conforme o ângulo do volante imposto pelo piloto. As horríveis T-wings e barbatanas, foram banidas, por hora. Mais algumas restrições de asas, aletas, parafernálias e penduricalhos, além do fim do uso do óleo lubrificante como aditivo de potência para gasolina.
Nesse ponto, temos que dar razão ao Sr Toto Wolff: eles vão prevalecer em todas as mudanças de regulamento, como provaram em 2017. É simples o raciocínio: ele tem mais recursos (humanos e financeiros) que todos os times, ele pode desenhar e testar mais peças e com mais rapidez, tudo isso sem comprometer o ano corrente. Para Wolff, a única forma do grid ficar mais próximo é manter um regulamento técnico estável.
Na ponta promocional, chegou a hora da Liberty mostrar seu valor. Audiências em baixa no mundo todo, sumiço dos brasileiros do grid (ainda uma das maiores audiências em TV aberta no mundo), corridas confusas e uma equipe dominante. O que fazer?
Os testes de inverno deram várias pistas. Temos vários planos na mesa, que precisam de boa execução. Teremos uma plataforma online de transmissão em breve. Novos gráficos mais explicativos, um canal de vídeos no youtube com vídeo oficiais!!! Parece banal, mas até 2017 a gente não conseguia nem chegar perto de um conteúdo online, mesmo que gerado por fãs, porque a F1 sempre dava um jeito de “tirar do ar”.
E pasmem, temos uma primeira campanha de marketing global da F1! Da história!
Vamos bater umas palmas pro senhor Bernie, fez um esporte de bilhões sem nunca ter lançado mão de um comercial de TV.
Na contramão dessas novidades, as mudanças que ninguém entende. Um monte de pneus coloridos e a restrições de unidades de potência.
Agora os pneus, não se perca, são hypersoft (rosa), ultrasoft (roxo), supersoft (vermelho), soft (amarelo), medium (branco), hard (azul), superhard (laranja). Fácil.
E os motores? Só podem usar 3 unidades de potência esse ano. Verdade ou mentira? Em partes, veja bem, são 3 unidades de combustão, 3 MGU-H, 3 Turbo, 2 MGU-k, 2 Baterias e 2 CPUs. Não custava muito dizer que 3 de cada, não é mesmo?
No campo esportivo, os testes de inverno, pra variar, não mostraram nada sobre os favoritos. O maior indicativo sempre é a quantidade de voltas. Aí é um indicativo se o time tem uma plataforma que pode ser desenvolvida.
Obviamente, que tem carro bom, anda mais e anda de forma mais constante. Olhando por esse lado, os testes mostram um favoritismo para a Mercedes. Na sequência temos a dupla da Ferrari e RedBull, em uma disputa que vai variar de pista pra pista.
Para meio do pelotão está impossível de dizer quem está em qual posição. Algumas certezas, Sauber ficará lá no fim e o grupo e as disputas serão intensas pelo pontos. Há mais indícios para decepções, Williams e Force India não mostraram nenhum traço de força e devem ser superadas por Hass, Renault e até McLaren. As duas equipes vinham para 2018 recheadas de expectativa. A Williams pela liderança técnica de um carro criado sob a gestão de Paddy Lowe. Já a Force India tem a dupla mais explosiva da temporada e vem de um constante crescimento nos últimos anos.
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Quantos km rodou cada time durante os testes?
1 Mercedes 4841
2 Ferrari 4324
3 Toro Rosso 3826
4 Williams 3812
5 Renault 3701
6 Sauber 3659
7 Red Bull 3645
8 Force India 3310
9 Haas 3231
10 McLaren 2788
Esse ano também temos a chance de ver mais um pentacampeão do mundo. Com Hallo, com chinelo, com regras confusas, mesmo assim, é um momento histórico. A torcida é total para um ano competitivo, com os dois grandes tetracampeões em condições similares que permitam uma boa batalha pelo titulo com corridas empolgantes!
O que vocês esperam para essa temporada?
Abraços, Flaviz Guerra – @flaviz
3 Comments
Bora para mais uma, Flaviz!!!
Um ótimo final de, e um excelente GP a todos!!
Abraço
Mauro Santana
Curitiba PR
Caros amigos, boa tarde.
Eu achei o halo esteticamente horrível, mas, desde o acidente fatal do Jules Bianchi, estava forte a pressão por alguma “solução” como essa. Talvez ele tivesse escapado se já houvesse algo do gênero…
Quanto ao prejuízo à visão do piloto e às dificuldades de remoção em caso de acidente, não me parece que sejam piores do que num carro de turismo… num stock car, por exemplo, a visibilidade é péssima (certamente pior do que num F1 com halo) e a dificuldade de extração do piloto, com tantas barras de proteção, santo antônios, etc., é bastante alta.
Abraços, bom GP e boa temporada (já estava em crise de abstinência)!
João Paulo, SP
Flavis,
mudanças no regulamento mas na prática parta mim vai ser a mesma coisa que o ano passado, salvo alguma surpresa by RBR …
A minha maior expectativa será em saber se realmente as sandálias da Formula 1 não vão perder as tiras …
Se tiver que torcer, vou este ano torcer pelo Max Verstappen, até por que somente ele
pode trazer alguma coisa de nova na Formula 1. Hamilton e Vettel já ganharam muita coisa.
Fernando Marques
Niterói RJ