o lance ousado de Rubinho

Panda

Posso ser um pouquinho do contra em relação à sua sugestão de passar esparadrapo na boca do Rubinho e às brincadeiras em torno do tema enviadas pelo Wagner Gonzalez? Posso mesmo? Então tá…

Acho que o Rubinho não anda falando tanta bobagem assim ao ameaçar a Ferrari de não aceitar ordens da equipe nas primeiras corridas, de ser uma pedra no sapato do sapateiro e de exigir mais atenção da equipe. Aliás, acho que muito em breve, Rubinho vai soltar mais algumas bravatas. Podemos até dar risada e pensar “lá vem o Rubens de novo…” mas acho que nosso amigo está dando os seus primeiros lances no eletrizante jogo Ferrari 2003.

Vamos rememorar: Luca di Montezemolo disse não ver nenhum problema em manter Rubinho na equipe em 2003 (o contrato do brasileiro termina este ano), condicionando apenas à melhora do seu relacionamento com o resto da equipe.

Uma frase deste tipo pode ser perfeitamente entendida como: “não conseguimos ninguém melhor para o papel de segundo piloto da Ferrari em 2003”.

Se Rubinho entendeu o recado de Luca e aceitou jogar o jogo, sua resposta pode ser lida da seguinte maneira: “ok, mas quero mais grana e melhores condições de trabalho”.

Lembrem-se que, no ano passado, lá pelo GP da Áustria, Rubinho disse um monte de coisas que os espertos aqui consideraram bobagem e depois conseguiu mais um ano de contrato e um aumentozinho de salários de uns dois milhões de dólares.

Nosso garoto talvez não seja tão ingênuo quanto costumamos pensar…

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Na coluna passada, prometi listar as demais perguntas que a temporada 2002 vai responder, além de esclarecer se a crise que atingiu a Prost foi um fato isolado. Vamos lá:

Meus palpites:

1) sim
2) BMW
3) Sauber
4) Arrows
5) Ficam onde estão
6) Para lugar nenhum

A questão levantada na minha coluna anterior (a crise que soterrou a Prost é um fato isolado?) já teve uma primeira resposta em recente entrevista do presidente da Fia, Max Mosley.

Ele disse que há planos em estudo para reduzir custos na Fórmula 1. Uma delas seria a limitação de uso pelas equipes de um único motor durante todo o final de semana de GP. Se o motor quebrasse no treino, o piloto seria obrigado a largar em último lugar.

Seria, de fato, uma grande economia. Um motor de Fórmula 1, que custa mais de R$ 600 mil, dura pouco mais de um GP – 300 km – e depois vai quase inteiro para o lixo. Motores de classificação duram ainda menos e devem custar mais caro.

Só acho que a medida é ruim para as montadoras e, por isso, inviável. Ou você acha que potências como Ford, Toyota, Renault, Mercedes, BMW e Honda vão querer ver aquelas belezes na última fila porque alguma coisa se quebrou?

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Pela intensidade dos treinos que Anthony Davidson (quem?) vem fazendo com a Bar, creio que a saída de Jacques Villeneuve da equipe já pode ser considerada um fato consumado.

Segundo boatos na imprensa inglesa, Villeneuve exerceria o

seu direito de abandonar a equipecaso não considere satsifatório o desempenho do carro. Os tempos obtidos pela Bar nos treinos pré-temporadas não são de deixar ninguém satisfeito, a não ser as demais equipes. Se não perdi nada dos treinos em Barcelona, a melhor volta de Villeneuve com o Bar 2002 foi 1s2 mais lenta do que o seu tempo nos treinos de 2001.

Abraços

Eduardo Correa