PREVISÕES FURADAS

Edu,

Parcerias como as que temos com o Grande Prêmio (www.grandepremio.com.br) também têm destas coisas… Veja o “presentão” que nosso amigo Tales Torraga me enviou na última segunda-feira:

Campeonato disputado? Só na previsão

“Apesar de achar que a Ferrari está em vantagem, acho que estamos muito próximos de ver uma disputa parecida com a de 1986. Lembra daquele ano? Prost, Mansell, Piquet e Senna, que terminaram o campeonato nesta ordem (que derrota dolorida…), fizeram um campeonato que eu considero um dos três mais empolgantes e eletrizantes de todos os tempos (…). As equipes são praticamente as mesmas: McLaren, Williams e Ferrari (em 1986, era a Lotus).”

Palavras de Luiz Alberto Pandini no GPtotal em 25 de fevereiro de 2002.

É por isso que detesto fazer previsões. Sempre tem um amigo-da-onça para lembrar da bobagem que você escreveu em tempos idos…

Obrigado, viu, Tales? Pode mandar também o trecho da semana passada em que eu citava a possibilidade de “arranjarem” o título da Copa para a Argentina. E aguarde a minha desforra…

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Ontem assisti à entrevista de Hélio Castro Neves no “The Late Show”, o programa de entrevistas do David Letterman, que o canal GNT passa aqui no Brasil. Para quem não conhece, é o programa que inspirou o do Jô Soares: apresentador em uma mesa, entrevistados em uma poltrona, banda interagindo com o apresentador, músicos convidados dando uma “canja” no final do programa.

Letterman é um dos apresentadores mais populares dos Estados Unidos. E adora automobilismo: é sócio da equipe do Bobby Rahal na CART e, também, na participação especial da Rahal em Indianapolis (onde a equipe se chamou Rahal Letterman). A entrevista com o Hélio foi bastante divertida, até porque neste caso o piloto era tão espirituoso quanto o apresentador.

A certa altura, Letterman colocou no ar o áudio de Stephanie, repórter que esteve em Indianapolis para produzir matérias para o programa. Sua pergunta: “O que acontece quando vocês espirram dentro do capacete?”

Hélio hesitou e depois riu. Tente se imaginar espirrando enquanto pilota um carro a 350 km/h… “Tiro o pé do acelerador!”, brincou o piloto. “A equipe acha meio estranho, pergunta o que aconteceu, mas digo que não foi nada e sigo em frente…”

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No final do ano passado, Letterman entrevistou Gil de Ferran, que havia acabado de conquistar o título da CART. Comparando as duas entrevistas, chamou nossa atenção (minha e de minha mulher) o fato de que nenhuma vez Letterman referiu-se a Gil e Hélio como sendo pilotos brasileiros, nem ter surgido qualquer conversa sobre Brasil durante a entrevista. Foi como se os dois fossem estadunidenses natos.

Isso é típico de lá: eles “nacionalizam” os esportistas de outros países que derrotam seus ídolos locais, em vez de ficar hostilizando e desqualificando as conquistas de quem o faz por merecer. Foi neste contexto, por exemplo, que Emerson Fittipaldi virou “Emmo” nos Estados Unidos. Uma postura bem mais despreocupada e construtiva do que a verificada em outras plagas.

Abraços a todos,

Panda