R$ 2.047.986,80

DESPISTANDO OS ADVERSÁRIOS
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para que tanta potência?
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Panda

Gostaria de adquirir um carro de Fórmula 1? Não tem problema. Pague R$ 2.047.986,80 e leve o seu Fórmula 1 hoje mesmo…

Autosprint – a revista italiana de automobiismo – publica em sua edição de 15 de janeiro o custo detalhado de um Fórmula 1, parte por parte, tomando por base uma planilha preparada pela Williams.

Anote aí (para facilitar, converti os valores deeuros em reias, ao câmbio de R$ 2,15, e dei uma arredondada nos resultados parciais):

Motor: R$ 620 mil
Chassi: R$ 310 mil
Fundo do chassi: R$ 2,8 mil
Telemetria: R$ 275 mil
Câmbio: R$ 223 mil
Engrenagens de câmbio: R$ 5,6 mil
Volante: R$ 172 mil (!!!)
Suspensão: R$ 120 mil
Carroçaria: R$ 69 mil
Aerofólios dianteiro e traseiro: R$ 62 mil
Tanque de gasolina: R$ 34,4 mil
Pinça de freio: R$ 69 mil
Pastilhas de freio: R$ 6,8 mil
Pneus: R$ 20,6 mil
Rodas: R$ 10,3 mil
Extintores de incêndio: R$ 13,7 mil
Escapes: R$ 10,3 mil
Assento: R$ 8,5 mil
Pedaleira: R$ 3,4 mil

Surpresa? Nem tanto. Eu já havia lido antes que o custo de construção de um Fórmula 1 completo – veja bem: construção e não projeto, desenvolvimento, testes etc. – girava em torno de um milhão de dólares.

 

 

Surpresa mesmo é o custo de um volante: R$ 172 mil! É que, como explica Autosprint, um volante de Fórmula 1 incorpora hoje mais recursos de informática do que o meu computador, o seu e o dos leitores de GPTotal juntos.

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Quer continuar no tema “Números Curiosos da Fórmula 1”? Pois vamos lá: a reportagem de Autosprint informa que a McLaren, durante a temporada 2000, comprou dois mil bilhetes aéreos para os membros de sua equipe e reservou 1 450 quartos de hotel durante as corridas e mais 780 para testes.

Para as corridas européias, a McLaren leva entre 60 e 65 pessoas, mais 20 a 25 da Mercedes. A West, principal patrocinadora da equipe, envia entre dois e cinco funcionários por corrida, mesmo contingente da fornecedora de combustível, a Mobil. O peso total dos equipamentos e carros transportados para cada GP chega a 25 toneladas.

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E mais: no final do ano passado, em uma exibição pública durante o Salão do Automóvel de Bolonha (ou coisa parecida), os mecânicos da Ferrari trocaram os quatro pneus do carro de Luca Badoer em 2,7 segundos, a melhor marca jamais cronometrada por uma equipe de Fórmula 1.

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Quero confessar publicamente minha rendição incondicional a um carro que consideramos esquisito, o Arrows A2. Esquisito sim mas interessante, diferente e, vá lá, bonito. Por isso, aqui vão mais três fotos da máquina.

Grande abraço

EC

Eduardo Correa
Eduardo Correa
Jornalista, autor do livro "Fórmula 1, Pela Glória e Pela Pátria", acompanha a categoria desde 1968

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