Um dos recursos de maior escassez nos tempos atuais é atenção. Tudo está tão sobreposto, acelerado, apelativo, descartável, viral e bombástico que por vezes nos pegamos sem saber no que mirar e como administrar nosso tempo pra não se perder com bullshit.
No fundo, a gente sabe: muito de tudo que tenta chamar nossa atenção enquanto leitor/espectador/consumidor não tem importância alguma. E coisas de fato importantes acabam passando batido.
Faço uso dessa breve introdução porque, ao menos para os entusiastas do esporte a motor, é preciso conceder a devida relevância ao que representa a vitória da Ferrari no centenário das 24 Horas de Le Mans, neste último fim de semana, com o modelo 499P nº 51 nas mãos do trio Alessandro Pier Guidi / Antonio Giovinazzi / James Calado. Perceberam o tamanho do acontecimento? Perceberam o tamanho do alinhamento astral? Perceberam o quanto isso é lindo? – diria Caetano.
Separei um ótimo vídeo de Highlights da corrida, de modo a dar atenção justamente a todos os elementos que fizeram desta corrida algo tão especial. Nesse resumo é possível ver que a Ferrari 51 vencedora também passou por percalços, como uma excursão fora da pista na madrugada que custou bastante tempo e uma aterrorizante última parada nos pits, quando o carro recusou-se a pegar e exigiu um reset geral que, ufa, funcionou.
Apenas na segunda-feira (12) veio à tona a história que a Toyota desconfia que o carro 8 atropelou um esquilo e, por isso, teve problemas de equilíbrio que teriam sido decisivos na derrota para a Ferrari.
Bom, ser edição centenária seja-lá-do-que-for já chama atenção por si só. Números redondos costumam ser muito atraentes. Poucas são as localidades do esporte a motor que podem avocar esse status secular, sendo Indianapolis claramente o caso mais famoso – e que, bom lembrar, nos ofereceu em 2011 uma edição de 100 anos inesquecível, um clássico instantâneo.
É consenso amplo, geral e irrestrito listar Le Mans entre os três principais eventos do automobilismo mundial juntamente com Indianapolis e o GP de Mônaco, o caçula dos três, que nasceria “apenas” em 1929. Tradição, claro, conta muito nessa equação, mas a coisa é ainda maior.
Le Mans é a mãe, a gênese, a essência das endurances. Ela representa a criação de uma modalidade à parte. Em 1923, foi Le Mans quem lançou as bases de uma autenticamente nova maneira de competir e de levar carros e pilotos a seus limites: você tem 24 horas para cobrir a maior distância possível.
No caso de Le Mans, essa disputa ocorre em um estreito circuito de treze quilômetros que utiliza vias públicas francesas e onde você passa 85% do tempo com acelerador no talo, tendo que lidar todo o tempo em tráfego com carros de enormes variações de velocidade máxima, aceleração e frenagem.
Para este ano, o Circuit de La Sarthe ganhou ainda mais elementos de dramaticidade. A corrida teve duas pancadas de chuva. Não custa lembrar que em um circuito de 13 quilômetros de extensão, pode estar chovendo torrencialmente em um setor, enquanto o outro permanece impavidamente seco, aumentando ainda mais o desafio em encontrar os limites de aderência. E, claro, trocar os pneus na hora certa, do seco pro molhado ou vice-versa, ganha ainda mais importância. Uma hesitação e pronto, você tem que dar uma longa volta até os boxes. Nos pneus… errados.
O peso dos rivais envolvidos e a competitividade demonstrada também entram na equação. O regulamento dos Hypercars demorou em engrenar e a Toyota vinha correndo “sozinha” desde 2018, vencendo todas as vezes desde então. Mas antes dessa fase vencedora, a marca japonesa já tinha escrito em Le Mans páginas e páginas recheadas de revezes que por vezes recorriam ao departamento de coisas inacreditáveis, a ponto da edição de 2016 ser lembrada não porque alguém ganhou, mas porque a Toyota perdeu.
Havia, portanto, muita expectativa quando, além da gigante japonesa, começaram a chegar outros players de peso para participar do Mundial de Endurance, com objetivo primordial de conquistar as 24 Horas de Le Mans. A Peugeot veio com uma proposta muito interessante, tendo no modelo 9X8 uma concepção aerodinâmica bastante heterodoxa, que chama atenção pela ausência de asa traseira.
Ainda tivemos inscrição da gigantesca General Motors com os protótipos Cadillac V-Series R, através de operação gerenciada pela Chip Ganassi e a união de dois nomes titânicos: Porsche, maior vencedora de Le Mans, associada com Penske e o modelo 963 (que com esse número, tem a nada fácil missão de ser um sucessor a altura do mitológico 962). Todas, dentro de um regulamento muito mais convidativo (leia-se $) se dispuseram a lançar novas máquinas pra vencer.
E veio a Ferrari, que repentinamente ficou com dinheiro em caixa quando a Formula 1 instaurou o teto de gastos e participou do regulamento Hypercar desde a primeira reunião. Criou acertadamente um departamento de engenharia à parte das operações de Fórmula 1 e entregou aos projetistas Ferdinando Cannizzo e Flavio Manzoni a missão de conceber a 499P, com um V6 biturbo 3.0, sistema próprio de recuperação de energia e tração elétrica no eixo dianteiro.
Houve muita competitividade entre Toyota, Peugeot, Cadillac, Porsche e Ferrari, a ponto de todas elas terem liderado a corrida em algum momento. O fato de ter sido a Ferrari a grande vencedora de 2023 também traz mais peso ao fato.
Ferrari é a marca Top of Mind do esporte a motor, aquela que esteve na Formula 1 desde sempre e que escreveu capítulos fantásticos nas corridas de resistência. Só que esses capítulos aconteceram muito, muito tempo atrás.
A volta da Ferrari a Le Mans ocorreu exatos 50 anos desde a última participação como equipe de fábrica, em 1973 – é exatamente essa a razão de terem inscrito um dos carros com o número 50. Já contamos um pouco dessa história, que resultou em um excelente 2º lugar para o saudoso José Carlos Pace pela Ferrari, em derrota para a Matra.
Aquela já não era mais uma época de domínio para a Ferrari. Aliás, longe disso. Antes foram indiscutivelmente superados pelo formidável Porsche 917 e, ainda antes, tiveram que assistir em Le Mans as quatro vitórias seguidas do Ford GT40, programa nascido com toda força da grana e do ódio da Ford Motor Company.
O domínio da Ferrari no universo endurance aconteceu na primeira metade da década de 1960, quando estabeleceram a invejável sequência de seis vitórias consecutivas entre 1960 e 1965. Apenas para ilustrar quanto tempo faz isso, Jochen Rindt e Masten Gregory ganharam a edição de 1965 em 20 de junho, a bordo de uma Ferrari 250 LM da Nart, na mesma semana em que Paul McCartney gravou Yesterday, que só seria lançada com o álbum Help! em agosto. Contei um pouco de como aconteceu essa vitória na crônica da edição 2017 de Le Mans.
Quando alguém volta a vencer 58 anos depois, é sempre uma ocasião muito especial.
Em uma competição repleta de acontecimentos, dramas e reviravoltas entre vários rivais fortes aptos a ganhar e que ofereceram muita competitividade entre si, a marca mais importante da história do esporte a motor volta a triunfar após mais de meio século de jejum, naquela que é uma das mais importantes corridas do planeta, justamente em sua edição centenária. Olha a força de toda essa combinação.
Se isso não for realmente relevante, já não sei de mais nada.
Abração!
Lucas Giavoni
17 Comments
Your point of view caught my eye and was very interesting. Thanks. I have a question for you.
Me descupem … achei que o primeiro comentário não tinha sido publicado … deve ter sido efeito ainda da ressaca
Fernando Marques
Lucas,
show de coluna, vídeo e fotos …
Numa época do ano onde GP de Monaco, 500 Milhas e 24 LM (ainda mais centenária) esquecer que neste fim de semana tinha LM foi um grande vacilo
Mas justifico
1) Fui para Friburgo no feriadão, terra do nosso amigo Marcio Madeira
2) Muito frio, em torno dos 7 graus pós 11 horas da noite … sou litorâneo e desacostumado a essas baixas temperaturas
3) Acompanhado de 5 casais amigos há mais de 45 anos a base de muita cerveja, vinho, cachaça, churrasco, caldo verde e muita lareira fica difícil de lembrar até do meu Flamengo
4) Na quinta fomos até o Centro vimos os tapetes de sal … show de bola …
5) Isso em Muri logo no inicio da Estrada para Lumiar … Marcio com certeza conhece ,,,
Mas ao ler a coluna não tem como se emocionar com o retorno triunfal da Ferrari … afinal Ferrari é como Flamengo … sempre Ferrari
Fernando Marques
Niterói RJ
Lucas,
bela coluna, fotos e video lindos … Ferrari vencendo em Le Mans nem sei o que dizer de tão fantástico … por sinal além de vencer a Ferrari na minha humilde opinião foi o caro mais bonito na pista …
Mas não vi nada da corrida e admito … nem lembrei dela numa época do ano onde GP de Monaco e 500 Milhas fazem juntos com 24 LM fazem a nossa festa em termos de automobilismo ,,, nas explico por que:
1) Feriadão passei em Friburgo, terra do nosso amigo Marcio Madeira …
2) Encontro de 5 casais amigos há mais de 45 anos … repeteco de janeiro deste ano só que sem tanto frio …
3) Encontro regado com muita cerveja, vinho, cachaça, churrasco, caldo verde e muita lareira ( 7 graus de frio) … não tinha como me lembrar …
4) Inclusive na quinta fomos ver os tapetes de sal no Centro … muito bonito … muito bacana …
5) Mas como estávamos em Muri (logo no inicio da Estrada para Lumiar), frio da peste só mesmo um conjunto de muita cachaça entre outros aperitivos já citados para curtir o feriadão … nem do meu Flamengo lembrei … mas foi mito bom
Assim sendo ao ler a coluna sobre Le Mans 23 agora não tem como se emocionar … Ferrari é sempre Ferrari
Fernando Marques
Niterói RJ
Oi Fernando!
Não assistiu mas, sob as alegadas circunstâncias, está perdoado, hehe.
Agora veio um friozinho aqui na minha terra, deu vontade de tomar caldo verde. Coisa boa.
Abração!
Pude acompanhar pela primeira vez várias horas da corrida, graças a transmissão da Band News pelo Youtube, devo ter assistido no total umas 8 horas.
Histórica edição.
Oi Leandro!
Acompanhei todas as 24 horas e foi muito legal ter, pela primeira vez uma transmissão brasileira de toda a corrida. Mérito total de um cara muito bacana (e com muito conhecimento de esporte a motor) chamado Sérgio Milani. Ele foi o pivô dessa deliciosa loucura- que a gente torce pra continuar acontecendo.
O legal de uma transmissão assim é que há tempo de sobra pra falar à vontade sobre detalhes técnicos e, claro, contar muita história. É uma tentativa muito saudável e bem-vinda de apresentar ao brasileiro ainda mais sobre o mundo do endurance.
Abração!
Belo texto como sempre, caro Lucas.
Lembrei-me deste texto que você escreveu em 2021:
https://gptotal.com.br/passagem-para-paris-em-2023/
Pelo jeito você não conseguiu a passagem pra Paris, mas você estava certinho em suas previsões! Foi sim uma prova histórica.
Entendo que foi o BoP (Balance of Performance) que deu esta corrida equilibrada. Bom para o espetáculo, mas será que não é uma espécie de punição aos bons? Gostaria de saber sua opinião sincera.
E espero que um dia você consiga ir ver esta prova ao vivo in loco. Eu também quero muito, tive uma possibilidade em 2013 mas não concretizei – e como me arrependi…
Abraço!
Oi Rubergil! Sempre bom ter você nos comentários.
Interessante sua lembrança do texto de 2021, meu amigo. Eu já tinha ideia que a corrida de 2023 seria muito bacana, mas posso dizer que ela superou expectativas, como longamente justifiquei na minha coluna.
Realmente não consegui uma passagem pra Paris. Na verdade, não consegui passagem nem pra Osasco (risos), mas assisti todas as 24 horas com uma atenção e entusiasmo que há muito não acontecia. Estes últimos anos foram um tanto mornos, mas a gente conseguia vislumbrar um belo futuro, que finalmente chegou e que vai nos reservar ainda mais competidores pra festa.
Falando sobre o BoP, claro, ele não deveria existir num mundo ideal, mas hoje é um mal necessário. Prefiro muito mais BoP do que o DRS da F1, que sempre vi como um atentado à isonomia do esporte. O BoP atualmente vem sendo uma boa coisa para o WEC, inclusive pela importante união de regras (e de força) com a IMSA. O mundo da endurance agora está tão atrativo que muitas marcas estão indo pra lá, inclusive as americanas.
Espero, sim, um dia acompanhar Le Mans de perto, incluindo visitar o museu. Vamos tentar juntos?
Abração!
Linda corrida, linda coluna, Lucas
Le Mans 23 lembrou um GP nas suas disputas e surpresas. Queria lembrar apenas que a chuva mais períodos longos de SC transformaram a prova na mais “curta” desde 2001. O Ferrari vencedor percorreu 4 660 km ao longo das 24 horas, enquanto que, no ano passado, o Toyota vencedor chegou a 5 177 KM. O recorde de distância percorrida em Le Mans segue em mãos da Audi que, em 2010, passou dos 5 410 km.
O que aconteceria se a corrida deste ano fosse mais longa? A Toyota conseguiria se recuperar ou a Ferrari tinha reservas que não precisou mostrar?
Abraços
Edu
Oi Chefe!
A corrida teve muitas bandeiras amarelas de pista inteira, muitas ocasiões de slow-zone e muitos (e demorados) Safety Cars. A questão é que atualmente a direção de prova faz uma “limpeza” de categorias, juntando-as em bloco. Eles trocam um problema pelo outro: pra não provocar ainda mais bagunça nas relargadas, com carros de desempenhos muito diferentes, eles acabam perdendo muito tempo no processo. Eu, particularmente, sou contra.
Quanto ao duelo pela vitória Toyota x Ferrari (algo que nunca tinha acontecido em categorias top na história do automobilismo, mesmo falando de duas gigantes globais do mundo automotivo), a Ferrari mostrou um ritmo que justificou a vitória nas últimas horas. No momento em que a Toyota tentou apertar, Ryo Hirakawa errou e aquilo foi o fim. Talvez outro piloto do trio conseguisse colocar mais pressão na Ferrari.
Muito se falou que a Toyota seria muito prejudicada no Balance of Performance (BoP), a fórmula inventada para equilibrar o desempenho dos carros. Mas tendo ela lutado pela vitória até o fim, e de ter dito que o atropelamento de um esquilo (RIP) prejudicou o equilíbrio do carro, o que se pode dizer é que o BoP foi muito acertado.
Abração!
Bela vitória da Ferrari ao se completarem os 100 anos de aniversário da prova, depois de uma ausência de 50 anos na categoria principal e sendo a vitória de numero 10 nessa categoria. Coincidências numéricas?
E a imprevisibilidade voltou. Seja muito bem vinda! Acabou a época mamão com açúcar da Toyota. E ano que vem ainda teremos a presença de Lamborghini, BMW e Alpine nos hypercars. A concorrência vai aumentar ainda mais!
Ao ver a foto do Camaro no texto não há como se recordar de como ele andou bem na pista, fazendo um tempo de classificação melhor do que todos os GTE e um dos LMP2. E estabelecendo uma volta mais rápida melhor do que todos os GTE, exceto a da Corvette vencedora. Acho que apesar da potência muito superior do Camaro os europeus foram surpreendidos
E por falar em Corvette ela venceu na GTE correndo sozinha contra um batalhão de Ferraris, Porsches e Astons
Olá MarcioD!Bom ter você por aqui nos comentários.
Esse carro da Nascar foi beeeeem mexido para andar bem, mas conseguiu, sim, surpreender. Eles conseguiram ser de 6 a 7 segundos mais rápido do que a organização da corrida imaginava, baseada em simulações na pista.
A questão é que a Nascar não ia lá pra apanhar dos GTs, ia ser muito feio. Tendo a favor essa liberdade de desenvolvimento, o carro ficou muito bom. Pena que alguns probleminhas de confiabilidade negaram ao carro uma colocação melhor. Mas, mesmo assim, receberam a quadriculada.
Acabou não cabendo na coluna, mas essa presença da Nascar repete o convite acontecido em 1976, quando um Dodge e um Ford com monstruosos motores V oitão de 7 litros participaram da corrida, sem, no entanto, conseguir terminar.
A vitória do Corvette na GT também vale a menção. Era notadamente o melhor carro (fez pole com o ótimo Gentleman Driver Ben Keating), mas tiveram que dar a volta por cima devido a problemas enfrentados logo nas primeiras horas. A recuperação foi incrível, uma bela história para a despedida do carro.
Abração!
Tubo bem Lucas?
A rigor esse “Camaro” é um protótipo de chassis tubular com uma bolha se assemelhando ao carro de rua, então não é um carro de rua preparado para competição ao contrário dos GTE. A palavra Stock car está sendo usada na Nascar por tradição porque os carros usados lá não derivam de´um carro de produção, diferentemente p ex dos carros de 76 mencionados por você, esses sim carros de rua modificados para competição.
Conforme pude averiguar as maiores modificações desse Garage 56 em relação ao carro usado na Nascar é uma redução de peso de 238 kg obtendo 1342 Kg, um aumento do tanque em 45,5 l para 121 litros, discos de carbono, comprimento aumentado em 5cm, modificações aerodinâmicas, pneus especiais e um motor desenvolvendo entre 700 e 750 HP. A potencia máxima na Nascar foi reduzida para 670 HP recentemente. O motor é o mesmo R07 de 5,8 litros que tinha 750 HP por lá há pouco tempo
Tomando o carro GTE mais possante e mais leve como base, O Aston, 540 cv e 1262 Kg temos um peso/ potencia de 2,34 kg/cv. Esse “Camaro” tem 1,85 Kg/ cv,21% menos. Sem entrar em considerações aerodinâmicas sobre Cx e área frontal isso explica e bem a diferença de desempenho. Então além da potencia quase 50% maior temos um peso só 6,3% maior.
O Automobilismo de turismo a meu ver tomou um caminho ridículo onde o sujeito que é possuidor de uma Ferrari 488 fica sabendo ao assistir a corrida na TV que a Ferrari 488 que está ali disputando tem uma potencia muito menor que a da sua que varia de 670 a 720 cv contra 490 da de corrida amordaçada e um peso muito pouco aliviado de 1475 Kg a 1280 Kg para 1264 Kg. Antes víamos nos autódromos no Brasil carros com potencia de 2 a 3 vezes maior que os de rua nas categorias que permitiam modificações extensas no motor, grandes alivio de peso, para-lamas alargados, muitas modificações aerodinâmicas, rodas e pneus muito mais largos.
As GTE deram muita sorte desse Camaro ter quebrado e ficado um bom tempo parado nos boxes, senão eles teriam ficado todos para trás. Esse pessoal da Hendrick só queria terminar a corrida e quase surpreendeu os Europeus. E outra coisa levaram o Button, campeão de F1, o Jonhson lenda da Nascar e o Rockenfeller ganhador de Le mans em 2010 na Geral. Um time de respeito em uma das equipes mais vencedoras da Nascar. E eles levaram a serio e se prepararam bem https://www.youtube.com/watch?v=3Szek-v_r6Q
Pena que o Camaro sai de linha ano que vem, porque foi uma excelente ação de marketing
Abraços
Considerações muito relevantes, MarcioD.
A Hendrick realmente encarou com seriedade o convite, contando com uma trinca excelente de pilotos.
Tiveram bastante liberdade para desenvolver o carro (que, exatamente como você disse, está longe de ser um Stock Car na acepção da palavra), de modo a ir lá e não ficar apanhando dos GTs, que infelizmente sofrem o detuning que você mencionou.
Imagine ser convidado para um jantar em que você sabe que vai ser o último da fila do buffet. A ACO e a WEC não queriam isso pra Nascar…
Abração!
Putz, ótimo. Por isso nunca deixo de vir aqui. É minha página inicial. Vida longa e próspera a todos.
Obrigado pelo carinho, Rafael. Vida longa ao GPTo!