Segunda, de três…

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O clima de uma trinca de corridas não poderia ser melhor. Juntando ainda circuito com uma certa história? Melhor ainda. Com corridas boas? Talvez seja pedir demais, mas é verdade que esse momento único da F1 tem montando um campeonato interessante mas que é pontuado por algumas corridas abaixo da média.

A Austria, colado o num GP dominado pela Mercedes assusta a concorrência e pode definir os rumos do campeonato. Com mais um bom resultado, poderá consolidar um bom momento que ainda tem mais uma prova na sequencia.

Depois de passearmos em Paul Ricard com pilotos fazendo quase toda prova em pneus Macios (amarelos) o que esperar de uma pista onde a Pirelli leva os mesmos compostos?

A Williams fez 51 voltas com o pneu Macio em Paul Ricard. Os maldosos diriam que no ritmo q eles andam, daria para dar a volta ao mundo. Mudando para o mais macio do fim de semana passado, o ultrasoft, foram 38 voltas na Toro Rosso de Hartley. O nível de abrasão do asfalto Austrico é um dos menores da temporada (nível um numa escala que vai até 5), a volta é curtíssima e sem grande tensões laterais.

Sem chances de esperar alguma estratégia diferenciada nessa prova. Vai ser uma paradinha, e só porque é obrigatório.

A volta curtissima e a disparidade de performance entre os times de ponta e os demais custuma a trazer uma prova movimentada de ultrapassagens sobre retardatários. A corrida do ano passado teve apenas 6 carros na mesma volta. Não é motivo para comemoração, mas pode haver alguma tensão na disputa pela ponta quando o trafico se intensificar.

O recorde hoje está na marca de 1:07.411, de Lewis Hamilton, e deve ser batido, como tem sido a tônica dessa temporada

O mercado de piltos está aquecido para todos se decidirem nas férias de verão que se aproximam. O ponto chave é Hamilton. Sim, ele mesmo. Não que alguém acredite que ele mude de equipe, a dúvida cai sobre a duração do contrato. Serão dois anos pra ficar livre pra uma nova equipe na virada de regulamento técnico? Ou ele se compromet com mais tempo, pensando em encerrar a carreira na Mercedes.

Esse tempo vai definir outros contratos. Os pilotos com aspiração à vaga da Mercedes (leia-se, Ricciardo) vão tentar contratos com a mesma duração do piloto inglês.

Falando em Ricciardo, tava todo sorridente achando que ia pegar uma vaguinha na Mercedes ou na Ferrari. Deixou claro pra Deus e o mundo. Climão na Red Bull e o caldo quase azedou pro Riccardo. Só não corre risco de ficar a pé porque a Red Bull não tem ninguém na fila pra fazer par com Max.

A Ferrari tem a opção de ficar com Raikkonen ou subir Leclerc. Na Mercedes, Bottas continua ou sobe Ocon. Sem muito mistério.

No fim das contas, podemos não ter mudança alguma além da saída quase eminente de Alonso da McLaren.

A Mercedes vem para colocar uma pá de cal na concorrência. Seu maior pacote de atualizações do carro vai ser usado na Austria. Se tudo funcionar, não esperamos nada menos que um massacre. Novo motor, nova atualização aerodinamica, não há quem tenha o ritmo de desenvolvimento que esses caras tem.

Na Ferrari, há um cenário tenso. Obviamente não tão eficientes quanto o time alemão, sofrem com um Vettel muito pressionado. O erro da primeira volta de Paul Ricard foi feio, mesma escala da bobagem ferrarista de Cingapura-2017. As 3 provas seguidas, se consagrarem uma surra da Mercedes podem deixar Sebastian à deriva no campeonato de 2018. Os questionamentos vão voltar a aparecer.

Em uma guerra muito diferente, a Red Bull briga entre si. Seus pilotos adoram mostrar quem manda mais no cercadinho. Nada pior pro time nesse momento, os dois precisam trabalhar juntos para manter o campeonato andando em bom ritmo enquanto o time se dedica a chegada dos motores Honda. Tempos tensos pela frente.

O grupo do meio é o mais diverso em muitos anos. Realmente imprevissível. Tem dia que a Haas aparece fortíssima (apesar de seus pilotos). Em outros dias temos a Renault muito consistente. A única certa é que a Force India está sem combustivel financeiro e está fincando pra trás, atolada em seus problemas.

A Renault finalmente conseguiu entregar sua MGK-U desenhanda para estrear em 2017. Red Bull e Alonso, deixaram guardada pra uma proxima. Não acreditam que não vá quebrar.

Lá no fundo, Sauber, Williams e Toro Rosso, continuam a troca de tintas. É impressionante o Leclerc faz com essa Sauber e o que a proximidade com a Ferrari tem ajudado o time.

A Toro Rosso, como laboratório da Red Bull cumpre seu papel. Esperamos mais de Hartley? Certamente, mas ela não é pior que um Magnussen, Ericson, Stroll ou Sirotkin.

Na Williams, desculpem a maldade, mas senhor Paddy Lowe comeu alfafa, né? Surge o boato que eles trouxe os conceitos de refrigeração da Mercedes e isso não está funcionando no carro da Williams. 2018 está perdido, copiou e copiou errado (ou não copiou em sua completude). A úncia torcida é para que esse erro de carro encerre a participação de seus dois pilotos na F1. Eles são sofríveis.

A Williams hoje, de longe, é a pior equipe em velocidade pura. Volta lançada? Uma tragédia. Mesmo assim, não é a carroça que imaginamos. Ainda existe na F1 a regra de 107% do tempo do primeiro colocado no Q1 para você conseguir largar. O time inglÊs tem ficado sempre entre 3% e 4%.

Alguns anos atrás, a Minardi estava sempre no limite.

Uma corrida decisiva. Mais uma vitória de Hamilton, com chance de fazer a trinca na proxima semana, podem selar o campeonato e jogar Vettel num parafuso de pressão.

Não dá pra perder! Quem vocês acham que leva?

Abraços
Flaviz

Flaviz Guerra
Flaviz Guerra
Apaixonado por automobilismo de todos os tipos, colabora com o GPTotal desde 2004 com sua visão sobre a temporada da F1.

1 Comments

  1. Lucas dos Santos disse:

    A “silly season” parece ter começado mais cedo esse ano. Está divertido ver o pessoal tentando prever quem assumirá a vaga do Alonso na McLaren, caso ele deixe mesmo a equipe. Semana passada, a imprensa estava jurando que seria o Ricciardo, inclusive com uma história de que a McLaren teria oferecido uma boa grana para ele correr pela equipe ano que vem. Esta semana, a imprensa está colocando o Raikkonen na McLaren, que teve que responder inúmeras perguntas sobre o tema – sempre com respostas evasivas.

    O desempenho da Renault está surpreendente. Pouco a pouco, ela vai ganhando consistência e é forte candidata a terminar a temporada como “The best of the rest”. Sim, porque, Mercedes, Ferrari e até mesmo Red Bull estão muito à frente. Até parecem carros de categorias diferentes!

    Quanto à regra dos 107%, para que ela serve hoje em dia? A princípio seria para evitar que pilotos muito lentos atrapalhassem os demais na corrida. Mas, ultimamente, todos os pilotos que não se colocam nos 107% tem recebido permissão para correr no domingo… Quando foi a última vez que alguém foi barrado por essa regra? Se for para continuar assim, é melhor derrubá-la de uma vez, pois não está tendo serventia alguma!

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