Nunca, nos meus 60 anos, vi uma desculpa tão esfarrapada e sem fundamento por parte de um fabricante para explicar uma falha estrutural.
É lamentável que a Ferrari atribua formalmente a quebra de suspensão do carro do Rubinho a uso indevido, sendo que o veículo trafegava no ambiente previsto, do qual a zebra é parte integral, e da forma prevista, que é uma corrida. É como se ninguém usasse as zebras para aumentar o raio da curva e efetuá-la mais rapidamente. É considerar normal o carro nosso de cada dia quebrar a suspensão alguns quilômetros após cair num buraco.
Por ser tudo tão absurdo, que beira mesmo as raias do inacreditável, sinto-me confortável para aventar a hipótese de sabotagem, visando interesses intra-equipe, mas que pode eventualmente ser de fora dela. Veja-se o precedente do GP do Brasil, a inadmissível pane seca que Rubinho sofreu.
Gostaria de comentar com o amigo leitor Roberto Muller (Veja Opiniões e Dúvidas dos Leitores) que o esforço sobre a suspensão é realmente maior na freadas do que nas acelerações, dado que a potência dos freios sempre é bem maior que a do motor. Só para ilustrar, um carro médio acelera de 0 a 100 km/h em 12 segundos. Esse mesmo carro faz de 100 a 0 km/h em 3 segundos
Bob Sharp
E mais: Edu comenta o caso na sessão Opiniões e Dúvidas dos Leitores de hoje. Para as notícias do dia, inclusive a bronca da Bridgestone contra a Ferrari, visite www.grandepremio.com.br