Historicamente, essa é a corrida que é mais questionada nessa expansão da F1 for a do seu berço Europeu. Chegamos à sua décima quarta edição, portanto, uma realidade. Nesses tempos modernos onde tudo e todos misturam, tudo e todos, com politica, vamos focar exclusivamente nos problemas desse querido esporte que adoramos.
Nessa sua 14º edição, Bahrein precisa nos dar mais respostas dessa temporada do que aquelas que tivemos na prova de Melbourne. É a hora de saber como os carros vão se organizar no grid, ao menos em provas de grande calor que encontraremos na jornada de 2018.
A Formula 1 tem um ano misterioso começando, a imprevisibilidade ainda será mantida?
Nos bastidores, esse é o final-de-semana de apresentação das intenções da Liberty Media para a F1 de 2021.
Grande expectativa para o público saber o que vai acontecer e, óbvio, foi uma ducha de água fria. A Liberty pouco divulgou e as equipes fizeram um grande acordo para manter tudo no mais maravilhoso silêncio.
Em linhas gerais, 5 pontos foram levantados: receitas, governança, regulamento esportivo e técnico, motores e custos.
O objetivo global será atrair novos participantes e tornar o espetáculo mais atraente para o público.
E é tudo isso que saberemos, por enquanto. Os times entendem que é uma boa proposta, mas ainda mauito inicial. As dicussões vão começar para o detalhamento e nenhum prazo foi informado. Paciência!
Na pista, a Mercedes sofre. Perdeu Melbourne de uma forma quase amadora e não custa lembrar que em 2017 Bahrein também foi derrotada pela Ferrari. Aparentemente há uma preocupação da Mercedes em não ter punições por trocas de motor e isso limita bastante a liberação da potência de suas unidades. Do lado aerodinamico, o carro prateado confirmou em Melbourme uma tendência dos ultimos anos: o carro não funciona atrás de outros carros. A Mercedes só anda bem, sem destruir os pneus, pouco mais de 1.5 segundos atrás dos adversários. Bottas fez uma corridinha apática. Hamilton não conseguiu um único ataque claro ao alemão da Ferrari. Uma decepção.
A Ferrari, coitada. Fizeram um carro excelente, um pouquinho atrás do carro da Mercedes. Só que ele ficou ótimo pro estilo de pilotagem do Kimi. Sua estrela, aquele que não é muito afeito a adaptações de estilo de pilotagem ficou com o volante na mão. Ganhou a primeira corrida na sorte e no privilégio de estratégia que o status de primeiro piloto lhe garante. Vai ser um ano dificil, mas o carro tem chances de evoluir e incomodar muito a Mercedes.
Fechando esse primeiro grupo, a grande Red Bull. Um belo carro e um motor que só dá dor de cabeça. Ricciardo está pressionado e Max também. Ricciardo precisa mostrar que é valioso para buscar uma vaguinha na Ferrari ou na Mercedes. Max, já não é mais uma promessa pro futuro. Está na hora de mostrar resultados sólidos, virar uma realidade. Para uma equipe tetracampeã do mundo, ser a melhor equipe com motor Renault é, realmente, muito pouco.
Esse é um GP especial para Mclaren e para a Renault.
Completam nesse domingo 100 GP´s desde a última vitória.
No grupo do meio, aqui a diversão não acaba. O cenário é o mesmo desde do início da era híbrida na F1: uma mistura de equipes, um grid apertado, com alternância entre forças na zona de pontos.
Não é possível apostar as fichas na Renault, na Haas, na Mclaren. É um grande bolo de equipes que vão continuar durante o ano fazendo alterações de posições.
A Renault e a Mclaren vão fazer a luta particular de chassis. Um briga rala por pontos. Sofrerá interferencia da Haas e sentirá falta de uma participação mais ativa da Force India que ainda não se achou em 2018.
A unica certeza clara: Williams vai ter um dos piores anos da sua história. Vai ser uma disputa ferrenha com a Sauber para fechar o grid. O carro pode ter “saído do forno” bem feito. Mas deram na mão de duas pessoas que não sabem o que fazer com ele. Num era de F1 onde não se pode testar, a experiencia em desenvolver o equipamento faz falta. Os dois podem ser rápidos, mas até agora não mostraram que sabem fazer o carro andar.
Cada vez mais a Fórmula 1 parece um Mundial de Endurance, o WEC. 7 provas por motor, uma categoria de 3 equipes muito superior aos demais, como a LMP1 do WEC.
Em um campeonato misterioso e cheio de indecisões, Bahrein tem tudo para fazer uma prova imprevisível.
Vale a pena acompanhar a prova desse fim de semana para entender um pouco mais dessa temporada que promete ser uma das melhores dos últimos anos!
1 Comments
Flavis,
a Mercedes está usando a mesma tática do ano passado, quando começou a temporada atras de Ferrari … está armazenando gorduras para queimar mais perto do meio da temporada pra frente … quando espera que a Ferrari já esteja no limite de trocas do motor …
Continuo achando que só o Max Verstappen pode mudar alguma coisa neste panorama predominantemente prateado e vermelho … mas até agora o cara só decepciona …
Fernando Marques
Niterói RJ