O que teremos em 2017?

Nostalgia da letra “B” – Final
22/03/2017
Primeiras respostas
27/03/2017
Hamilton na Mercedes #44 em Melbourne

Finalmente temos carros nas pistas! Finalmente depois de uma mudança de controle da categoria e de vasta mudança de regulamento. E como sempre, depois de uma reduzida temporada de testes.

A Formula 1 chega para sua 22º aparição no circuito de Melbourne cercada de expectativas. Mas do que a história dessa corrida e de seus momentos marcantes, a ansiedade de saber como vai ser essa temporada domina a cabeça dos fãs da categoria.

Esse ano vamos começar a temporada de forma diferente! Os colunistas do GPTotal participaram de uma rodada de perguntas para contar um pouquinho das expectativas de cada um para a temporada! Logicamente, vocês amigos do GPTotal estão convidados para responder as perguntas nos comentários ao final do texto.

Vamos nessa?

No começo de 2016 a Ferrari pulou na frente e Melbourne e nos deu esperanças de encontrar um campeonato equilibrado pela frente. Com o ritmo mostrado nos testes, a Ferrari será uma competidora em 2017 ou teremos repeteco de 2016?

Eduardo Correa – Não sei se a Ferrari tem força suficiente para competir com a Mercedes, mas os testes sugeriram que ela é ao menos a segunda força do grid, à frente da RBR e Williams Mercedes e não creio que nenhuma dessas duas estivesse em condições de esconder o jogo. Aliás, a única equipe que pode ter escondido alguma coisa na Espanha foi a Mercedes.

Carlos Chiesa – Depende. Ela parece ter mostrado suas cartas, mas Mercedes e Red Bull podem estar escondendo o jogo. Mercedistas chegam a dizer que a Rossa está até mais rápida.

JC Viana – Por ter andado com pneus mais duros na maior parte do tempo em comparação à Mercedes, acho que a Ferrari ficará bem próxima dos alemães, apesar das velhas armadilhas de Pré-temporada possam aprontar alguma coisa. Pelo lado bom ou ruim.

Rafael Mansano – Ferrari vem forte e pode disputar a ponta, porém acredito que a Mercedes está escondendo o jogo.

Manuel Blanco – Os testes não são muito fiáveis, mas por recursos é lógico pensar que a Ferrari esteja no grupo da frente, ainda que nao acredito que na frente dele ( e vejam que há apenas três equipes nesse grupo ! )

Lucas Giavoni – Nos testes, as equipes estão muito mais preocupadas em esconder do que mostrar. Entretanto, parece ser real a aproximação da Ferrari em termos de performance. Mas penso ser prudente apontar que a Mercedes ainda está na frente.

Márcio Madeira – Acredito ser possível afirmar com alguma segurança que o carro italiano é bem nascido, por mais que seja impossível avaliar a real condição de seus competidores.
A margem de incertezas ainda é muito grande, de tal forma que podemos ter uma Ferrari simplesmente mais competitiva do que em 2016, ou até mesmo um domínio vermelho nas corridas iniciais.
Entendo, contudo, que o fator decisivo para os rumos do campeonato será a rapidez com que os times irão avançar em direção aos limites do novo regulamento. Os carros devem chegar ao fim do ano muito mais rápidos do que estarão na Austrália, e o ritmo desta evolução deve ser a chave para conquistar o título.

Lucas Carioli – Tenho minhas dúvidas. Nos últimos anos, a Ferrari adquiriu o hábito de começar o ano forte e perder rendimento durante a temporada.

Marcel Pilatti – Devem incomodar mais em determinados GPs. Mas creio que não ao longo do campeonato.

Mário Salustiano – Não acredito que a Ferrari será uma competidora constante em 2017, pode ter uma ou outra corrida de destaque, a Mercedes deve continuar dominando o cenário em 2017

Um motor que compromete a preparação da 3º temporada seguida do time (foram usados 5 motores em 8 dias), há alguma saída viável para a McLaren?

Eduardo Correa – Talvez migrar para a Fórmula Indy.

Carlos Chiesa –  Não vejo saída a curto prazo. Quando a Williams ficou em situação parecida apelou pra Cosworth e não deu certo. Com a tecnologia híbrida de hoje me parece muito mais difícil recuperar o lapso de tempo. Se apelassem pra Cosworth, por exemplo, teriam mais uns 3 anos andando no fundão.

JC Viana – Convencer a Honda de que precisa de ajuda para projetar, construir e desenvolver os seus motores.

Rafael Mansano – Para esta temporada não há milagre que possa ser feito. Talvez a troca de fornecedor para 2018 possa ser a solução.

Manuel Blanco – Realmente esse motor já entra em seu 4º ano, pois nao devemos esquecer que, um ano antes de entrar no campeonato, a Honda já estava trabalhando nele. Temo que nao haja nenhuma saida viável à McLaren. De fato, nao vejo nenhum futuro às equipes que dependam de uma montadora ( exceto a RedBull e a vultuosa carteira de Mateschitz ). Assim, a McLaren parece emular o mesmo destino da Williams. Por isso mesmo sempre insisto em que a formula 1 deveria se livrar das montadoras.

Lucas Giavoni – A McLaren vai pastar por mais um ano. Os técnicos da Honda simplesmente não estão a altura de Osamu Goto e seus comandados lá da década de 1980, e a Honda anda muito orgulhosa e pouco humilde para receber ajuda. Especula-se que tenham criado um motor a explosão que vibra tanto que o resto dos periféricos entra em colapso – um defeito congênito difícil de tratar. Se for isso mesmo, se preparem para um ano cheio de quebradeiras.

Márcio Madeira – Evidentemente o problema de confiabilidade será resolvido em algum momento, mas a que custo? O prejuízo nos testes é grande, pois certamente comprometeu o acúmulo de informações que iria guiar os últimos ajustes para o início da temporada. Ademais, o orçamento da McLaren começa a sofrer o impacto dos resultados de 2015 e 2016, dando continuidade a um processo difícil de se reverter.
Se não houver resultados satisfatórios ao longo deste ano, será praticamente impossível manter Alonso ou seguir com a Honda a partir do ano que vem.

Lucas Carioli – É difícil a situação da McLaren. Além de problemas financeiros, eles parecem perdidos gerencialmente também. E a Honda não está cooperando em nada. A melhor coisa a fazer no momento é abaixar a cabeça e trabalhar.

Marcel Pilatti – Creio que a saída é aquela que se diz do Brasil: o aeroporto.

Mário Salustiano – A Honda errou a mão nesse retorno, e com 2 temporadas de aprendizado não dá para imaginar uma saída para esse ano, a Mclaren está bem encrencada para tomar uma decisão

O que esperar de Felipe Massa?

Eduardo Correa – Se a equipe manter o nível da pré-temporada, Massa pode emplacar dois ou três pódios. Mais do que isso, acho difícil.

Rafael Mansano – Vai andar na frente de seu companheiro, mas não fará nada demais. Acredito em top 8, no máximo, em determinadas corridas.

Manuel Blanco – Temo que foi chamado de volta por nao haver ninguem melhor disponível. Assim, qualquer coisa que faça… será bem vinda. No que a mim respeita, me alegro de ver um brasileiro com certas garantias na categoria.

Lucas Giavoni – A Williams parece querer brigar de novo para ser a quarta força da F1, talvez a terceira se a Red Bull começar o ano patinando. Isso significa que Massa tem a obrigação de pontuar com frequência, e, ao menos na primeira metade do ano, andar na frente do Lance Stroll, moleque que já arrebatou toda minha antipatia.

Márcio Madeira – Certamente uma temporada melhor do que a de 2016. Os motivos: o novo regulamento combina muito melhor com suas características; Felipe corre de maneira muito mais relaxada e sem pressão, pois só tem a ganhar ao longo de um ano que veio como bônus; ele se sentiu prestigiado pela equipe, será o homem de confiança e terá a seu lado um companheiro inexperiente.
Além disso o carro parece ter nascido bem. Torço para a oportunidade surja, e ele quebre o maior jejum de vitórias brasileiras desde 1970.

Lucas Carioli – Massa pode se dar muito bem esse ano, já que a maior pressão ficará com Stroll. Mas, para isso precisa relaxar e se concentrar.

Marcel Pilatti – Uns dois ou três pódios.

Mário Salustiano – Fará uma temporada regular, deverá estar entre os 6 primeiros colocados, mas não vejo vitória nesse horizonte

Novos carros. Qual o mais interessante?

Eduardo Correa – O RBR. Parece esbanjar downforce, área de máxima competência de Adrian Newey. Downforce será fator decisivo em 2017, já que a velocidade em reta deve cair, nivelando um pouco o desempenho de motores.

Carlos Chiesa – Ferrari.

Rafael Mansano – Pelo desenho, Mercedes está bastante consistente em todas as partes, pela beleza temos Renault, Toro Rosso e Haas entre as mais belas. McLaren e Ferrari estão com desenhos diferentes e parecem ter um chassis agressivo.

Manuel Blanco – “Estéticamente, continuam bastante insipidos ( inclusive feios ). O Mercedes me parece o mais atrativo, em boa medida graças à sua ótima pintura.

Lucas Giavoni – Gostei da ousada solução da Ferrari para as entradas de ar laterais, da harmonia do desenho elegante de sempre da Mercedes, e da pintura da Toro Rosso, que está simplesmente arrasadora. Destaque também para a pintura da Renault, finalmente abandonando os detalhes em vermelho Total que arruinavam o layout.

Márcio Madeira – “Não acompanhei os testes com a proximidade que gostaria, nem tampouco vi entre os carros o nível de personalidade que espero de uma categoria formada unicamente por construtores. Torço para ser surpreendido por uma ou mais equipes ao longo do ano.

Lucas Carioli – O aspecto dos carros melhorou muito, o que mais gostei foi da Sauber. De longe!

Marcel Pilatti – Gostei da Sauber, Ferrari e Williams.

Mário Salustiano – Mercedes e Red Bull

Mais aderência mecânica. Mais liberdade aerodinâmica. Maior tamanho. Os carros de 2017 mudaram, teremos mudanças nas dinâmicas das corridas?

Eduardo Correa – Essa é difícil. Com menos velocidade em reta, ultrapassagens tendem a se tornar mais fáceis ainda. No entanto, os carros geram mais turbulência. E a maior velocidade em curvas não facilita as ultrapassagens. Não sei.

Carlos Chiesa – Não espero muita coisa de diferente. O excesso de tecnologia/efeitos aerodinâmicos dificulta ultrapassagens efetivamente esportivas, naturais. Ultrapassagens artificiais remete a fórmulas americanas, que agradam mais a ….americanos.

JC Viana – Menos ultrapassagens e corridas como em 2007/2008, quando havia pouca emoção nas provas. Não duvido que inventem reabastecimento, para que os carros parem mais vezes. Infelizmente…

Rafael Mansano – No começo do ano talvez sim, mas os motores ainda têm um grande peso no desempenho dos carros atuais. Mercedes e Ferrari devem seguir na ponta, Red Bull deve ter bom desempenho durante o ano.

Manuel Blanco – Dizia Nils Bohr que : “” Fazer predições é algo muito difícil, especialmente sobre o futuro ! “”. Assim, temo que as mudanças nos carros não sejam suficientes para melhorar muito as corridas, pois o aumento do aerofólio dianteiro e sua dislocaçao à frente me fazem pensar que estes dependerão ainda mais de ar limpo para um melhor aproveitamento da aerodinâmica do carro, portanto acho que seguirá sendo difícil que estes possam correr juntos e o fato que o DRS continue presente, não me faz abrigar muitas esperanças de que hajam mudanças importantes no desenrolar das corridas.

Lucas Giavoni – Teremos tudo isso e… minha aposta em menos condições de ultrapassagens! Foi oferecido mais aderência mecânica, mas muito mais downforce também. Então ficamos na mesma ou até pior, já que com tudo isso, os carros freiam melhor também e, se são maiores, ficam ainda mais suscetíveis à turbulência aerodinâmica. Isso quer dizer que o decaimento dos pneus continuam a ditar a dinâmica das corridas e as táticas podem ter um peso ainda maior este ano. Não espero, de modo algum, uma F1 “cheia de ultrapassagens” este ano.

Márcio Madeira – Tomara que sim! É de se esperar que, sobretudo no início, os carros tenham um pouco mais de estabilidade quando correndo na turbulência, e assim possam ocorrer mais ultrapassagens legítimas, não totalmente tributárias de artificialismos.
Da mesma forma, será interessante sentir a velocidade dos carros novamente. Fórmula 1 precisa assustar, precisa ser sensivelmente mais rápida que os protótipos do WEC, ou mesmo dos monopostos da Indy ou de categorias de acesso.

Lucas Carioli – Eu acho que as ultrapassagens tendem a ficar mais difíceis ainda.

Marcel Pilatti – Nada muito abrupto. Nos primeiros GPs teremos vários pitstops ao mesmo tempo.

Mário Salustiano – Acredito que sim, dado que haverá mais exigências físicas aos pilotos e também do ponto de vista tático, existe a possibilidade dos novos pneus serem mais duráveis o que deve interferir em um ou outro resultado

A F1 ‘perdeu’ na sua história recente nomes de peso em cargos de direção. Flavio Briatore, Ron Dennis, Bernie Ecclestone, Eddie Jordan, Peter Sauber. É o início de uma era “moderna” na F1?

Eduardo Correa – Pode ser que sim, pode ser que não. Os desígnios do reinado da Liberty Media são uma folha em branco, acho que nem eles sabem. Minha natureza cética não permite otimismo, mas de repente…

Carlos Chiesa – Se os substitutos forem “racers”, como a geração que antecedeu aos citados, mudará para melhor.

Rafael Mansano – De certa forma sim, ainda que tenhamos nomes antigos em cargos chave (Lauda, Ross Brawn e Jean Todt). Acredito em uma era renovada e com novas perspectivas. Toto Wolf e Christian Horner são representantes dessa nova geração.

Manuel Blanco – Ao meu ver a única perda importante foi a do tio Bernie ( por idade, isso era já algo iminente pois o tempo não perdoa ). No caso do Briatore não acho que tenha sido uma “”perda”” mas um alivio. Não sei se será o começo de uma nova era nem me importa. O que gostaria é que fosse o começo de uma era melhor, mas nao me iludo demasiado com a ideia.

Lucas Giavoni – Garanto que fiquei bastante chocado com a destituição de Bernie, já que acreditava que ele só deixaria a administração da F1 dentro de um caixão. Ele certamente é o nome que, fora do jogo, provoca as maiores mudanças. E deve-se frisar que a ausência de um ser execrável como Briatore é extremamente salutar.

Márcio Madeira – Esse dia teria de chegar, e é preciso admitir que algumas mudanças se fazem necessárias. É preciso avaliar ideias novas, promover a renovação inevitável, mas sem abrir mão da experiência de quem já viu as consequências que medidas guiadas pelos interesses errados podem gerar.
Sendo mais objetivo, a renovação é importante e necessária, mas precisa ser gradual e devidamente ponderada e consultiva.

Lucas Carioli – É cíclico, nomes vem e vão. Mas vejo a F1 ainda ‘tateando’ o seu futuro.

Marcel Pilatti – É o início da americanização.

Mário Salustiano – não acredito, a nascarização da categoria deve se tornar ainda mais acentuada

Os testes indicam uma diferença de 10 segundos entre a F2 e F1 em 2017 (contra uma diferença de aproximadamente 5 segundos em 2016). Essa diferença é suficiente para justificar os gastos para fazer da F1 a categoria mais rápida do mundo?

Eduardo Correa – Não sei se justificam, mas era uma vergonha a lerdeza da Fórmula 1 nos últimos anos. Como disse algumas vezes, talvez tenha sido esta postura excessivamente conservadora o que estava dinamitando a credibilidade da categoria junto ao grande público.

Carlos Chiesa – Historicamente a F1 tinha um conjunto de atrações, não apenas a diferença de desempenho para outras categorias. Era saborosa. Hoje parece comida de hospital.

Rafael Mansano – Acredito que sim. O desempenho do carro de F1 deve ser algo muito difícil de sequer chegar perto. Os carros devem ser difíceis de pilotar e a velocidade deve ser algo que impressione novos pilotos que venham das categorias de base.

Manuel Blanco – Se gastam esse dinheiro… é que deve valer a pena ! Criticarei esse gasto, e qualquer outro, se o resultado for tao deprimente quanto nos últimos tempos. Nem apenas de velocidade vive o automobilismo !

Lucas Giavoni – O problema dos gastos nem é o montante. É sua destinação. Se todo esse porrilhão de euros fosse gasto em uma F1 disposta a colocar mais de sua tecnologia nos carros de rua, apostando em melhorar o drivetrain, seria ótimo e atrairia mais marcas mundiais. Mas tudo acaba sendo gasto em túnel de vento, para produzir asas dianteiras cada vez mais craqueladas.

Márcio Madeira – Sim e não. Por um lado, a diferença não poderia ser muito maior do que isso, por se aproximar demais dos limites daquilo que seria suportável ao longo de 300 km de castigo. Por outro lado, ainda gostaria de ver os carros mais leves no futuro, realçando a característica de serem ágeis e especialmente rápidos em curvas de baixa velocidade, como os karts.”

Mário Salustiano – não justifica, essa fórmula de gastos excessivos acabou com a possibilidade de médias equipes sonharem até com pódios

Onde está Felipe Nasr?

Eduardo Correa – Não sei.

Carlos Chiesa – Poderíamos lançar um livro de ilustrações com esse título…

Rafael Mansano – Curtindo a praia e os carros da família. Está acabado para a F1, mas parece que não está muito incomodado com isso…

Lucas Giavoni – Onde está Felipe Nasr? Provavelmente tentando sacar algum dinheiro de contas inativas do FGTS… Brincadeiras à parte, bom piloto. É uma pena não ter chance de continuar. A F1 devia voltar a ter 26 carros no grid. Nasr certamente estaria lá.

Márcio Madeira – Faz tanta diferença assim? A verdade é que – salvo informações de bastidores eventualmente relevantes e desconhecidas – ele não causou a impressão necessária para dar continuidade à carreira no topo do esporte sem depender de investimentos substanciais por parte de terceiros.

Lucas Carioli – A verdade é que Nasr não impressionou o suficiente para os dirigentes fazerem fila à sua porta.

Qual a dupla mais interessante da temporada?

Eduardo Correa – Esta é fácil: em primeiro lugar, Hamilton x Bottas, em segundo Verstappen x Ricciardo.

Carlos Chiesa – Laurel & Hardy?

JC Viana – Ricciardo/Verstappen. Será a primeira temporada completa do holandês da Red Bull e Max ainda tem muito a crescer, enquanto Ricciardo terá que lutar muito para não ser engolido pelo fenômeno holandês.

Rafael Mansano – Ricciardo e Vestappen.

Manuel Blanco – Hamilton – Bottas. O inglês vem de perder um campeonato que pensava ter já no bolso. O finlandês, chega à Mercedes com muito experiência na categoria, no uso do motor alemao e muito mais acustumado a poupar equipamento do que o britânico. Pode ser que Bottas, espero, seja uma grata surpresa ( nao para Hamilton )

Lucas Giavoni – A dupla “café com leite” e “pão com manteira”. Porque cafeína e carboidratos serão importantes, já que eu não conto com a adrenalina e a endorfina pra ficar acordado – sobretudo nas sonolentas corridas da madrugada.

Márcio Madeira – Ricciardo e Verstappen.

Lucas Carioli – Hamilton e Bottas, sem dúvida. Vai ser interessante ver como os dois se comportam. Lewis já parece incomodado.

Mário Salustiano – Hamilton e Bottas, a disputa entre esses dois pode tornar o ano ao menos interessante, caso contrário teremos um ano sonolento

Serão 20 corridas, Alemanha campeã do mundo e sem corrida. Qual corrida faz mais falta no calendário de 2017?

Eduardo Correa – Nurburgring – o velho traçado. Quem sabe um dia… Aliás, por que a Liberty Media não pensa nisso?

Carlos Chiesa – As tradicionais.

Rafael Mansano – São tantas que seria difícil listar. Pra manter na Alemanha, Hockenheim (com as retas).

Manuel Blanco – A única corrida que faz falta é uma boa. Onde seja me é totalmente indiferente. Contudo, tampouco me iludo neste caso pois com os tilkodromos…

Lucas Giavoni – Recentemente conversando com o Mauro Santana, disse que jogaria fora, sem titubear, pelo menos 5 corridas: Bahrein, Rússia, Azerbaijão, Malásia e Abu Dhabi. No lugar delas daria pra colocar, dos circuitos ativos, Nürburgring, Paul Ricard, Portimão, Jerez e Adelaide, esta última, doidinha pra voltar. Imagina que legal ter Melbourne na primeira semana e Adelaide na seguinte?

Márcio Madeira – Minha tendência é valorizar mais as pistas que os países. Adoraria ver a F1 correndo em Macau, por exemplo.
Mas parece que estamos perdendo nossa capacidade de levar certas loucuras adiante.

Lucas Carioli – Alemanha, sem dúvida. E ainda não me conformo de não mais existir um GP da França.

Marcel Pilatti – Hockenheim antigo.

Mário Salustiano – para um purista como eu qualquer corrida na Europa faz falta e sem pachequismo a do Brasil inclusa, o fato da Alemanha estar fora apenas mostra que cada vez menos países mais desenvolvidos estão dando bola para as cobranças absurdas deixadas na gestão Bernie

Sem a Manor no grid, a F1 perde duas vagas que eram porta de entrada para novos pilotos deixando essa função somente para a Red Bull?

Eduardo Correa – Parece que sim, mas pilotos endinheirados sempre podem sonhar com uma Williams.

Carlos Chiesa – Parece que sim. Mas o objetivo da F1 não deve mesmo ser o de lançar pilotos novos. Max V., assim como Kimi (ao seu tempo), foram fenômenos que chegaram muito cedo à categoria e se firmaram. Não vejo isso como regra.

Rafael Mansano – Aparentemente não. Equipes em crise financeira estão abrindo suas portas, basta olhar para Williams e Force India.

Manuel Blanco – Mais do que uma porta de entrada, parecia ser de saida ! Essas equipes eram autenticas “”trituradoras”” de jovens promessas, algo indigno de uma categoria que se diz a melhor. A Red-Bull vem fazendo um bom trabalho neste quesito, portanto prefiro qualidade a quantidade.

Lucas Giavoni – A F1 está sem mobilidade, e isso, claro, é péssimo porque também enforca as categorias de base. Talentos escalam os degraus do esporte a motor e dão com a cara na porta na hora de chegar na F1 simplesmente porque não há vagas. Sinceramente não sei o que fazer. Quero ver a Liberty Media resolver esse mega-pepino, eles recebem milhões de salário justamente pra isso.

Márcio Madeira – Alguns pilotos deixaram boa impressão por lá, mas quantos ascenderam na categoria após passagem por Hispania, Caterham ou Manor, com os vários nomes que utilizaram? Se é para apenas encher o grid, então talvez tenhamos que falar em três carros por equipe, ou no retorno dos competidores privados…

Lucas Carioli – Grids pequenos são muito ruins e desinteressantes. O esporte precisa das equipes pequenas e simpáticas. Alguém tem que ser o último colocado, é ilusão imaginar uma categoria onde todos tem o poder de uma Mercedes ou Ferrari.

Mário Salustiano – situação delicada, treinos restritos, custos elevados e poucas opções de entrada, praticamente acabou a chance de um novato chegar sem estar atrelado a um time de ponta

Qual será o fato que chamará mais atenção em 2017: o nome do campeão ou o destino de Alonso?

Eduardo Correa – Não sei, mas vou prestar muita atenção aos rádios do espanhol. O ano promete…

Carlos Chiesa – Espero que seja a primeira alternativa. Alonso tem talento indiscutível, mas seu lado negro parece atrapalhar as equipes em que atua/atuou, exceto a Renault de Briatore. A meu ver, o lado negro dos dois se complementava, e a prova é o absurdo acidente de Nelsinho. Se foi mesmo ideia desse garoto, não apenas é desonesto como pouco inteligente. Não considerar que essa manobra seria descoberta não me parece ser uma manifestação de inteligência. E não considerar que isso poderia acabar com sua carreira então… A rigor, o maior prejudicado foi Massa. Acho incompreensível não terem anulado a vitória de Alonso.

Rafael Mansano – Destino de Alonso, principalmente se não se aposentar.

Manuel Blanco – Espero que o fato que realmente chame a atenção seja uma melhora da categoria e, com isso, da competição. É decepcionante ver como o talento do melhor piloto dos últimos anos é desperdiçado impiamente, algo que não diz muito a favor da categoria. Este seria outro ponto a “”melhorar””.

Lucas Giavoni – O destino de Alonso já está selado – cai comer muita poeira com esse motor Honda de moer garapa. Mas ainda podemos nos livrar de um manjado título para Hamilton, que até a largada em Melbourne é o favorito. Vettel, pode dar uma ajudinha?

Márcio Madeira – A possível despedida de Valentino Rossi. E seria muito bom se tivéssemos alguma boa notícia sobre Schumacher também.
Mas, falando da F1, adoraria que a disputa pelo campeonato não ficasse restrita a uma única equipe. Essa, a meu ver, seria a grande notícia do ano.”

Lucas Carioli – Acho que os chiliques do Alonso são mais interessantes (risos).

Mário Salustiano – o destino de Alonso, acredito que haverá uma ruptura barulhenta entre ele e a Mclaren, mais uma na conta do espanhol, um talento desperdiçado por escolhas erradas desde 2006

Quem será o campeão de 2017?

Carlos Chiesa – Lewis Hamilton (#44)
JC Viana – Lewis Hamilton (#44)
Rafael Mansano – Lewis Hamilton (#44)
Manuel Blanco – Valtteri Bottas (#77)
Lucas Giavoni – Lewis Hamilton (#44)
Márcio Madeira – Sebastian Vettel (#5)
Lucas Carioli – Sebastian Vettel (#5)
Marcel Pilatti – Lewis Hamilton (#44)
Mário Salustiano – Lewis Hamilton (#44)

Quem será o novato do ano?

Carlos Chiesa – Stoffel Vandoorne (#2)
JC Viana – Esteban Ocon (#31)
Rafael Mansano – Stoffel Vandoorne (#2)
Manuel Blanco – Stoffel Vandoorne (#2)
Márcio Madeira – Esteban Ocon (#31)
Marcel Pilatti – Esteban Ocon (#31)
Lucas Carioli – Stoffel Vandoorne (#2)
Mário Salustiano – Lance Stroll (#18)

Ficha do Grande Premio da Australia de Fórmula 1

Rolex Australian Grand Prix

Edições: 22 (1996-2017)
Perimetro: 5303 metros
Voltas: 58 (307.574 km)
Volta mais rápida: 1’23.529 (2011 – Sebastian Vettel – Red Bull/Renault)

Lembrando 2016

Vitória: Nico Rosberg – Mercedes – 1:48’15.565
Pole position: 1’23.837 (Lewis Hamilton – Mercedes)
Volta mais rápida (em corrida): 1’28.997 (Daniel Ricciardo – Red Bull/TAG Heuer)

Flaviz Guerra
Flaviz Guerra
Apaixonado por automobilismo de todos os tipos, colabora com o GPTotal desde 2004 com sua visão sobre a temporada da F1.

3 Comments

  1. Edu disse:

    Dormi nas duas perguntas finais!

    Meu favorito para o campeonato: Hamilton

    Novato: sinceramente, não arrisco

    Abraços

    Edu

  2. Mauro Santana disse:

    Pergunta 1 – Já faz anos que estes testes de pré temporada não mostram quase nada, e a ultima grande novidade que apareceu neles, foi a Brawn GP em 2009.

    Pergunta 2 – realmente eles estão num poço sem fundo, e sendo assim, acredito que o melhor caminho para a Mclaren, seria botar pressão para que este regulamento dos motores híbridos + baterias seja derrubado ao fim deste ano, e para isso, a Mclaren precisa contar com o apoio da sempre chorona Ferrari, como a Mercedes fez nos anos de domínio da RBR.

    Pergunta 3 – Vai andar bem, e provavelmente voltará a figurar ao pódio em algumas corridas.

    Agora, vitória, só em caso de corridas malucas.

    Pergunta 4 – Gostei muito da Renault

    Pergunta 5 – Talvez, mas, o problema maior nas corridas, continua sendo esta obrigação de usar dois compostos diferentes de pneus durante as corridas.

    Pergunta 6 – Nada é para sempre, mas, temo que seja um início de uma era sombria, isso sim.

    Pergunta 7 – Pode ser, mas nem sempre o que é o “melhor”, é de fato o melhor!

    Pergunta 8 – Nem Galvão e nem Reginaldo sabem, talvez o Burti.

    Pergunta 9 – Ricardo e Verstapen

    Pergunta 10 – Kyalami

    Pergunta 11 – Isso não quer dizer nada, pois basta ser um jovem piloto com uma tonelada de dinheiro, que hoje teria vaga até de reserva da Mercedes, pois a Williams já tem até um de titular.

    Pergunta 12 – Pra mim, o destino de Fernando Alonso, pois tudo leva a crer que Hamilton tende a caminhar de braçada para seu quarto título.

    Porem, pode acontecer com Hamilton, o mesmo que aconteceu com Piquet em 86.

    Pergunta 13 – Raikkonen

    Pergunta 14 – Stroll

    Abraço e uma Excelente Temporada a todos nós!

    Mauro Santana
    Curitiba-PR

  3. Fernando Marques disse:

    1Vou dar o meu pitaco:
    Pergunta 1) Torço para a Ferrari estar forte mas depende muito mais do que pode ser evoluído no carro ao longo da temporada do que os resultados dos testes da pré temporada em si.

    Pergunta 2) A unica coisa que sei que jamais imaginaria um fracasso tão grande em se tratando de uma parceria Mclaren/Honda

    Pergunta 3) Vou torcer pro Massa ficar no Top-6.

    Pergunta 4) O carro mais interessante (menos feio) para mim é a Ferrari

    Pergunta 5) Mudanças dinâmicas nas corridas só acontecerá no momento em que houver equilibrio de forças entre as equipes ou pelo menos entre as 3 melhores

    Pergunta 6) A Formula 1 pode sim estar entrando numa nova era, mas discordo do nome do Flavio Briattore na pergunta … Ele foi expulso da Formula 1 por atitudes anti-esportivas ….

    Pergunta 7) O que me interessa na F-2 é o Sette Câmara … mas não sabia que a F.1 só era 5 segundos mais rápida que a F.2 ….

    Pergunta 8) Cadê o Felipe Nars … sumiu legal

    Pergunta 9) Verstapen e Daniel Ricciardo deverão render a melhor disputa interna dentre todas as equipes … O Bottas na Mercedes ainda é uma incógnita …

    Pergunta 10) Eu gostaria de ver novamente a F.1 correndo em Estoril

    Pergunta 11) Eu acredito que uma nova equipe entrará na Formula 1 no lugar da Manor …

    Pergunta 12) Se o Bottas não der certo na Mercedes pode escrever que a Mercedes terá Hamilton e Alonso de novo numa mesma equipe

    Pergunta 13) Lewis Hamilton será o campeão de 2017

    Pergunta 14) O Novato do ano : Esteban Ocon … isso por que o Vandoorne não deve durar muito nas corridas já que ele vai andar de Mclaren Honda

    Fernando Marques
    Niterói J

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