We are Back!
Absolut(o)
14/11/2012Cowboys & Aliens
19/11/2012Faltam duas provas para o fim de um campeonato histórico. E voltamos à América!
Faltam duas, só duas! O tiro final de 5 provas do mini campeonato entre Alonso e Vettel chega ao seu ápice. Foram 3 provas tensas. Foram 3 corridas dignas de um campeonato de contornos históricos. Um campeonato com vitórias sofridas, corridas perdidas, 8 vencedores diferentes (um deles com 4 triunfos seguidos), retorno de um campeão mítico com uma vitória de pura frieza e controle. Inacreditavelmente um campeonato que trouxe uma corrida decente em Abu Dhabi.
É um campeonato épico. E com contornos históricos, voltamos ao Estados Unidos! Um país que vive uma relação conturbada com a F1. São idas e vindas, adaptações, conquistas e fracassos bíblicos!
Não importa, voltamos à America!
A história do GP dos EUA é estranha. Sim, estranha. A mídia pacheca brasileira tupiniquim progressista acredita que o GP dos EUA é um fracasso de critica e publico. Em termos.
Aproveitamos pra fazer algumas pesquisas com pessoas que frequentam/nasceram nos Estados Unidos. Douglas Souza, diretor de supply chain do Makro, garante que é não necessário assistir o jogo de futebol. O Palmeiras vai cair, portanto sintonize no SportTv – ou no site de videos na internet – para acompanhar o momento culminante desse campeonato de 2012. O americano nativo de São Francisco, Douglas Woods, da Boston Consulting Group, garante que para um fã de Nascar é um tanto complicado as pessoas dirigirem por 80 voltas sem ninguém bater em ninguém. Parece coisa de meninas delicadas que não querem se sujar. São contra-pontos que no mínimo deixam dúvida sobre a real antipatia dos americanos com a F1.
Mas pera lá. A história da F1 na América é muito rica. São 51 provas até hoje. Sim, 51! O campeonato de 1981 teve a abertura e o encerramento, respectivamente em Long Beach e Las Vegas. O campeonato de 1982 teve 3 corridas, além das pistas de 1982, a chegada do traçado na ruas de Detroit. Ao todo foram 9 pistas/traçados americanos a receber o circulo da F1 em uma história que começou em 1959 e terminou em 2005. Para não gerar confusão, não estamos considerando aqui as provas de 500 Milhas de Indianapolis que o povo da F1 foi participar.
Essa história toda começou em Sebring, na Flórida. Depois disso, em 1960 atravessou a américa e foi correr no circuito de Riverside na Califórnia. Depois dessas duas experiências, o GP dos EUA mudou-se para o lendário circuito de Watkins Glen. A pista de Glen nos trouxe muitas alegrias, como esquecer a vitória de 1970 do grande Emerson? Glen realmente caiu nas graças da F1 e manteve o GP dos EUA por 20 anos.
httpv://www.youtube.com/watch?v=xG26yFWH1jM
Na história americana da Fórmula 1 foram 20 corridas no Glen, 1 em Sebring, 1 em Riverside, 1 em Dallas, 7 em Detroit, 2 em Las Vegas, 3 em Phoenix, 8 em Long Beach e 8 em Indianapolis (no circuito misto que recebeu aquele vexame da Michelin tirando os caros do grid).
Pra variar, o maior vencedor de um GP norte americano é o tal do Michael Schumacher: Ele venceu em Indianapolis em 2000, 2003, 2004, 2005 e 2006. Mas essa glória de “pentacampeão do GP dos EUA” ele divide com Ayrton Senna: o brasileiro venceu 3 vezes em Detroit (1986-87 e 88) e mais duas em Phoenix (1990 e 91).
httpv://www.youtube.com/watch?v=7FPtU7Vp4EA
O circuito de Austin é mais uma criação do multi-odiado e nosso arquiteto favorito Tilke. Quem andou pela pista nas voltas inaugurais ou nos simuladores garante que o Sr Tilke “deu uma dentro”. Aparentemente o circuito é uma montanha russa, com mudanças de elevações e sequencias de curvas rápidas. São vinte curvas no novo Circuito das Américas. A receitinha clássica do mestre Tilke está lá: sequencia de curvas, cotovelo, retão, cotovelo. Qual a novidade? A nova pista se desdobra por 3,427 milhas. Isso gente, nas Américas é tudo em milhas. Tilke, pra não errar, se inspirou em várias curvas clássicas dos circuitos tradicionais. Dê uma espiada na curva 7 e 8, parece muito com o famoso S do Senna em Interlagos. Logo a seguir as curvas 16, 17 e 18 tentam repetir o unico sucesso unanime do alemão desenhado em Instambul!
Nenhuma equipe apareceu no circuito ainda. Só simuladores e informações de show cars. A Pirelli também nunca pisou por lá, só recebeu informações e amostras de asfalto. Para não errar, todo mundo de pneus P Zero médios e duros. Além disso, cada equipe terá um jogo de pneus duros adicional para coletar mais iformações da pista.
httpv://www.youtube.com/watch?v=S5gLoxNE7ms
Por conta disso, os comentários de todos é sobre o mercado sensacional e inexplorado pela F1. Todos querem vender mais. Todos querem expor a marca. Bom, é isso que a F1 virou: mercado e exposição de marca.
Os dois campeonatos (pilotos e construtores) podem ser finalizados nesse fim-de-semana. Não há espaço pra erros. E nesse tira-teima final a Red Bull chega em vantagem. Além de estar com o carro em melhor forma, ainda participou dos testes de novatos em Abu Dhabi. Foram 3 dias de pista que a Ferrari “gastou” no primeiro semestre. Que hora, não? Alonso ainda sonha com o novo pacote de atualizações que promete aproximar seu carro dos touros de Newey.
A Mclaren está em procedimento padrão. E todas as outras equipes também. O pelotão intermediário marca paassao para temporada de 2013 sem muitas novidades nos carros além de peças para 2013 que precisam ser testadas. É triste, mas é isso. Os únicos mais empolgadinhos estão no box da Lotus por conta do sonho da vitória nas arábias.
No pelotão do fundão, a única notícia relevante é a venda da HRT. Declaradamente em busca e em conversas avançadas com qualquer pessoa que queira comprá-la.
O retorno das F1 à américa pode coroar o campeão. Se prepare. Confira onde conseguirá ver a corrida. A globo vai passar o jogo do Palmeiras com um resultado já previsível. Emoção de uma corrida nova, num país que busca se firmar na F1, com uma decisão de título? Isso é imperdível, ainda mais em 2012, o ano do campeonato mais incrível dos último anos!
Não dá pra perder!
Abraços,
Flaviz Guerra – @Flaviz
| Informações da Pista | |
| Dimensão: 5.513 km Voltas: 56 Distancia: 308.405 km Volta mais Rápida*: — |  *Volta mais rápida em corrida |
17 Comments
Havia o GP dos EUA Oeste (de 1976 até 1984). Mas em 1985 a corrida do “lado oeste” foi cancelada (num sei bem o motivo! $$$ provavelmente!). Mas a corrida em Detroit era “The East US GP” (ou algo do tipo). Vai entender a FIA!
E a Ferrari aprontou! De novo! Certas coisas nunca mudam na FIArrari, digo, na Ferrari.
Percebi um “ingrediente” (não tão) novo na “receitinha clássica” do Tilke mencionada pelo Flaviz.
Assim como na Índia, agora a pista se alarga abruptamente nos harpins – ou cotovelos, como preferirem – tornando o ápice da curva quase “inalcançável” em um primeiro momento.
Ainda não sei se isso é bom ou ruim, mas eu achei, no mínimo, estranho.
Eu só consigo achar isso bom para as confusões das largadas. Um monte de espaço para um monte de carro se embolar.
Vamos comentar a pista de Austin. Com o mau humor que ela merece.
Pelo que li na entrevista do Livio Oricchio, do Estadão com o alemão picareta, ele não plagiou apenas seus próprios circuitos, como plagiou o circuitos dos outros.
O primeiro trecho é uma cópia mal feita do trecho de alta da Maggots, Becketts e Chapel de Silverstone. Não termina em uma reta, como no original, mas sim em um outro S, que faz perder o embalo e o tesão. Em seguida, um cotovelo que você pode dizer que é igualzinho ao de A1 Ring, da Índia, de Hockenheim ou da Coreia do Sul – escolha seu preferido, são todos a mesma porcaria. Depois, ó surpresa, temos uma reta enorme que termina em outra curva pontuda, com vértice como apex – os pilotos estão reclamando que ela é lenta demais.
O trecho seguinte é outra cópia fuleira, desta vez do trecho do Estádio de Hockenheim – sim, aquele mesmo circuito que foi estuprado pelo picareta, a título de “preservar a floresta negra” (baboseira do cacete). Após esse pseudo-estádio, uma curva de raio longo, único elemento de emoção nos circuitos daquele cara [perceberam que eu o desprezo com tamanha intensidade que eu sequer falo o nome dele?]. Então é só contornar outras duas curvas pontudas (qual é o problema deste cara em desenhar curvas “redondas”?), voltamos para a reta dos boxes.
Em resumo: uma colcha de retalhos que até pode ser esteticamente belo e seguro, mas que jamais vai ser uma Suzuka.
E de quem é a culpa por mais um circuito infame? Todos nós sabemos…
Abração!
Lucas Giavoni
Lucas, nesse ritmo o Tilke vai acabar copiando um traçado inteiro em outro terreno.
Aliás, alguém tem noticia da pista no Goiás que seria reformada pelo Tedesco?
Para Tilke uma curva do tipo “Peraltada” (Inclinada) ou Parabólica… nem pensar!
Ele tem uma tara insaciável pela Curva Adelaide!
Tilke plagiou mas… plagiou do jeito mais mequetrefe possivel!
Estou contigo Lucas!
E as curvas 1 e 2 do autódromo goiano, certamente serão transformadas em algum tipo de cotovelo.
Que fiasco!
Eu sempre achei a pista de Watkins Glen fantástica em termos de traçado assim como Laguna Seca … sei lá sou da opinião que se o GP dos EUA fosse numa dessas pistas todo mundo ia querer ver …
Foi em Glen que Emerson venceu pela primeira vez na Formula 1. E foi lá tambem que ele faturou seu bi campeonato em 1974 com PAce chegando em 2ª lugar em suas primeiras corridas na Brabham.
Uma lembrança legal que tenho dos GP dos EUA foi em Long Beach 1980 quando Nelson Piquet conquistou a sua primeira vitoria na Formula 1 e no podium estava tambem o Emerson Fittipaldi com seu Copersucar em 3º lugar. Deve ter sido um momento especial para o Piquet não só pela vitoria mas por ter o Emerson com ele entre os vencedores …
Em 1981, tambem no GP dos EUA, Piquet travou duelo com Reutman e ganhou seu primeiro titulo mundial.
Senna teve momentos memoraveis na terra do Tio Sam e até BArrichello meio na churumela triunfou em Indianapolis.
Resumo da Opera … os GP dos sempre foi de boas lembranças para nós brasileiros.
Agora neste novo circuito de Austin quem sabe dê uma zebra e MAssa triunfe … já pensaram nisto? … hehehehehe
Fernando Marques
Niterói RJ
Fernando, Temos várias lembranças mesmo! Agora se o Massa virar uma dessas lembranças vai ser uma zebra épica!
Depois dessa decisão da Ferrari … esquece …
Fernado Marques
Niterói RJ
As 500 Milhas de Indianapolis foram colocadas nas temporadas de 1950 a 1960 para que o Campeonato fosse “Mundial”! Foi o jeitinho encontrado pela FIA.
E Bernie, tenta, mais uma vez, entrar no mercado estadunidense. Long Beach, Las Vegas, Detroit, Dallas, Phoenix, Indianapolis (na pista mista) e Austin. Agora vai?
Talvez Las Vegas tenha sido a pior pista a receber corrida de F-1. Boa parte da pista foi feita no estacionamento (?????) do hotel – e cassino – Cesar’s Palace (!!!!!).
Para variar Tilke projetou uma pista com a “Curva Adelaide” (um cotovelo de +ou- 45 graus). E um trecho que se parece com o “S do Senna” e a curva 8 de Kurtkoi. Pelo menos o autodromo tem cara de autodromo! Não se parece com um shopping-center! A ver!
Flaviz, vale também a lembrança que além da primeira vitória de Emerson e por consequência do Brasil na F1 ,o velho Glen foi o palco do Bi do Emerson em 74, lembro bem dessa conquista numa das poucas vezes que a TV passou essa corrida ao vivo, aliás as provas americanas nesse ultimos 40 anos foram as que a TV mais tungou do torcedor em passar ao vivo
abraços
Mário
Levando-se em conta que uma das 5 vitórias de Schumacher é Indy 2005, o recordista dos GPs dos EUA é o Ayrton isoladamente.
Pior é que tem gente que acredita que em 2005 Schummy mandou bem pois venceu partindo do quinto lugar. Lamentável.
Flaviz
Faltou mencionar as três vitórias de Senna em Detroit 86, 87 e 88, o famoso Detroitri.
Abraço!
Mauro Santana
Curitiba-PR
Bela lembrança Mauro!
Mauro, fui procurar e oficialmente Detroit era chamado de GP dos EUA Leste. Deixando as 3 vitórias do Senna fora da contagem oficial dos vencedores do US Grand Prix.
Não sei o porque dessa denominação mesmo em anos com um só GP nos Estados Unidos. Algum leitor pode nos ajudar?