Olá, amigos!
Voltando à série de grandes pistas utilizadas pela NASCAR em seu campeonato atual, hoje falarei sobre a história de umas das pistas mais importantes do calendário, aquela chamada de “The Great American Race” (A maior corrida Americana), por ser o maior evento da NASCAR: Daytona.
A origem da pista está ligada também à origem da categoria americana. Foi na praia de Daytona onde foram disputadas as primeiras corridas que iniciaram o movimento sem volta para a criação da NASCAR. A primeira prova oficial da categoria foi disputada em Daytona, mas pista atual foi construída entre os anos de 1957 e 1959. Já em seu primeiro ano foi realizada a primeira prova de 500 milhas, ou 805 km, porém o nome Daytona 500 só foi adotado em 1961, continuando até os dias de hoje.
Para ser ter uma ideia da importância da pista e seu evento como primeira corrida da temporada, o vencedor da prova é chamado de “Campeão da Daytona 500”, tamanho seu prestígio. É possível afirmar com toda a certeza de que, se todo piloto de Indy quer vencer a grande Indy 500 e todo piloto de F1 quer vencer em Mônaco, todo piloto da NASCAR quer vencer a Daytona 500. Indiscutivelmente.
A corrida inaugural da nova pista, em 1959, marcou de forma espetacular o início da história do novo traçado. O encerramento da prova, em sua bandeirada final, trouxe carros tão próximos que teve que ser decidida por “photo finish”, e somente após três dias.
Até 1969, Daytona era pista mais rápida da categoria, sendo superada somente por Talladega, dez anos após a construção do oval.
Daytona também marcou o início de uma nova era para a categoria, a Era da Televisão, para atingir o público em massa.
A prova Daytona 500 de 1979 foi a primeira corrida transmitida ao vivo em sua integridade nas tvs do país. Nem mesmo a famosa Indy 500 era transmitida em sua integridade, nessa época. A prova ganhou ainda mais notoriedade e publicidade por transmitir uma disputa fantástica, seguida de batida na última volta e com direito a troca de socos entre Cale Yarborough, Donnie Allison e Bobby Allison, irmão de Donnie. A prova foi vencida por Richard Petty, mas a imagem mais marcante foi a da disputa seguida de briga. Confira abaixo.
Infelizmente a pista não guarda somente boas lembranças para os fãs da NASCAR. Em 2001, na corrida inaugural do ano, Dale Earnhardt sofreu o acidente que tirou sua vida, na última volta da prova. Desde então, a NASCAR efetuou uma série de mudanças visando a segurança, introduzindo o safety wall e a necessidade de uso de capacetes fechados em conjunto com o hans device.
A pista de Daytona é marcada por muitas outras chegadas marcantes. Escolhi algumas delas para compartilhar com vocês.
2007 – Martin vs. Harvick
2016 – Hamlin vs. Truex Jr.
1976 – Pearson vs. Petty
1998 – Earnhardt finalmente vence a Daytona 500 (não pela chegada em si, mas por 20 anos de tentativas por parte de Dale Sr. e pela comoção ao fim da prova)
Chegadas de arrepiar, não?
A pista de Daytona não promove apenas a primeira corrida do calendário, garantindo assim duas visitas por ano da principal categoria americana. Foi inclusive nessa segunda prova do ano, onde tivemos a visita do presidente norte americano Ronald Reagan, em 1984, prova esta que marcou a vitória de número 200 de Richard Petty. Essa história eu contei aqui.
Entre os grandes vencedores da NASCAR que receberam o título de “campeão da Daytona 500”, Richard “The King” Petty é o piloto que mais conquistou triunfos, com incríveis 7 vitórias. Cale Yarborough é o segundo piloto com mais vitórias, tendo conquistado 4 delas. Na sequência temos a trinca composta por Bobby Allison, Dale Jarrett e Jeff Gordon, cada um com três vitórias. Dos pilotos em atividade, Jimmie Johnson é o que possui mais vitórias, com duas em seu currículo e o atual vencedor é Austin Dillon, que levou o carro número 3 ao victory lane 20 anos após Dale Earnhardt conquistar esse feito com o mesmo número.
Uma pista que respira história, marcada por grandes disputas, grandes vitórias, cobiçada por todos os pilotos da NASCAR, e que também recebe outras provas muito importantes, como as 24 horas de Daytona, prova de Endurance disputada por protótipos, merece ser preservada e reconhecida por toda a eternidade. Vida longa à Daytona!
O Campeonato de 2018 viu no último fim de semana, na verdade na segunda-feira, por conta da chuva no domingo, a disputa da última prova da temporada regular, na tradicionalíssima pista de Indianápolis. O vencedor foi Brad Kaselowski, após uma batalha intensa e dura com Denny Hamlin, batendo porta com porta. O campeão da primeira parte da temporada foi Kyle Busch, um dos “Big three” do ano. Agora começam os playoffs, com 16 pilotos com possibilidade de percorrer o caminho ao título. A classe de 2018 é formada pelo já citado Kyle Busch, Kevin Harvick, Martin Truex Jr., Brad Kaselowski, Clint Bowyer, Joey Logano, Kurt Busch, Chase Elliott, Ryan Blaney, Erik Jones, Austin Dillon, Kyle Larson, Denny Hamlin, Aric Almirola, Jimmie Johnson e Alex Bowman.
Uma mistura bastante interessante de pilotos experientes e jovens promessas, vai ser um final de campeonato de arrepiar, sem dúvida.
Pra quem vai sua torcida? Vamos aguardar a primeira corrida em Las Vegas para ver se o Big Three continuará dando as cartas ou um azarão vai se meter entre os grandes.
Até a próxima!
3 Comments
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Rafael,
Daytona, Indianapolis, Laguna Seca … a verdade é que na terra do Tio Sam o que não falta são templos do automobilismo mundial.
Dos videos, a final que mais gostei foi a de 1976.
Sua coluna está show de bola
Fernando Marques
Niterói RJ
Obrigado, Fernando. Realmente, a chegada de 76 foi antológica.
Abraço.