As lendas do Hall of Fame

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Olá, amigos!

Começando a temporada 2018 de colunas no nosso grande GPTotal, hoje venho aqui falar sobre a premiação voltada às grandes estrelas da NASCAR, o último passo para se tornar uma lenda da categoria, o famoso NASCAR HALL OF FAME.

Construído na cidade de Charlotte, na Carolina do Norte, entre os anos de 2007 e 2010, o complexo que abriga o Hall of fame da NASCAR traz um conjunto de prédios utilizados para outros departamentos da categoria, como a Central de Mídia Digital, a Divisão de Licenciamento e também a área que cuida dos jogos de video game da NASCAR. Realmente é uma área extremamente grande, com mais de 36 mil metros quadrados. Além dos escritórios da NASCAR, o local também abriga um grande museu da categoria, com grandes carros, vídeos antigos, sessão de homenagem às grandes pistas, todos os eleitos para o Hall of fame, além de experiências voltadas aos fãs, como simulação de um fim de semana da NASCAR, café, lojas e tudo aquilo que os americanos sabem fazer muito bem.

Falando mais especificamente sobre a premiação honrosa, o Hall of fame foi criado para homenagear pilotos que exibiram grande talento nas pistas, donos de equipe, chefe de mecânicos e personalidades que se destacaram, além de contribuir para a evolução do esporte. A seleção dos indicados é feita por um comitê de 20 a 22 membros, estando entre eles, representantes da NASCAR, a empresa, donos de pistas longas e traçados curtos históricos, que fazem parte do passado da categoria.

Após a seleção dos indicados, acontece a introdução de alguns deles, selecionados por um segundo comitê, composto do seguinte corpo: quatorze representantes da mídia, entre donos dos direitos de transmissão e também da Associação Nacional da Imprensa de Esportes à motor, um representante para cada montadora participante da categoria, sendo elas, Toyota, Ford e Chevrolet, três ex-pilotos, três ex-chefes de equipe, três ex-chefes de mecânicos, o atual campeão da categoria e uma cédula que representa os votos dos fãs, computados no site NASCAR.com. Bastante gente, não?

Para ser um dos indicados, é necessário preencher uma série de requisitos, de acordo com a “categoria” do candidato. Para pilotos, é necessário ter competido por no mínimo dez anos na categoria e ter se aposentado a, no mínimo, três anos. A regras dos três anos de aposentadoria é dispensada para pilotos que competem a mais de trinta anos na categoria, ou que tenham cinquenta e cinco anos de idade. Para os candidatos que não foram pilotos é necessário que eles tenham se envolvido na indústria por mais de dez anos. Existem exceções, mas elas são bem poucas.

A cada ano são nomeados vinte candidatos para o Hall of fame, dos quais, cinco são introduzidos no seleto grupo. Ao dar uma olhada na lista de nomes já escolhidos e votados para fazer parte do Hall of Fame, dá pra entender porque o grupo é seleto. Na primeira cerimônia de escolha, foram incluídos apenas estes: Richard Petty, Dale Earnhardt, Junior Johnson, Bill France Sr. e Bill France Jr. Grupo seleto ou não?

A cada ano, junto com os grandes nomes da categoria, vêm também as memórias dos grandes feitos de cada um dos selecionados. É gratificante ver que a categoria reconhece os grandes, algo que é pouco visto em categorias “não americanas”. Essas pessoas fizeram coisas que pouca gente no mundo fez e merecem estar neste grupo.

A maioria dos indicados até hoje são pilotos, o que é natural, já que são os gladiadores que estão sentindo na pele as emoções e medos dentro das pistas. Mas não podemos esquecer dos donos de equipe como Rick Hendrick e Richard Childress, que elevaram o profissionalismo da categoria com organizações extremamente bem estruturadas. Piloto vencedor tem sempre um bom time em seu apoio, fazendo que seus apontamentos sobre o carro sejam ouvidos e ajustados para melhor desempenho, por isso temos grandes chefes de equipe entre os selecionados, como é o caso de Ray Evernham, o grande mestre por trás das inúmeras vitórias de Jeff Gordon nos anos 90.

A cerimônia de introdução ao Hall of fame é um evento de gala, sempre com a presença de lendas do esporte, grande pilotos e também com a participação de fãs. Sim, é possível comprar um ingresso e estar presente na festa, com preços variando de $45 à $350 dólares.

A lista de nomeados para a turma de 2019 é algo que assusta, de tão boa. Os candidatos, são: Harry Gant (piloto), Jeff Gordon (piloto), John Holman (dono de equipe), Ralph Moody (piloto e dono de equipe), Kirk Shelmerdine (chefe de equipe), Davey Allison (piloto),  Buddy Baker (piloto), Red Farmer (piloto), Ray Fox (construtor, dono de equipe e oficial da NASCAR), Joe Gibbs (dono de equipe), Harry Hyde (chefe de equipe), Alan Kulwicki (piloto e dono de equipe), Bobby Labonte (piloto), Hershel Mcgriff (piloto), Roger Penske (dono de equipe), Larry Phillips (piloto), Jack Roush (dono de equipe), Ricky Rudd (piloto), Mike Stefanik (piloto) e Waddell Wilson (chefe de equipe e construtor de motores). Tarefa difícil escolher apenas cinco em uma lista dessas…

Sem dúvida o Hall of fame é um momento glorioso para quem faz parte, participa ou tem a oportunidade de conhecer. Pra nós, que gostamos de corridas e grande pilotos, é sempre um momento alegre lembrar dos grandes campeões, das personalidades que moldaram a categoria, daqueles que sempre buscaram a excelência em seus dias de competição.

Falando sobre os tempos atuais, o ano começou com grandes corridas, a mais famosa dela, Daytona 500, vencida novamente pelo glorioso carro de número 3, com Austin Dillon, exatos vinte anos após a última vitória do grande Dale Earnhardt. Kevin Harvick, de 42 anos,  varreu as duas corridas seguintes, o que gerou a seguinte declaração de Jimmie Johnson: “E quanto à esses jovens? Ah espere, um cara de 42 anos venceu. E pela segunda vez este ano. Cara, estou feliz por ter 42 anos.

O ano promete! Para quem vai sua torcida? Os jovens ou os “velhinhos”?

Grande abraço!

Rafael Mansano

Rafael Mansano
Rafael Mansano
Viciado em F1 desde pequeno, piloto de kart amador e torcedor de pilotos excepcionais.

2 Comments

  1. Fernando Marques disse:

    Rafael,

    faço das palavras do Mauro a minha também … inclusive na torcida pelo J.J.48 … geralmente ele escolhe um e eu escolho outro na Formula 1 para torcer mas na Nascar ainda sou um calouro em conhecimento … e aí vou com ele na mesma torcida na Nascar para ao menos empatar a disputa … hehehehehe
    Falando em Museu também deve ser um espetáculo visitar o Museu de Indianápolis …

    Fernando Marques
    Niterói – RJ

  2. Mauro Santana disse:

    Mais uma excelente coluna, Rafael!

    E deve ser incrível uma visita neste museu.

    Eu fico na torcida pelo J.J. 48, e a temporada promete ser excelente!

    Abraço!

    E um ótimo final de semana!

    Mauro Santana
    Curitiba PR

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