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As decisões dos principais Campeonatos de 2016 vão chegando... e quais são as suas apostas?

A fase final de um dos campeonatos mais disputados do mundo chegou. A NASCAR entra na fase onde as disputas se tornam mais ferrenhas, com pilotos indo além dos limites para garantir uma vaga para o tão sonhado título. O Chase começou!

Após a disputa das etapas onde todos os pilotos tinham chances de lutar pelo título, teve início no mês passado a disputa para chegar à corrida final com chance de título.

Até o momento de fechamento dessa coluna tivemos as três provas da primeira rodada de eliminação disputadas nas pistas de Chicagoland, New Hampshire e Dover, onde foram eliminados os quatro últimos pilotos entre os dezesseis classificados para o Chase, e a primeira prova da segunda rodada de classificação, disputada na pista de Charlotte.

Se você não lembrar das regras que definem quem participa da disputa pelo título, tem uma explicação na minha coluna inaugural no GPTotal, é só clicar aqui e relembrar.

Como você deve lembrar, nessa fase, a vitória classifica o piloto para a fase seguinte de forma automática, independente dos resultados nas provas seguintes daquela fase de eliminação.

Na rodada onde dezesseis pilotos tinham a chance de seguir na disputa, tivemos duas vitórias de Martin Truex Jr., em Chicagoland e Dover, e a vitória de Kevin Harvick, em New Hampshire. Por pouco Truex Jr. não vence as três provas e varre a primeira fase com autoridade. Harvick conseguiu uma vitória extremamente vital para manter suas chances de levar o caneco, já que nas outras etapas sofreu com problemas. Jimmie Johnson chegou perto de vencer em Dover, porém uma punição nos boxes o fez passar para a próxima fase apenas por pontos.

Os quatro eliminados na primeira fase foram Kyle Larson e seu companheiro de equipe Jamie McMurray, o azarão Chris Buescher e o veterano Tony Stewart, que deu adeus às chances de se aposentar com um título. Apesar da vitória magistral que teve em Sonoma, estava claro que as chances do “Smoke” de conseguir um título eram bem pequenas. De qualquer forma, a classificação para o Chase já foi um grande feito para o velho piloto do carro 14.

A segunda fase do Chase, com os doze pilotos com chances de título, acontece nas pistas de Charlotte, Kansas e Talladega.

A primeira aconteceu há dois fins de semana, com vitória dominante de Jimmie Johnson e seu carro 48. Dessa vez sem os recorrentes problemas nos boxes que marcaram a temporada de 2016, Johnson e seu time fizeram uma prova sem erros e com um carro extremamente veloz. Aliás, algo que pode ser notado nessa fase final do campeonato é a evolução da equipe Hendrick como um todo, já que Chase Elliott, do carro 24, está andando entre os primeiros desde a primeira prova da fase final. Infelizmente ele se envolveu em um acidente no final da prova, mas andou por bastante tempo entre os três primeiros, chegando a liderar a prova em alguns momentos. Prova maior de que a equipe evoluiu foi a aparição do cambaleante Kasey Kahne em um improvável top 5 na corrida de Charlotte.

No Kansas, a vitória ficou com Kevin Harvick, que mostra mais uma vez que nunca pode ser descartado da briga.Teremos mais uma prova até a eliminação para a próxima fase, mas se o facão fosse passado hoje teríamos alguns dos favoritos sendo eliminados, sendo eles: Austin Dillon, esse não é bem favorito e deve cair nessa fase mesmo, mas Chase Elliott, Brad Kaselowski e Denny Hamlin certamente podem ser considerados candidatos à levar o título. O novato que assumiu o carro 24 de Jeff Gordon está fazendo um campeonato excelente, com alguns vacilos, mas sempre andando forte. No Kansas estava mais uma vez andando bem, mas um pneu estourado tirou suas chances de vitória. Denny Hamlin está fazendo um campeonato de altos e baixos, mas se derem mole, ele leva o caneco. Brad Kaselowski foi o maior vencedor da primeira fase do campeonato, levando quatro corridas pra casa. Se ficar de fora da próxima fase vai ser uma surpresa enorme.

Com a vitória em Charlotte, Jimmie Johnson já está tranquilo e garantido para a terceira fase do Chase, assim como Kevin Harvick, após o último fim de semana, mas o que é mais emocionante nesse regulamento é que até o momento temos outros dez pilotos com chances de ser o campeão de 2016. As comparações nem sempre são justas, mas eu, como um fã de automobilismo, não posso deixar de citar outras categorias nesse momento. Na Moto GP temos corridas extremamente disputadas, com um show de ultrapassagens e pegas, mas faltam três provas para o fim do ano e já sabemos que é o campeão. Não que isso vá tirar a emoção das corridas, mas aquela sensação que tivemos em 2015, com o título sendo disputado unha a unha até a última prova, parece cada vez mais distante. Na F1 o caso é bem pior. Temos apenas dois pilotos com chances de título, já que seus carros estão em outro nível na comparação com as demais equipes, porém, as corridas estão chatas, com a emoção durando da largada até o fim da primeira curva. O campeonato está bem perto de ser decidido, já que Hamilton precisa que Rosberg tenha resultados ruins ou quebras, numa época que os carros raramente sofrem algum problema e que nenhuma outra equipe consegue acompanhar as flechas de prata.

O formato do Chase pode trazer discussões como a do ano passado, quando Kyle Busch levou o título mesmo não tendo participado das onze primeiras corridas do ano por ter quebrado a perna em um acidente, enquanto participava de uma prova da Xfinity Series. Muitos consideraram o título injusto, já que o piloto não participou de todo o campeonato. Pra mim, a beleza está justamente no contrário desse argumento. Por que se deve tirar a chance de um piloto depois dele ser obrigado a ficar de fora por uma lesão grave? A motivação do piloto diminuiria, os fãs desse piloto não iriam assistir com a mesma expectativa, seria pior em muitos aspectos.

O que você acha desse formato? Acha justo? Prefere ter quatro pilotos com chance de título ou apenas um?

Grande abraço!

Rafael Mansano

Rafael Mansano
Rafael Mansano
Viciado em F1 desde pequeno, piloto de kart amador e torcedor de pilotos excepcionais.

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