Que fase, John Watson!

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O azar, infortúnio, revés, seja lá qual for o nome, faz parte da vida. Quem nunca pegou a fila mais lerda do supermercado? Eis aqui, este que vos escreve, um expert nesta ilustre arte. Atire a primeira pedra quem nunca esteve com pressa e acabou por enfrentar todo tipo de atraso que jamais aconteceria em situação normal…

Para além do azar isolado e pontual, existe, claro, sua versão em formato de coletivo, que na língua portuguesa ganhou o gracioso nome de “maré de azar”. E as marés são mais do que comuns. É da natureza humana a busca e o reconhecimento de padrões. E quando trata-se dos infortúnios, ao juntá-los todos num mesmo balaio, não é difícil que surja o tão conhecido, brilhantemente reduzido e breve bordão:

– Que fase!

Vamos agora pensar na temática dentro do universo da Fórmula 1. Eu já escrevi que não existe campeão sem pelo menos uma pitadinha de sorte. Porque ninguém se torna campeão colecionando azares. Mas quem seria então, o maior colecionador de azares? Mais: é possível ter azar uma temporada inteira? A pergunta, como se percebe, é bastante aberta a várias interpretações.

Exemplo. Em sua longeva carreira na F1 que foi de 1980 a 1994, o saudoso Andrea de Cesaris teve 14 abandonos em 16 corridas de 1986, correndo pela Minardi. Nessas duas corridas que “sobraram”, não se qualificou em uma (Mônaco, limitada a 20 carros) e foi 8º no México, naquele tempo em que pontos eram privilégio dos seis primeiros. Convenhamos, é um baita exemplo, impulsionado por uma confiabilidade terrível do carro, combinada ao estilo de pilotar um tanto… rústico de nosso saudoso italiano.

Mas gostaria de trazer aqui um exemplo de carro/piloto que tinha potencial pra estar constantemente nos pontos, lutar por pódios e, nas situações certas, ver a vitória lhe sorrir algumas vezes. Pois todo esse potencial se transformou, para mim, naquele que é o maior exemplo de temporada azarada na história.

Refiro-me à campanha de John Watson pela Brabham em 1977.

Argentina: Comecei a temporada… liderando! O que poderia dar errado?

Watson era britânico da Irlanda do Norte e vinha da equipe Penske, com a qual tinha vencido o GP da Áustria e conquistado alguns pódios. O time, porém, havia encerrado atividades naquele mesmo ano, voltando-se em definitivo às corridas nos Estados Unidos. Antes disso, Watson tinha andado com alguns Brabhams de segunda mão, tentou algumas corridas pela Surtees, uma pela Lotus… nada de destaque.

Para 1977, juntou-se à Brabham, que trazia uma versão revisada do BT45. O carro, assinado, claro, por Gordon Murray, tinha linhas mais refinadas, provavelmente as suspensões mais modernas do grid e era empurrado por um Alfa-Romeo boxer-12. Na época, enquanto um Cosworth DFV típico debitava 465 cavalos, o Alfa já havia entrado na casa dos 500 cv – e era grátis para Bernie Ecclestone, atributo do motor que o inglês mais gostava. Foi com esse interessante conjunto que Watson liderou centenas de voltas (precisamente 138 voltas), largou quase sempre entre os seis primeiros, incluindo uma pole e uma volta mais rápida de corrida… mas não conseguiu praticamente nada durante um ano inteiro.

Vamos a um resumo das 17 corridas do ano com nosso herói.

Round 1, Buenos Aires (ARG) [Abandono – Suspensão]: Como haveria melhor maneira de começar uma temporada senão na frente? Foi o que Watson, P2 do grid, fez com o pole da McLaren, o recém-campeão James Hunt, na largada do GP da Argentina. A liderança durou 10 voltas, quando Hunt, provavelmente com o conjunto mais rápido da F1 naquele momento, deu-lhe o troco.

Mas Watson continuou seguindo de perto, chegando novamente ao primeiro posto quando o rival abandonou com suspensão quebrada. Mal sabia ele que seu abandono seria causado exatamente por esse problema, logo em seguida… A vitória acabaria nas mãos de Jody Scheckter, que largou num longínquo 11º lugar, com um time que acabava de estrear na F1, a Wolf, uma tremenda surpresa.

Round 2, Interlagos (BRA) [Abandono – Acidente]: Corrida problemática no Brasil – não apenas para Watson, mas pra todo mundo. O asfalto era uma combinação de abrasividade e fragilidade, pois estava se desfazendo.

Tal combinação provocou uma carnificina de carros na curva 3, onde o cenário estava mais crítico. Watson já tinha um 3º lugar no bolso, atrás apenas da Ferrari do futuro vencedor Carlos Reutemann e de Hunt, quando também escorregou na farofa e bateu. Faltavam apenas 10 voltas para a bandeirada.

Round 3, Kyalami (AFS) [P6, volta mais rápida]: Watson mostrou novamente a velocidade de seu carro ao cravar a volta mais rápida na corrida, marcada pelo horripilante acidente fatal de Tom Pryce e do fiscal de pista atropelado por este.

Mas como Watson largou apenas em 11º, precisou fazer uma corrida de recuperação. Chegou na 6ª posição, mas a apenas 20s do vencedor Niki Lauda, o que na época era uma distância pequena entre os conjuntos. Aquela seria a última corrida de seu companheiro de equipe, José Carlos Pace, que morreria de acidente aéreo dias depois.

Round 4, Long Beach (USW) [Abandono – DSQ]: Com a morte de Pace, Watson ganhou um novo companheiro, o bem-humorado alemão Hans Stuck. Logo na largada, James Hunt (talvez empurrado por trás) retarda demais a freada da primeira curva esbarra com vontade em Watson, catapultando sua McLaren ao espaço.

Enquanto Hunt conseguiu fazer uma corrida de recuperação, chegando em 6º, Watson deixou o carro morrer e acabaria desqualificado na volta 33 por ter sido ajudado ilegalmente a voltar para a corrida. Vitória de Mario Andretti.

Mônaco: cravei pole no lugar que mais importa fazê-la! O que poderia dar errado?

Round 5, Jarama (ESP) [Abandono – Alimentação]: Sexto no grid, Watson foi subindo aos poucos, até chegar à P3, atrás da Lotus de Mario Andretti (que venceria mais uma) e da Ferrari de Reutemann.

Uma rodada, porém, fez Watson cair para quinto. Mas o dia não seria salvo. A 11 voltas do fim, o sistema de alimentação deixou nosso herói na mão.

Round 6, Monte Carlo (MON) [Abandono – Câmbio]: Watson cravou a pole, tão importante em Mônaco, com bons 4 décimos de vantagem. Mas o colega de fila Jody Scheckter largou melhor e tomou-lhe a ponta.

Watson continuou firmemente a perseguir a Wolf, até o câmbio ser o vilão da vez e fazer desaparecer um 2º lugar garantido, quando faltavam 28 voltas para a bandeirada. Scheckter manteve a ponta e venceu.

Round 7, Zolder (BEL) [Abandono – Acidente]: Se a pole não veio, pelo menos Watson largaria na primeira fila. Na largada chuvosa, arrancou melhor que o pole Mario Andretti, apenas para, um par de curvas depois, ser bestamente empurrado pelo americano, fazendo com que ambos abandonassem logo de cara.

A corrida seria vencida por Gunnar Nilsson, 3º no grid e companheiro de Andretti, neste que foi o único triunfo do sueco na carreira.

Round 8, Anderstorp (SUE) [P5]: Sim, um 5º lugar foi o melhor resultado do ano até então, mas novamente foi de modo frustrante. Watson largou melhor que Andretti, o americano deu o troco em apenas uma volta e foi abrindo. Na disputa da P2 com Scheckter, eles acabaram colidindo. Enquanto Scheckter abandonou, Watson teve que ir para os boxes a fim de reparos.

No final, Andretti teve problemas de combustível na penúltima volta, deixando a vitória com Jacques Laffite, a primeira do piloto e da equipe Ligier. Sim, se não fosse a colisão, Watson muito provavelmente teria vencido.

Bélgica: ganhei de Andretti na largada, vou tentar abrir logo de cara. O que poderia dar errado?

Round 9, Dijon (FRA) [P2]: O melhor resultado do ano veio com ainda mais frustração. Quarto no grid, Watson pulou para segundo, logo atrás de James Hunt. Na quinta volta, tomou a ponta, liderando com solidez.

Hunt também perderia a P2 para Andretti, que aos poucos foi tirando a diferença para Watson. Apesar da pressão parecia que a vitória finalmente viria… Mas tinha mais azar no caminho. O motor de Watson deu uma falhada na ÚLTIMA VOLTA, porque o combustível estava acabando. Foi o suficiente para Andretti passar e vencer, com apenas 1,5s de vantagem.

Round 10, Silverstone (GBR) [Abandono – Alimentação]: Watson novamente fez a melhor largada e liderou as 49 primeiras voltas, até o pole Hunt, recuperado de uma má largada, retomar a ponta.

Quanto tudo indicava P2 logo atrás de Hunt, o sistema de combustível novamente traiu Watson, que abandonou a 8 voltas do fim.

Round 11, Hockenheim (ALE) [Abandono – Motor]: Watson largou na primeira fila, apenas atrás do pole Scheckter. Manteve sua posição até o motor estourar logo na 8ª volta.

Naquele momento, Watson estava à frente de Niki Lauda, que seria o vencedor daquela tarde… Seu companheiro Stuck chegou em terceiro.

Round 12, Zeltweg (AUT) [P8]: Décimo do grid, Watson tentou uma tática de pneus, em corrida que foi mezzo seca / mezzo molhada, mas a coisa não deu certo.

Acabou em oitavo, fora dos pontos, uma volta atrás do surpreendente vencedor, Alan Jones, na única conquista da Shadow na F1. Bom de chuva, Stuck repetiu a terceira posição.

França: é última volta e estou controlando Andretti. O que poderia dar errado?

Round 13, Zandvoort (HOL) [Abandono – Motor]: Watson largou em 8º e logo nas voltas iniciais acabou danificando o fundo do carro em uma curva. O óleo do motor começou a vazar e ele não teve alternativa, senão abandonar precocemente de novo. O vencedor foi Niki Lauda, nessa altura disparado nos pontos.

Round 14, Monza (ITA) [Abandono – Acidente]: Sem velocidade nas retas, Watson largou em 14º, no meio do pelotão. Logo na terceira volta, teve a duvidosa honra de ser o primeiro a abandonar, ao se acidentar – ocorrência da qual pouco se sabe. Vitória para Andretti.

Round 15, Watkins Glen (EUA) [P12]: Terceiro do grid, Watson foi o único que tentou a sorte com pneus slick em largada com pista úmida. E o único a se dar mal…

O resto da corrida foi um martírio até a bandeirada, em 12º, duas voltas atrás do vencedor Hunt.

Round 16, Mosport (CAN) [Abandono – Acidente]: Mal deu tempo de curtir a corrida em Mosport e Watson já estava fora. Danificou a suspensão da Brabham ainda na primeira volta, vindo de sua 10ª posição no grid. Terceira e última vitória de Scheckter.

Round 17, Fuji (JAP) [Abandono – Câmbio]: Era a última oportunidade para tirar a “zica” e Watson cravou um belo 3º lugar no grid. Mas o câmbio tratou de estragar a sólida possibilidade de fechar o ano com pódio já na 29ª volta, quando estava na segunda posição. Vitória de Hunt, a terceira dele no ano – e última na carreira.

Grã-Bretanha: Não vou alcançar Hunt, mas o segundo lugar está garantido. O que poderia dar errado?

Ao fim de um ano que poderia ter vencido várias (Argentina, Mônaco, Bélgica, Suécia, França, Alemanha), com pódios certos (Brasil, Grã-Bretanha, Japão), é frustrante fazer apenas 9 pontos e terminar o ano em 13º lugar – sendo que seu companheiro Stuck, que chegou depois e foi menos competitivo, marcou 12.

Mas o potencial estava todo ali. Tanto que a Brabham seria escolhida pelo campeão Niki Lauda em sua fuga da Ferrari.

Watson ainda passaria maus bocados até se reencontrar com a vitória no GP da Grã-Bretanha de 1981, quando pela primeira vez um chassi de fibra de carbono vencia na F1: McLaren MP4/1. Wattie ainda faria uma brilhante campanha em 1982, mas novamente faltou aquele empurrãozinho da sorte para que o título ficasse com ele. Terminou o ano na terceira posição, com duas vitórias e a apenas cinco pontos do campeão Keke Rosberg. E ainda teria aquela espetacular performance em Long Beach no ano seguinte, quando venceu tendo partido da 22ª posição – já notaram que não dá pra repetir isso atualmente com um grid de 20 carros?

Marés de azar existem. Podem ser longas. Longas. Estamos numa pandemia desde março de 2020. É como se fôssemos um pouquinho Watson 1977 neste momento. Mas uma hora a maré de azar acaba. Poderia muito bem ser este ano, não é mesmo?

Que tenhamos um ótimo 2022. Estamos todos precisando.

Abração!

Lucas Giavoni

Lucas Giavoni
Lucas Giavoni
Mestre em Comunicação e Cultura, é jornalista e pesquisador acadêmico do esporte a motor. É entusiasta da Era Turbo da F1, da Indy 500 e de Le Mans.

10 Comments

  1. wladimir disse:

    Bom dia, Lucas.
    Outra coluna magistral!
    Enfrentei várias vezes na vida a situação da urgência que é arruinada por uma série de atrasos. Muitos por conta da leviandade de motoristas que parecem estar em passeio turístico e motociclistas que querem ultrapassar num espaço comparável a uma trinca de parede e quebram retrovisores ou amassam outros veículos. O anuário Motores 77, editado por Domingos Piedade, já denunciava os problemas da injeção de combustível e outros relativos à arquitetura do motor Alfa flat12 desde a temporada de 76. Não tenho ideia de como Watson tratava os carros mas acho que, divergindo um pouco do Fernando Marques, o motor Alfa Romeo ainda não estava no ponto ideal de confiabilidade. José Carlos Pace padecia de um preparo físico deficiente (especialmente comparado a Emerson e Lauda) mas, não fosse a fatalidade, poderia disputar o título pois protagonizou verdadeiros milagres conduzindo March 711 alugado e Surtees com suspensão traseira que não aguentava o downforce e quebrava.
    Ainda no aguardo de Wing Wars parte 8.
    Um abraço.

    • Fernando marques disse:

      Vladimir,

      Os motores da Alfa Romeu nunca atingiram a confiabilidade … Naqueles tempos obvio

      Fernando Marques

  2. Fernando marques disse:

    Rubergil,

    A narrativa do Lucas sobre John Watson foi sensacional. Só que penso que o “x” do problema da Brabham naquele tempo foi o motor Alfa Romeu. Não correspondeu às expectativas da equipe.
    O carro era bom. G. Murray excelente projetista. Conceito muito bom. Tanto é que depois deles abandonar a Alfa e voltar a usar os Ford V 8, nas mãos de Piquet a Brabham voltou a ser competiva, vencedora e enfim campeã.

    Niterói RJ

    • Lucas Giavoni disse:

      Caros amigos,

      Devemos lembrar que o fim da parceria com a Alfa ocorre naquele momento de enorme efervescência do carro-asa. Todos os projetistas estavam tendo muito trabalho para entender como gerar downforce daquele jeito e Gordon Murray não foi exceção. Quando a BT48 foi apresentada, ela nem tinha asa trseira, mas sim uma aba saliente ligada à tampa do motor. E foi o primeiro dos carros-asa a abandonar a asa traseira, tamanha era a geração de downforce.

      Mas o carro era bastante desequilibrado, e um dos motivos era o de ser muito comprido, dado que aquele V12 parecia ter sido extraído de um caminhão.

      Quando Murray teve que adaptar um DFV no seu chassi, encurtando o entreeixo não apenas pelo motor, mas pelo tanque de combustível menor, a coisa deu muito certo logo de cara e a geração de downforce ficou muito mais harmônica e melhor distribuída. Piquet andou bem pra caramba nas corridas finais de 79. Só Lauda não entendeu que ali estava um baita projeto em potencial…

      Abração!

  3. victor disse:

    Não basta ser bom, tem que ter sorte… E vice versa.

  4. Rubergil Jr disse:

    E eu que achava o Chris Amon o mais azarado…

    E como é triste lembrar que Pace poderia estar ali dividindo estes azares com Watson – ou tendo melhor sorte e vencendo, quem sabe?

    • wladimir disse:

      Rubergil,
      Não esqueça de Jean Pierre Jarrier e Nick Heidfeld na lista dos azarões sem vitórias. Watson venceu 5 vezes e disputou o título em 82, René Arnoux venceu 7 vezes, fez 18 poles e disputou o título em 83 mas mesmo saíndo do ambiente da Renault que orbitava ao redor do narigudo perdeu para ele e para Piquet; Jacques Lafitte venceu 6 vezes e teve a última chance de título em 81 mas perdeu para Piquet e Reutemann; Regazzoni também teve 5 vitórias, perdeu o campeonato de 74 para Emerson e teve a última alegria ao dar a primeira vitória à Williams em Silverstone/79. Nosso saudoso Moco tinha grandes chances de disputar o título de 77 por ser o mais experiente na equipe(começou a quarta temporada pela Brabham em 77) e, consequentemente, ter maior entrosamento com o staff.

      • Lucas Giavoni disse:

        Olá amigos Rubergil e Wladimir!

        Há realmente o “azar máximo” de nunca ter vencido na F1. Quis fazer um recorte diferente, de uma temporada que tinha tudo pra dar certo e que o segundo lugar (melhor resultado) foi o mais odioso possível (em que a vitória escapa no finalzinho).

        Penso que toda essa turma citada não tinha aquele “Right Stuff” pra ser campeão, mas sim, podiam ter vitórias para contar a seus netos.

        Também acho que não seria possível pra Pace disputar o título com aquele carro. Seria possível apostar em alguma vitória, talvez até mais de uma, mas a confiabilidade do conjunto não dava a menor chance em relação à eficiência absurda do Lauda com a Ferrari. A McLaren começou o ano com o melhor carro, mas Hunt pouco capitalizou em termos de pontos. Quando começaram as vitórias (e foram 3 no ano) não dava tempo de acumular mais pontos.

        A partir da quarta corrida, quem tinha o melhor carro do grid era a Lotus, que já fazia o carro-asa funcionar bem. Só que Andretti teve 4 motores quebrados (todos DFV Development, mais potentes) e dois acidentes tolos (um deles com o Watson), que minaram as chances. Já Scheckter tinha na Wolf um bom carro, mas que não andava bem em todas as pistas. Só que sua temporada foi tão boa que ele superou Andretti nos pontos para garantir o vice.

        E aí temos o Sr. Lauda, que detonou o Reutemann internamente e, com uma Ferrari equilibrada e praticamente à prova de balas, foi capitalizando pontos e vencendo o título por antecipação – tanto que manda a equipe às favas e nem corre os dois últimos GPs.

        Abração aos dois!

  5. Fernando marques disse:

    Lucas,

    Brabham BT 45 de 1977 … Junto com as Lótus 72 e 79 os mais belos da história da Formula 1 na minha opinião.

    John Watson … Apreciava seu estilo limpo de pilotagem … Sempre muito competitivo … Mas em muitos casos azarado e sortudo … Sempre o tive como um top driver

    José Carlos Pace fez a estreia da BT 45 chegando em segundo lugar na primeira etapa na Argentina … Terminou a corrida totalmente esgotado fisicamente mas certo que poderia brigar pelo título pois o carro era bom e o motor Alfa Romeu bem mais confiável e potente. O destino não lhe permitiu saber se estava certo.

    Acho que o desempenho de John Watson em 77 de certa forma mostrou isso, apesar dos resultados obtidos mostrarem ao contrário.

    Bela coluna … Parabéns

    Fernando Marques
    Niterói RJ

    • Lucas Giavoni disse:

      Oi Fernando!

      Sim, o carro era muito bonito e todo potencial estava lá… só faltava chegar! A questão é que o motor Alfa só tinha mais potência, essa basicamente era a única vantagem – talvez dê pra colocar na conta o menor centro de gravidade. Mas o resto era déficit, em forma de menor confiabilidade, leveza e consumo de combustível.

      Tenho muita curiosidade de saber como seria o desempenho de Pace com esse carro. Talvez tivesse menos azares que Watson, e acho plausível cravar que conseguiria melhores resultados que o Hans Stuck.

      Abração!

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