Os Cooper bicampeões da F1 em 59 e 60 são os primeiros da nossa série que, além de largamente dominantes, foram também revolucionários. Aliás, eles vieram de outro planeta exatamente porque eram revolucionários – e como!
A vitória de Kimi Raikkonen no GP da Austrália foi episódica, típico produto da loteria pneumática que anima a Fórmula 1. Mercê da imprevisibilidade dos pneus Pirelli, prevejo que o campeonato 2013 terá um grande revezamento de vencedores, talvez não tanto como no ano passado.
“Somos instantes”, diz a linda pichação que achei no FaceBook. Somos, fomos e sempre seremos instantes. Para o bem ou para o mal, esta é a regra. Vale pra vida, vale para o esporte
É em Monza que meu coração automobilístico está e, quando eu morrer, podem enterra-lo em meio àquele bosque sujo e algo sinistro como costumam ser todos os bosques varejados por seres humanos.
Interlagos 2012, assim como várias outras corridas deste ano, mostrou que pode haver uma janela aceitável de convivência no perene conflito entre esporte, tecnologia exacerbada e interesses comerciais.
As memórias, o movimento, as cores, o som, a emoção possível. Curtam isso, como eu curtirei, domingo, em Interlagos, e esqueçam a inocência perdida. Eu estou tentando esquecê-la.